Fator de Equivalência para Manipulação de Medicamentos

A utilização de literatura especializada também é recomendada
A utilização de literatura especializada também é recomendada

Farmácia

17/04/2013

O fator de equivalência (Feq) é um número utilizado para realizar a conversão da massa do sal ou éster para a massa da base, ou do fármaco hidratado para o anidro.

Algumas considerações devem ser feitas antes da aplicação do fator de equivalência:
1. O fator de equivalência será igual a 1 quando o fármaco prescrito e a matéria-prima disponível forem iguais. Por exemplo, o cloridrato de anfepramona.

2. O fator de equivalência será maior que 1 quando a matéria-prima disponível para a manipulação for o sal ou éster e a forma terapeuticamente ativa for a livre, sendo as doses expressas na forma livre.

3. O fator de equivalência será maior que 1 quando a forma ativa for um sal ou éster diferente daquele em questão, sendo as doses expressas no sal ou éster de referência.

4. O fator de equivalência será maior que 1 quando a matéria-prima disponível para a manipulação for a hidratada e a forma terapeuticamente ativa for a anidra, sendo as doses expressas na forma anidra.

Considerados os itens acima, outras observações devem ser feitas. Em primeiro lugar, a aplicação do Feq somente é recomendada após avaliação das características farmacocinéticas e farmacológicas do ativo e do possível substituinte, uma vez que espera-se obter uma mesma resposta terapêutica em casos de substituição. Em segundo lugar, toda vez que houver dúvida com relação à forma a ser utilizada e correções, o prescritor deverá ser consultado.

A utilização de literatura especializada também é recomendada. Alguns princípios-ativos podem necessitar, além do Feq, da aplicação do Fc para correções, tais como diluições, umidade, teor, etc.

Portanto, o laudo de análise das matérias-primas deve ser consultado com frequência. A rotulagem das preparações deve ser feita baseada no uso da Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na ausência desta, o uso de Denominação Comum Internacional (DCI). No caso de conversão, a forma utilizada deve ser indicada entre parênteses. Por exemplo: betametasona (como valerato); fluoxetina (como cloridrato), ranitidina (como cloridrato). Por último, a atenção farmacêutica deve ser prestada para esclarecer o paciente especialmente quando houver conversão e utilização de forma diferente da prescrita.

Uma fonte de consulta esclarecedora a respeito das substâncias com Feq maior que um (1) e respectivas sugestões para prescrições, é o Manual de Equivalência publicado pela ANFARMAG (2000), que conta, também, com uma compilação de certos fármacos e respectivos fatores de equivalência entre suas formas correspondentes.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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