15/11/2015
Introdução
A fisioterapia foi instituída no Brasil como profissão de nível superior em 1969, através da publicação do Decreto-Lei no 938/69, desde a sua origem, a fisioterapia tem um caráter essencialmente curativo e reabilitador. Em decorrência das guerras e do alto índice de acidentes de trabalho, gerou-se grande número de óbitos e mutilados, em sua maioria de homens em idade produtiva, desencadeando uma baixa na força de trabalho. Essa situação fez surgir à necessidade de reinserir indivíduos lesionados e mutilados ao setor produtivo (BISPO, 2010, p.1628). Durante muito tempo, excluíram da rede básica os serviços de fisioterapia, resultando em grande dificuldade de acesso da população a esses serviços (NASCIMENTO et. al, 2013).
Nos últimos anos, constata-se a necessidade de reorganização dos currículos dos cursos superiores da área da saúde buscando considerar, além das diretrizes curriculares da profissão, as necessidades e realidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em relação às diversidades epidemiológica, demográfica, cultural, social e econômica. Tal esforço busca proporcionar, a todas as camadas da sociedade, ações integrais de saúde, em todos os níveis de complexidade, visando à promoção, à proteção e à recuperação da saúde dos indivíduos e das coletividades. No processo de construção e implantação do SUS, os fisioterapeutas brasileiros, assim como os demais profissionais de outras áreas do conhecimento, se defrontaram com novas demandas que os convocavam a expandir o foco de intervenção, ampliando sua atuação para além da esfera da reabilitação, de modo a produzir práticas de prevenção de enfermidades e promoção da saúde. Para que esse objetivo fosse alcançado, foi necessário repensar e reformular a formação dos profissionais de saúde brasileiros (ALMEIDA et. al, 2014).
Como qualquer outro trabalhador da saúde, o fisioterapeuta precisa estar ciente e sensibilizado quanto à questão da humanização, saber reconhecer o ser humano na sua integridade e singularidade e ter consciência do seu papel frente àqueles que o procuram acometidos por alguma enfermidade, aceitando suas reações psíquicas e a própria atitude frente à doença (DANTAS et. al, 2011). O presente estudo teve como objetivo identificar a importância do fisioterapeuta na atenção primaria.
Materiais e Métodos
Esta revisão de literatura ocorreu a partir das bases de dados Scielo e LILACS, foram selecionados cinco artigos de língua portuguesa, do ano de 2010 a 2014, foram utilizadas as palavras-chave Fisioterapia, Atuação, SUS.
Procedeu-se uma leitura detalhada das fontes, buscando a atuação da fisioterapia na atenção básica de saúde, observando concordância e divergências entre autores, sendo expostas a seguir as ideias mais objetivas possíveis para uma melhor compreensão.
Resultados e Discussão
Neste trabalho foram incluídos cinco artigos, tendo uma avaliação que permitiu verificar a importância da fisioterapia na atenção básica de saúde. Os critérios de inclusão foram á data da publicação do artigo, a metodologia usada e aspectos éticos.
Com a fisioterapia integrada na atenção básica, o fisioterapeuta passa ter a possibilidade de acompanhar mais proximamente e ser responsável pela saúde da população, através do estabelecimento de vínculos, e a possibilidade de um acompanhamento continuado, o que potencializa o desenvolvimento de ações promocionais e preventivas com relação aos usuários.
No âmbito da atenção básica, o fisioterapeuta deve atuar preferencialmente com grupos populacionais, orientando sobre as posturas mais adequadas, tipos de machas, exercícios de alongamento, relaxamento, respiratórios e orientações quanto à higiene pessoal, para cada grupo ou para cada situação, destaca-se a atuação em grupos de escolares, gestantes e de idosos. Os conhecimentos relativos à fisioterapia tradicional são por si só, insuficientes para os diagnósticos da situação/condição de risco. Há necessidade de romper o isolamento e o individualismo da prática fisioterapêutica reabilitadora, emergindo uma nova lógica de atuação em equipe multiprofissional e interdisciplinar (BISPO, 2010, P.1631).
Segundo Barbosa, citado por Nascimento² encontraram pontos críticos descritos pelos profissionais fisioterapeutas em suas funções na atenção básica em equipes de Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), dentre eles a formação assistencialista e clínica foram citadas como empecilhos para que se adaptem às propostas do SUS, tornando-os mais presos às tecnologias para trabalhar.
No presente estudo foi possível notar que a inserção do fisioterapeuta é muito importante, pois contribui de forma significativa para a prevenção e promoção em saúde, porém ainda é muito restrita a participação do mesmo nesta área primaria e seu conhecimento na vivencia acadêmica na maioria das vezes se resume em teoria ao invés de pratica, quando se fala em saúde coletiva e SUS.
Conclusões
Embora seja necessária uma bibliografia mais abrangente, pode-se concluir que a fisioterapia na atenção primaria contribui e muito para a saúde dos usuários, agindo de forma preventiva, através do seu conhecimento técnico e juntamente a equipe multidisciplinar de saúde.
Os estudos realizados foram de uma satisfatória importância para o conhecimento das atividades realizadas pelo fisioterapeuta na atenção básica de saúde na linguagem de alguns autores, através de diferentes pontos de vistas.
Agradecimentos
Agradecemos a Prof.ª Thais Muratori Holanda, pelo apoio e orientação para a realização desta pesquisa bibliográfica.
Referências
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade do Vale do Jaguaribe.
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