Durante a gravidez, grandes alterações ocorrem no corpo da mulher. O principal, do ponto de vista postural, é que o centro de gravidade da mulher muda, aumentando muito a curvatura lombar. No início do segundo trimestre, inicia-se a produção de hormônios que permitem o aumento da mobilidade nas articulações, com a consequente perda de estabilidade.
A técnica é ideal para as gestantes, uma vez que elas não podem ser submetidas a exercícios de alto impacto.
Se o médico que faz o acompanhamento da gestante autorizar a realização de uma atividade física moderada, pode-se realizar Pilates com as restrições típicas de uma gestante. Mas, lembre-se: a atividade deve ser suave e moderada! Caso algum sintoma de desconforto apresente, evite a técnica.
Os benefícios dessa atividade iniciam pelo trabalho respiratório, que deve ser essencial para a gestante, pois diminui o nível de estresse, melhora a circulação sanguínea e também beneficia o bebê com a melhora da oxigenação no organismo da mulher. Também há melhora significativa ou manutenção da postura. Além disso, o Pilates aumenta ainda a resistência física, mental, flexibilidade, tônus e força muscular, alivia tensões, estresse e dores crônicas, alonga e melhora a coordenação motora, melhora a mobilidade das articulações, estimula o sistema circulatório e a oxigenação do sangue, fortalece os órgãos internos e aumenta a concentração.
É fato que mulheres que praticam exercícios durante a gravidez apresentam um menor número de desconfortos, como edemas, câimbras, fadiga e falta de ar. Também ajuda a prevenir ou aliviar a dor lombar, a incontinência urinária e diástase (separação) dos músculos, reto abdominais, problemas comuns em gestantes. Também temos melhora do humor, da autoestima e da imagem corporal que podem estar alteradas neste período.
Considera-se também como benefício à influência no parto e na sua recuperação, principalmente se for um parto normal, pelo fato de ter um trabalho intenso de fortalecimento do assoalho pélvico e músculos abdominais e adutores de coxa, importantes para a hora do parto.
De maneira resumida, temos como benefícios da prática do Pilates na gestação o menor ganho de peso, diminuição do risco de diabetes, menor tempo de hospitalização, diminuição da incontinência urinária e prisão de ventre, diminuição/prevenção de dores na coluna, diminuição do cansaço e da fadiga e retorno mais rápido à forma pós-parto.
Mas, não é só a mãe que apresenta benefícios com essa prática. Para o bebê os benefícios também são grandes e positivos, pois ao praticar o Pilates, a gestante leva mais oxigênio para ele.
Algumas precauções devem ser tomadas para que tudo ocorra bem. Se a mulher já praticava a atividade antes de engravidar, pode continuar. Caso contrário, é indicada uma consulta médica para ter segurança e saber quando iniciar os exercícios. Se não houver nenhum desconforto ou dores, ela poderá praticar o Pilates até o final da gestação. Em casos de gestação de risco, hipertensão e diabetes a técnica não é indicada.
De qualquer forma, todo o programa de exercícios para gestantes precisa ser individualizado, respeitando cada limite, resistência e flexibilidade; nível de aptidão, idade, saúde geral; a individualidade biológica e o estágio da gravidez em que a paciente se encontra, além de ser imprescindível a autorização do médico que acompanha a gestante.
O início no primeiro trimestre para aquelas que não praticavam o método é muito controverso. Alguns liberam este tipo de atividade, mas a maioria, não, por medida de segurança.
Tem-se que os exercícios abdominais feitos de maneira correta contribuem para o bem-estar da grávida. Durante a gestação, eles favorecem a melhora do equilíbrio muscular e da postura; fortalecem a musculatura do assoalho pélvico (que irá contribuir para o pré e pós-parto, também ajudando na incontinência urinária), bem como toda a cintura pélvica (quadril) proporcionando uma melhor sustentação com o peso do feto, em razão de promover o alinhamento da postura. Isto também contribui para o não surgimento de dores lombares; a melhora do apoio para o útero em desenvolvimento; promovem maior estabilização do tronco e alinhamento pélvico; favorece o aumento da pressão intra-abdominal, importante na defecação, micção e no parto, entre outros.
Caso a gestante apresente perda de líquido amniótico, dor no peito, sangramento vaginal, enxaqueca, dispneia, edema, dor nas costas, náuseas, dor abdominal, contrações uterinas, fraquezas musculares e tontura, redução dos movimentos do feto, o Pilates deve ser cessado e deve-se procurar um médico.
Sete dicas são importantes para quem deseja praticar a técnica:
1. Não queira obter ganhos e avanços físicos durante o período gestacional. Este não é o momento de experimentar novos exercícios desafiadores;
2. Hidratem-se mais do que o normal! A necessidade de água aumenta durante a gravidez, principalmente devido ao exercício;
3. Evite movimentos de ponta, como alongamentos extremos. O melhor é trabalhar em estabilizar as articulações;
4. A partir do segundo trimestre, muitos especialistas desaconselham ficar deitada sobre as costas por mais de alguns minutos por hora, devido ao peso do útero que pode comprimir as veias cavas (responsáveis por irrigar o coração) e causar problemas circulatórios tanto na mãe quanto no bebê;
5. No terceiro trimestre, pode-se usar um travesseiro para apoiar a barriga nas posições laterais, minimizando um pouco o peso nas costas;
6. Pare o exercício se a gestante se sentir cansada, com falta de ar ou tensa;
7. Lembre-se que o Pilates não é apenas para as 40 semanas de gestação, mas também prepara a mulher para os rigores físicos do parto e os cuidados com o recém-nascido. Estar em forma fisicamente vai ser de grande ajuda nas atividades diárias da mamãe.
De sete a nove meses, deve ser reduzida a intensidade do exercício, dando ênfase aos alongamentos, que ajudam a evitar dores na região lombar.
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por Colunista Portal - Educação
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