Grandes derrotas e o corpo

Fisioterapia

09/07/2014

Todos gostariam de apagar da história a desastrosa partida entre Brasil e Alemanha na copa de 2014, fácil seria se fosse simples; como ainda não é possível tal proeza vamos aos fatos reais, o que há de positivo em tudo isso?

Volto a filosofia para embasar meus devaneios, Descartes afirmava que a mente pertencia à razão e ao pensamento enquanto o corpo à emoção, embora ultrapassado esse conceito já nos abre a luz do pensamento. Que emoções experimentei neste trágico dia da derrota brasileira e como meu corpo reagiu a elas?

Com o avanço das neurociências, a neurofisiologia e o sistema límbico nos lançam novas perspectivas permitindo a integração da mente e do corpo; um caminho simples é formado: ao despertar de uma emoção há liberação de neuro transmissores que geram respostas fisiológicas corporais, nesta linha podemos simplificar esse relação psicossomática.

Volto a grande derrota levando-o a refletir, a derrota do futebol é a minha derrota? Quais emoções experimento nesse momento, ou em situações em que verdadeiramente fui derrotado? O quanto de influência tive sobre o 7x1? E posso me perguntar até em pequenas derrotas que experimentamos diariamente, o quanto de poder tenho sobre o fato acontecido? Vale a reflexão de quantas vezes assumo a responsabilidade do que não me compete ou quantas vezes fujo quando sou o único responsável? E por fim o que há de positivo em tudo isso? São perguntas que fortalecem a situação, e nos permitem tirar o melhor de todos os fatos.

Ainda acerca da reflexão te pergunto como fica meu corpo diante desses fatos? Quais são os pontos de dores e tensões que insistem em aparecer? Em que padrão corporal me consolo? Qual humor assumo? Como fica minha motivação? O que meu corpo diz depois de uma derrota? Quais locais do meu corpo tentam me desviar do verdadeiro foco: MINHA EMOÇÃO? Qual postura corporal adoto? FRACASSADO, APRENDIZ OU VENCEDOR? Se permita 5 minutos de pausa e reflexão para responder as perguntas acima e descobrirá um tesouro novo e um universo potencializador.

Após respondê-las você abrirá novas conexões neurais e amplificará a sua tomada de decisões, diante da derrota a solução é identificar os fatos e as emoções que o permeiam, interromper o padrão e agir; para tal ação proponho 3 movimentos da ginástica holística que reconectará o corpo e acalmará a mente, e assim o aprendizado da derrota será uma oportunidade de excelência.

HISSING

Deitado de barriga para cima no chão sobre uma toalha, livre-se de ruídos ou interrupções; faça 3 respirações profundas tentando se desvencilhar de pensamentos. Após acalmar a mente e o corpo, dobre os joelhos e apoie os pés no chão, deixe os braços em uma posição confortável; inspire deixando o tórax insuflar de ar e lentamente expire pela boca com os dentes serrados. A passagem do ar será dificultada gerando um barulho como panela de pressão. Faça 3 respirações de pausa, antes de repetir o processo. Faça-o por 3 vezes e a cada repetição tente aumentar o tempo de saída de ar, permitindo a descida do peito e ativação dos músculos abdominais.

BRAÇO EM CRUZ

Deitado de lado sobre o lado "e", joelhos à frente do quadril em 90º, mão sobre mão à frente do corpo. Na expiração, abra o braço "d" em cruz, com as palmas das mãos para cima, acompanhando com o olhar e com o giro da cabeça. Mantenha os joelhos unidos e faça algumas respirações, voltando mão sobre mão. Repita cinco vezes e faça do outro lado.

TUBO-CANDELABRO - TUBO DE PVC (1M POR 10 CM DE DIÂMETRO)

Deite sobre o tubo na vertical (a cabeça também fica sobre o tubo), joelhos dobrados, pés paralelos, um pouco afastados. Abra os braços em cruz, mantendo cotovelos fixos no chão. Arraste os antebraços e as mãos pelo chão, tentando chegar à posição de candelabro. Respire pausadamente durante cinco minutos.