Lipoaspiração: Técnicas cirúrgicas

Antes de iniciar a lipoaspiração, o médico realiza marcações na pele
Antes de iniciar a lipoaspiração, o médico realiza marcações na pele

Fisioterapia

13/02/2013

A lipoaspiração pode ser realizada com seringa a vácuo, com lipoaspirador, vibrolipoaspirador e aparelho ultrassônico (emulsificação da gordura).

A escolha é feita pelo cirurgião, já que esses métodos possuem vários estudos comprovando suas qualidades, vantagens e desvantagens. Os métodos possuem diferenças entre si de aparelhagem e tempo de cirurgia (GOMES, 2003).

A laserlipólise é um método recente que possui poucas publicações, necessitando de estudos futuros para avaliar seus benefícios e riscos. Outras técnicas que incluem o uso de soluções que promovem a lise do lipócito e o uso de ultrassom externo prévio à lipoaspiração para facilitar o procedimento, também precisam de estudos adicionais para validar sua eficácia.

Após a decisão da técnica cirúrgica e avaliação cuidadosa prévia do paciente, o médico estabelece qual procedimento anestésico adotará. Existem diferentes técnicas anestésicas para a realização de lipoaspiração. Ela pode ser realizada com: anestesia local, geral ou bloqueio peridural.

Quando o procedimento a ser realizado é muito prolongado ou a quantidade de gordura localizada a ser retirada é grande, a maioria dos cirurgiões prefere a anestesia geral. Nesta técnica, o paciente é mantido, pelo anestesista, sem consciência e sem dor. Quando o procedimento cirúrgico termina o paciente é acordado e mantido com analgésicos para evitar a dor pós-operatória imediata.

Quando as zonas a serem lipoaspiradas são pequenas e o paciente tem condições psicológicas de tranquilidade para suportar o procedimento cirúrgico, este pode ser realizado sob anestesia local com sedação.

Alguns cirurgiões preferem à anestesia do tipo bloqueio peridural. Nestas circunstâncias, o paciente é submetido a um tipo de anestesia que permite que ele fique consciente ou com sedação, sem nenhum tipo de sensibilidade em certas zonas que deverão ser trabalhadas pela lipoaspiração.

Existem técnicas associadas à infiltração de soluções (técnica tumescente) ou não associadas a nenhum tipo de infiltração (seca). Na técnica seca, o sangramento varia de 20 até 50% do líquido aspirado.

Nos últimos anos, as técnicas tumescentes avançaram muito no cenário da lipoaspiração, sendo associadas a um menor número de complicações no período intra e pós-operatório e menor sangramento. O cirurgião injeta uma grande quantidade de fluido (cinco vezes a quantidade de tecido a ser removido) nas áreas contendo depósitos de gordura.

O fluido contém anestésicos locais, drogas que contraem os vasos sanguíneos e reduzem a perda de sangue (epinefrina) e uma solução salina que facilita a remoção de gordura. O fluido faz com que o tecido gorduroso aumente de volume e fique mais duro, facilitando a remoção com a cânula. Este se tornou o método de lipoaspiração mais comum. Ele também é considerado mais seguro que os outros métodos por limitar a perda de sangue (GOMES, 2003).

Antes de iniciar a lipoaspiração, o médico realiza marcações na pele, com o objeto de sinalizar as áreas onde a gordura será removida.

Durante a cirurgia, o médico faz uma pequena incisão, ou várias pequenas incisões, e insere a cânula dentro das camadas de gordura nas regiões determinadas. O calibre das cânulas, que não deve ser maior que 6mm, é também de escolha do cirurgião, variando conforme a região aspirada, iniciando com cânulas mais grossas e terminando com cânulas mais finas.

As cânulas mais grossas aspiram rapidamente, mas causam maior traumatismo tecidual, com maior sangramento, já as cânulas mais finas demoram mais para remover a mesma quantidade de gordura, mas causam menos traumatismo aos tecidos, com menor sangramento.
A cânula se move rapidamente para frente e para trás para retirar as células gordurosas, que são sugadas para fora. Devem ser realizados movimentos de varredura, na área a ser tratada, de preferência se cruzando perpendicularmente para evitar ondulações e irregularidades.


Existem três variáveis a serem consideradas para definir os limites da quantidade de gordura que pode ser retirada com segurança durante uma lipoaspiração:

- O volume aspirado não deve ser maior que 7% do peso corporal;

- O local em que a lipoaspiração está sendo realizada e o tipo de infiltração realizada (por exemplo, o dorso tem maior perda sanguínea que o culote);

- A superfície corporal aspirada. Quanto mais extensa a área, maior será o dano. Não é recomendável aspirar mais que 40% da superfície corporal.

Estas variáveis devem ser avaliadas conjuntamente, evitando associar os limites de cada item, pois o risco cirúrgico aumentará consideravelmente. Grandes volumes de gordura extraídos podem ser nocivos, aumentando o risco de distúrbios volêmicos.

A lipoaspiração é um procedimento que traumatiza a região por onde o tubo passa. Esse traumatismo provoca sangramento e edema, por isso é prudente não se fazer retiradas maiores do que dois litros de volume aspirado.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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