A Mulher é muito especial! Sua natureza fisiológica, sua beleza natural, seus hormônios, suas alterações, fazem da mulher seres diferentes do homem.
A fisiologia especial a torna mais vulnerável a deficiências nutricionais durante os diferentes estágios da sua vida. As necessidades de nutrientes específicos como ferro e cálcio são maiores nas mulheres do que nos homens.
A mulher possui uma taxa metabólica menor e maior quantidade de gordura que o homem, apresentando ganho de peso mais facilmente.
As alterações femininas
Menstruação, tensão pré-menstrual, gestação e menopausa
O ciclo menstrual ocorre devido a alguns fatores controlados por determinados hormônios que possuem uma variação cíclica, cuja principal função é preparar o organismo para a gestação, controlando, principalmente, a ovulação e o aporte nutricional para o futuro embrião. Os hormônios em questão são:
* FSH (hormônio folículo estimulante): produzido e liberado por uma glândula situada na base do cérebro, a adeno-hipófise, o FSH tem como principal função iniciar o amadurecimento dos óvulos no ovário;
* LH (hormônio luteinizante): também produzido e liberado pela adeno-hipófise, este hormônio visa terminar o amadurecimento do óvulo e estimular sua liberação para o útero;
Durante o amadurecimento do óvulo, as células próximas a ele passam a produzir:
* Estrogênio: hormônio que, durante a adolescência é responsável pelos caracteres sexuais femininos como desenvolvimento das mamas e de alguns tecidos adiposos, amadurecimento dos órgãos sexuais, etc, passa e ser responsável pelo início da formação do endométrio;
* Progesterona: também responsável, durante a adolescência, pelo surgimento dos caracteres sexuais femininos, mas que, durante o ciclo menstrual, conclui o desenvolvimento do endométrio.
Durante os três primeiros meses de uma gestação normal, existe o risco de descolar a placenta do útero representando a interrupção da gravidez. Neste período aconselha-se suspender atividades físicas de alta intensidade e de grande impacto.
Após os três primeiros meses, a mulher poderá continuar suas atividades físicas de rotina sem nenhuma contra indicação, e este trabalho poderá ser muito benéfico para um bom parto, para uma gestação saudável e sem ganho exagerado de peso.
As células ovarianas que estavam próximas aos óvulos em desenvolvimento, quando não há a fecundação, perdem sua função secretora de estrogênio e progesterona cerca de 8-10 dias após a ovulação. Com a queda destes hormônios, bloqueia-se a irrigação sangüínea do endométrio levando à morte do mesmo e sua posterior expulsão por meio das contrações uterinas, ocasionando a menstruação.
Enquanto o estrogênio estava alto, este inibia a secreção de FSH e LH, contudo, como ocorre uma queda do estrogênio pouco antes da menstruação, o FSH e o LH voltam a ser produzidos reiniciando o ciclo.
Freqüentemente a mulher é afetada por modificações de humor, desejo por determinados alimentos e ansiedade, caracterizando a Síndrome ou Tensão Pré Menstrual (TPM). Entre 40% e 90% das mulheres experimentam a TPM em bases regulares, sendo a maioria na idade entre 30 e 40 anos. Durante anos diziam às mulheres que tudo não passava de coisas de suas cabeças. Pesquisas atuais mostram, entretanto, que existem bases fisiológicas para a TPM. É como se a TPM resultasse de um complexo de fatores, incluindo desequilíbrios hormonais, retenção de líquidos e sódio, alterações em nurotransmissores e prostaglandinas, baixa glicemia e nutrição inadequada ou excessiva.
Diversos fatores dietéticos podem contribuir para o desenvolvimento ou severidade dos sintomas da TPM. Isso inclui calorias, gordura, açúcares, fibras, ingestão de sal, anseios por comidas, diversas vitaminas e minerais.
A TPM induz à depressão que se relaciona com a retenção de fluídos aumentando a ansiedade por doces e chocolates. Algumas pesquisas sugeriram que a ansiedade por chocolate é na verdade uma ansiedade por um componente chamado feniletilamina, substância que estimula a liberação de dopamina, o que ajuda a regular o humor. Uma dieta rica em carboidratos, pobre em açúcar e com pouca proteína durante a fase pré-menstrual algumas vezes melhora os sintomas da depressão (ansiedade, raiva, fadiga, confusão) e aumenta a tranqüilidade, provavelmente por aumentar os níveis do neurotransmissor serotonina.
Aproximadamente um quarto das mulheres dizem aumentar o apetite durante a fase pré-menstrual. Durante essa fase, a mulher consome até 87% mais calorias do que qualquer outro momento do mês. As mudanças hormonais coincidem com o aumento de apetite e pode ser parcialmente responsável por isso. Além disso, o dispêndio de energia aumenta em até 11,5% durante essa fase, o que é atribuído ao efeito da estimulação metabólica do hormônio feminino progesterona e pode explicar o porquê de algumas mulheres sentirem muito calor durante essa fase.
A concentração de magnésio nas células vermelhas é menor em mulheres com TPM, apesar de outros índices corpóreos de magnésio serem normais. Sintomas da deficiência de magnésio atinge mulheres com TPM, incluindo espasmos musculares, mudanças de apetite, náuseas, mudanças de personalidade e apatia. Algumas pesquisas especulam que o estresse promove a excreção de magnésio, o que em termos leva a retenção de sódio e fluídos. A deficiência de magnésio também reduz os níveis de dopamina no cérebro, o que pode causar ou agravar os sintomas da TPM.
Elevados níveis de estrogênio podem contribuir para os sintomas da TPM. A fibra dietética ajuda a remover o excesso de estrogênio do sangue e pode aliviar alguns sintomas.
Algumas pesquisas demonstraram que reduzir a quantidade de gordura da dieta, especialmente as de origem animal, e utilizando mais óleos vegetais pode regular os sintomas da TPM. A gordura animal influencia diretamente nos níveis de estrogênio sangüíneo e uma vez que o excesso de estrogênio no sangue contribui para os sintomas da TPM evitar gordura animal saturada pode ajudar.
Geralmente em torno dos 52 anos a mulher também sofre as conseqüências provocadas pela menopausa - período em que ocorre a interrupção definitiva do ciclo menstrual - que incluem alterações físicas, emocionais e hormonais as quais que costumam alterar temperatura corporal, humor e apetite, mas que podem ser prevenidas ou ter seus sintomas aliviados por pequenas mudanças na dieta associada com atividade física.
Mulher e Performance
Os hormônios sexuais são as principais substâncias responsáveis pelas diferenças existentes entre homens e mulheres.
Em homens, o principal hormônio sexual é a testosterona e, em mulheres são o estrogênio e a progesterona.
A partir das funções realizadas por esses hormônios, podemos explicar o porquê de tanta diferença na performance esportiva existente entre homens e mulheres.
A testosterona possui grande poder de estimular o crescimento de massa muscular (hipertrofia) e, conseqüentemente de força e de explosão, justificando, deste modo, a vantagem, a favor dos homens, em provas como 100m rasos, arremesso de peso, saltos, etc.
Entretanto, ao compararmos os sexos em provas cada vez mais longas, a diferença na performance torna-se menos evidente, tanto que já se sabe que em corridas acima de 60km as mulheres tem um maior rendimento do que os homens, podendo ser justificado da seguinte forma: o organismo utiliza carboidratos e gorduras durante a atividade física, porém, quanto mais prolongada for a atividade, mais gordura e menos carboidratos serão utilizados.
E como já citado, as mulheres apresentam maior quantidade de gordura do que os homens.
A atividade física para mulheres pode viabilizar a metabolização de gordura, com especial atenção à exercícios localizados na área dos quadris e coxas. A atividade física deve estar associada à dietas saudáveis a fim de evitar distúrbios menstruais e potencializar os resultados de composição corporal.
A prática correta da atividade física proporciona menor risco de doenças e derrames, menor risco de câncer de mama, colo e ginecológico, diminuição de diabetes, aumento da densidade óssea e diminuição do risco de osteoporose, aumento do controle de peso a longo prazo, aumento do bem estar, melhoria da função orgânica na terceira idade, diminuição do risco de hipertensão arterial, melhoria do perfil lipídico sanguíneo.
Fonte: http://www.copacabanarunners.net
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por Colunista Portal - Educação
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