Em 2008, a Lei nº 11.650 instituiu o dia 23 de Novembro como Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. Entre os principais objetivos que culminaram na criação dessa data estão estímulo a ações educativas e preventivas associadas à doença, promoção de debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças com câncer.
É um tema importante a se abordar, pois os dados são preocupantes, mas mostram esperança. Segundo números divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima-se que 70% das crianças com câncer possam ser curadas quando ocorre o diagnóstico precoce.
A cada ano, são estimados mais de 9 mil novos casos de câncer infanto-juvenil, configurando a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. O mais importante a dizer sobre o assunto é que os pais devem estar atentos aos sintomas.
Além de atuar como voluntário no Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc) em Manaus, nos próximos meses também estarei desenvolvendo a pesquisa “A prática da atividade física e da reabilitação oncofuncional como parte integrante do processo de reinclusão social e incremento da qualidade de vida em crianças portadoras de neoplasias", que procura agregar duas das maiores áreas relacionada à saúde, reabilitação e ao bem estar: os fisioterapeutas oncofuncionais e os educadores físicos.
A fisioterapia é fundamental para o paciente infantil, pois melhora a capacidade de movimento das crianças. O trabalho ajuda para a retomada das atividades da vida diária deles, respeitando as dificuldades que eles ainda possuem por conta do tratamento.
É configurado como câncer infantil um grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, a qual pode ocorrer em qualquer local do organismo. Entre os tipos mais comuns da doença nessa faixa etária estão leucemia, tumores do sistema nervoso central e linfomas.
Enquanto nos adultos a doença afeta, em geral, as células do epitélio, que recobrem os diferentes órgãos (é o caso do câncer de mama e o de pulmão), nas crianças são mais comumente atacadas as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Além disso, enquanto em adultos a doença se relaciona com fatores externos, como, por exemplo, o fumo, nas crianças não existe essa evidência. Assim, a prevenção torna-se ainda mais complicada e o foco volta-se de vez para o diagnóstico precoce e o tratamento.
É importante, portanto, estar atento ao aparecimento de sintomas que podem ser sinais da doença. Quanto mais cedo for a procura pelo tratamento médico, maiores serão as chances de cura.
Procure um especialista caso seu filho apresente:
• Perda de peso;
• Manchas roxas e sangramento pelo corpo, sem machucados;
• Vômitos acompanhados de dor de cabeça, diminuição da visão ou perda de equilíbrio;
• Caroço em qualquer parte do corpo, principalmente na barriga;
• Palidez;
• Febre prolongada, sem causa identificada;
• Dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços;
• Crescimento do olho, podendo estar acompanhado de mancha roxa no local.
Lembre-se de que o tratamento do câncer começa com um diagnóstico correto. Ao avaliar o caso da criança, o médico solicitará os exames laboratoriais e de imagem necessários para avaliar o estado de saúde do paciente e identificar o problema.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Daniel Salgado Xavier
Post Doctor in Physiotherapy. Doutor Honorius Causa in Oncological Physiotherapy pela Logos University - Flórida/USA. Doutor em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva- IBRATI/SP PHD - Philosofiae Doctor in Physiotherapy - Logos university.Doutorando Estudos da criança pela UMINHO/Portugal. Master in Physiotherapy pela FCE - Universidade da Flórida.
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