Urgências e Emergências Hipertensivas

O controle da pressão arterial deve ser feito em até 24 horas
O controle da pressão arterial deve ser feito em até 24 horas

Farmácia

05/02/2013

As situações de urgências e emergências hipertensivas requerem intervenção médica imediata na redução dos níveis pressóricos: em horas na emergência e dias na urgência, pois pode haver risco de vida imediato ou potencial. Os níveis tensionais apresentam na diastólica em geral acima de 120 mmHg e em casos recentes menos elevados.

Nas urgências hipertensivas o controle da pressão arterial deve ser feito em até 24 horas, com monitorização inicial por 30 minutos. Preconiza-se, por via oral, a administração de um dos seguintes medicamentos:
• Diuréticos de alça;
• Betabloqueador;
• Inibidor da enzima conversora da angiotensina;
• Clonidina;
• Bloqueador dos canais de cálcio.

O uso sublingual de nifedipina de ação rápida foi largamente utilizado para este fim, no entanto foram descritos efeitos adversos graves com esse uso, como a ocorrência de acidentes vasculares pela dificuldade de ajustar a dose e do efeito residual em casos de hipotensão, sendo preferido o uso de medicamentos parenterais.

Outra situação que demanda redução mais rápida da pressão arterial, em menos de uma hora é dita de emergência hipertensiva. É resultado de uma elevação abrupta da pressão arterial com distúrbios da auto regulação do fluxo cerebral e evidências de lesão vascular que resulta em quadro clínico de encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema.

Pode evoluir para valores muito alto de pressão arterial em hipertensos crônicos ou menos elevado em pacientes hipertensos recentes como em casos de eclampsia, glomerulonefrite aguda, uso de certas drogas (cocaína), entre outras.

Quando há risco iminente à vida ou de lesão orgânica irreversível, o paciente deve ser hospitalizado e tratado com vasodilatadores, por via intravenosa:

• Nitroprussiato de sódio;
• Hidralazina;
• Diazóxido;
• Nitroglicerida.

Depois de obtida a redução imediata dos níveis pressóricos, deve-se iniciar a terapia anti-hipertensiva de manutenção e interromper a medicação parenteral.

Interações medicamentosas
Há possibilidade de interação medicamentosa nos casos de patologia crônica como a hipertensão arterial, pois além de utilizar medicamentos de uso contínuo muitas vezes o hipertenso necessita de outros medicamentos para tratamento de doenças associadas e/ou complicações decorrentes da patologia.

A preocupação com interação medicamentosa torna-se importante para estimar a previsibilidade das interações entre fármacos e aplicar medidas preventivas.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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