18/01/2013
Diapasão: instrumento de aço, magnésio ou alumínio em forma de Y que emite um tom puro quando percutido, trata-se de um método básico, rápido e de baixo custo, porém permite apenas a avaliação subjetiva da audição. Devem fazer parte, sistematicamente, do exame físico otorrinolaringológico do paciente com queixa auditiva ou vestibular, independentemente de outros exames.
Os diapasões mais utilizados são os de frequências de 512 e 1024 Hz, por serem frequências médias do espectro humano e sofrerem menor interferência do som do ambiente, os de frequência grave, como os de 256 Hz podem gerar sensação vibratória que pode ser confundida com sensação de som.
Oferecem uma avaliação qualitativa da audição, discriminando perdas condutivas e neurossensoriais com certa segurança, enquanto que a discriminação da perda mista já é mais difícil. A avaliação quantitativa é grosseira.
As aplicações dos testes de diapasão são: comparar a audição entre via óssea e aérea, determinar qual orelha apresenta melhor audição, determinar se a perda auditiva é neurossensorial ou condutiva, comparar a audição do examinador (considerada normal) com a audição do paciente, suspeitar de otosclerose. Existem vários tipos de testes de diapasão, no entanto, os mais utilizados são o WEBER e o RINNE.
Teste de Weber
O diapasão é colocado na linha média da fronte, da calota craniana ou junto aos dentes incisivos.
Se o som for ouvido igualmente em ambos ouvidos a audição é normal ou a perda auditiva é similar bilateralmente e, nesse caso, diz-se que o WEBER é indiferente.
Se o som se lateralizar para o ouvido de melhor audição a perda é neurossensorial no lado afetado; se o som se lateralizar para o ouvido mais comprometido, a perda é condutiva neste último.
Teste de Rinne
O diapasão é colocado sobre a mastoide até que o paciente refira que não está mais escutando o som, momento este em que o diapasão é colocado junto ao CAE cerca de 2 cm do mesmo, com os arcos no sentido perpendicular ao ouvido (para se evitar a zona muda).
O Rinne é positivo quando o som é escutado por via aérea após não ser mais escutado por via óssea. Isto ocorre na audição normal e nas perdas neurossensoriais.
O Rinne é negativo quando o som não é escutado por via aérea, após não ser mais escutado por via óssea. Isto ocorre nas perdas condutivas onde a audição por via óssea é mais prolongada, e o sistema amplificador da condução tímpano-ossicular está alterado. Esta diferença será percebida quando houver um gap aéreo-ósseo de 20 dB ou mais.
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