O cóccix é um pequeno osso triangular, resultado da fusão de três a cinco vértebras, porém, não reconhecíveis. O cóccix se articula com o sacro por meio de uma superfície ovalada, sendo mantido por uma cápsula e por ligamentos (esta articulação encontra-se normalmente soldada).
Agora, conversaremos a respeito de um assunto muito importante: os movimentos da coluna e sua flexibilidade (mobilidade). Devido à mobilidade da coluna vertebral, o tronco pode realizar movimentos nos três planos:
- Para frente e para trás (frontal): flexão e extensão;
- De lado (sagital): inclinação lateral;
- Girando sobre si próprio (lateral): rotação.
Esses movimentos não têm a mesma amplitude em todos os níveis vertebrais, dependendo de diversos fatores variáveis: a forma das vértebras; a altura dos discos em relação à altura dos corpos (quanto mais os discos são espessos, maior é a mobilidade) e a presença das costelas (na região torácica, limitando a mobilidade). Vimos que a coluna lombar tem grande mobilidade e que dentro de cada segmento, seja lombar, torácico ou cervical, um nível é mais móvel que outro.
Todos os movimentos podem combinar-se, formando movimentos maiores, como por exemplo, rotação, extensão e inclinação lateral do pescoço.
A flexibilidade é, geralmente, bem maior nas crianças, pois suas estruturas, como ligamentos e cartilagens, ainda estão “moles”, já que seu processo de formação ainda não está concluído. Pode-se fazer manutenção desta flexibilidade ao longo da vida. Isto garante uma coluna mais saudável e um corpo menos propenso à lesões. Deve-se evitar alongamentos excessivos, trabalhando sempre dentro da amplitude de movimento fisiológico de cada articulação. Manobras mais ousadas e suas indicações, serão expostas mais tarde.
Existem zonas de hipermobilidade da coluna (zonas de articulação em dobradiça), onde se passa de um tipo de vértebra para outro:
Articulação em dobradiça C.1- occipital: (cabeça – atlas primeira dobradiça vertebral), mobilidade em flexo-extensão;
Articulação em dobradiça cérvico-dorsal: hipermóvel em flexão. Passa-se sobre um nível de uma região pouco móvel em flexão (a região dorsal) para uma região hipermóvel, ou seja, a cervical;
Articulação em dobradiça dorso-lombar: hipermóvel em flexão (é frequente, neste local, que a coluna começe a se curvar para frente); em inclinação lateral e em rotação, no nível de T.11 – T.12 (atenção, durante os movimentos de rotação forçada ou de rotação rápida, o disco, neste nível, possui o risco de ser hipersolicitado. É a primeira dobradiça rotatória a partir da região baixa da coluna);
Articulação em dobradiça sacro-lombar: hipermóvel em extensão (sendo esta que “forçará”, portanto, as curvaturas).
Entre estas áreas articulares em dobradiça, há outras regiões da coluna que também possuem particularidades da mobilidade:
- A região cervical é hipermóvel em quase todos os planos e vemos que a rigidez de pescoço ou o limite de movimentos, nesta região, é frequentemente de origem articular, não muscular;
- A região torácica é propícia para flexão anterior, limitada principalmente na sua parte alta pela presença das costelas, que limitam toda a amplitude de movimentos;
- A região lombar é, sobretudo, usada para a realização da flexão posterior, ou seja, extensão.
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por Colunista Portal - Educação
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