Fisioterapia manual no tratamento da tendinite supraespinhal de origem articular

Fisioterapia

20/07/2013

As dores do ombro são uma realidade comum na prática clínica dos médicos e fisioterapeutas, seja ela na atenção primária ou em serviços especializados. Dentre as várias estruturas capazes de provocar dores no ombro, a inflamação do tendão do músculo supraespinhoso destaca-se pela sua alta incidência. Em muitos casos a inflamação não surge apenas de esforço repetitivo ou trauma imediato aplicado ao tendão como muitos pensam. Na verdade poderá ter a origem de um desarranjo interno do complexo articular do ombro, em especial da articulação glenoumeral.

Quando falamos em mobilidade acessória ou artrocinemática estamos nos referindo aos micromovimentos que ocorrem dentro das articulações sinoviais. A redução da micromobilidade acessória da glenoumeral provocará um desequilíbrio funcional do complexo articular do ombro, tornando os tecidos periarticulares susceptíveis a sofrer processos compressivos (atrito mecânico), principalmente o tendão do supraespinhoso por redução do espaço subacromial.

O tratamento fisioterápico deverá ser direcionado para a restauração da micromobilidade e não apenas para o sintoma. A aplicação de manobras manuais de micromovimentos utilizadas pelo método Maitland e Kalterborn ou até mesmo manobras osteopáticas irão restaurar o máximo de função.

Fotos - Ombro com diagnóstico de tendinite supraespinhal, mas que na verdade observa-se uma redução do espaço subacromial por elevação da cabeça umeral em relação à glenóide, provocando compressão dos tecidos periarticulares. O tratamento manual especializado devolveu o máximo de função em curto período de tempo.