Contraceptivo de emergência - Pílula do dia seguinte

Se utilizada continuamente, aumenta o risco de gravidez
Se utilizada continuamente, aumenta o risco de gravidez

Farmácia

02/03/2015

A contracepção de emergência é um método de controle de natalidade que deve ser utilizado, ocasionalmente, quando há falhas em outro método de contracepção como o rompimento ou saída do preservativo, diafragma ou DIU; quando houve esquecimento na tomada da pílula ou do injetável anticoncepcional ou ainda quando não houve nenhuma proteção durante o ato sexual.


O método de contracepção de emergência deve ser utilizado apenas em último caso pelas mulheres que não desejam engravidar após o ato sexual desprotegido. Ele deve ser utilizado com cautela para que não tenha seu efeito prejudicado pelo mau uso.


Conhecido popularmente como “pílula do dia seguinte” o Levonorgestrel é uma progesterona sintética presente nesse medicamento em alta concentração, 75mg por comprimido, e a dose recomendada é de 1,5mg (divididos em duas tomadas com intervalo de 12 horas). O prazo máximo para a ingestão do comprimido após ato sexual é 72h, mas o recomendado é que seja tomado o mais rápido possível, para que tenha total eficácia.


O Levonorgestrel age de três formas, primeiro, bloqueando a ovulação caso a mulher ainda não tenha ovulado; segundo, impedindo a fertilização, ou seja, não permite que o espermatozoide chegue até o óvulo e por último evita a formação do endométrio gravídico, impedindo a implantação do óvulo na parede do útero, caso este já tenha sido fecundado.


Depois de tomar a pílula do dia seguinte, haverá uma mudança no ciclo menstrual, e o esperado é que em uma semana venha a menstruação, podendo ser tolerado alguns dias de atraso. Para quem já faz uso de um método anticoncepcional oral ou injetável, o recomendado é que se espere o primeiro dia da menstruação para retomar o uso dos medicamentos. Se após 4 semanas após uso da pílula não houver menstruação, é aconselhável que se faça um teste de gravidez.


Devido à elevada dose hormonal, seu uso pode causar náusea, diarreia e alteração do ciclo menstrual. Em caso de vômito nas primeiras duas horas após a primeira tomada, é recomendado a reingestão da dose. Outros efeitos colaterais menos frequentes pode ser dor de cabeça, tontura, fadiga, dor nos seios e dor abdominal. Pode ocorrer também a perda de sua eficácia se utilizada continuamente, aumentando o risco de gravidez.


Seu uso é contra indicado para mulheres portadoras de distúrbios metabólicos, como insuficiência hepática e tromboembolismo venoso.


Quem não faz uso de nenhum método contraceptivo, é recomendado que procure um médico após uso da pílula do dia seguinte, para que este indique um método seguro que deverá ser adotado.


Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Adriana Borges

por Adriana Borges

ADRIANA BORGES, Farmacêutica graduada pela UNICEP (Centro Universitário Central Paulista) São Carlos/SP. Trabalho como Farmacêutico Responsável Técnico em Drogaria.

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