Habilidades funcionais em paralisia cerebral

Fisioterapia

30/06/2014

Paralisia Cerebral (PC) ou Encefalopatia Crônica Não-Progressiva na Infância é um distúrbio do movimento e da postura que resulta de uma lesão cerebral não progressiva, onde a principal alteração relacionada é comprometimento motor que pode ou não ser acompanhado por déficit do cognitivo. Os fatores que geram comprometimento do SNC (Sistema Nervoso Central) podem ser endógenos ou exógenos (períodos pré-natal, perinatal e pós-natal).


Para um acompanhamento evolutivo adequado, deve-se levar em consideração o tipo de PC, onde as mais frequentes são: espástica, diplégica espástica, atáxica, atetóide e mista. Mediante a existência de inúmeras características da PC como a persistência dos reflexos primitivos, ausência de reflexos de proteção, alteração de tônus, espasticidade e rigidez, irão ocorrer uma série de dificuldades na aquisição de marcos motores básicos (rolar, sentar, engatinhar e andar), além das dificuldades no autocuidado (AVD’s – Atividades de Vida Diária) e das restrições de mobilidade, resultado das limitações motoras existentes.


O fisioterapeuta possui papel fundamental para a evolução da criança, pois investigará as habilidades e comprometimentos neuromotores individuais correlacionando-os com os possíveis ganhos de habilidades funcionais. Dentre as técnicas mais utilizadas para o acompanhamento de crianças com PC ou atraso de desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), podemos citar duas: Bobath, a mais conhecida e empregada e ainda uma técnica mais recente, o Therasuit.


Enfatiza-se a intervenção precoce porque existe um agravamento do quadro à medida que a criança cresce, porém a paralisia não é progressiva. Podemos assim, afirmar que a aquisição de habilidades motoras depende de um conjunto de fatores, o que torna imprescindível a intervenção fisioterapêutica, através de atividades que proporcionem à criança um desenvolvimento motor próximo aos padrões de normalidade e favoreçam a minimização das deficiências funcionais.