O Intérprete de Língua de Sinais é geralmente uma pessoa ouvinte.
Fonoaudiologia
27/04/2015
Neste método a concepção aborda que as crianças surdas devem primeiramente aprender a Língua de Sinais por meio do convívio com adultos surdos, seja na família, em comunidades e associações de surdos ou ainda por intermédio de professores surdos.
Na proposta do Bilinguismo a Língua de Sinais é respeitada como a língua natural do surdo e somente a partir desta constatação é que se inicia o desenvolvimento da aprendizagem da língua oral e escrita.
Resumidamente você pôde perceber que os três métodos utilizados na Educação de Surdos iniciam-se com um radicalismo total, desrespeitando a vontade e a naturalidade de comunicação do surdo.
Depois de uma tentativa sem muito parâmetro de junção das duas formas de comunicação oral e sinais que de certa forma atrapalha a construção da linguagem pelo sujeito surdo.
Atualmente uma proposta de resgate pela valorização da cultura surda, que tem por base a Língua de Sinais e que oferece a possibilidade do sujeito surdo adquirir a língua oral como sua segunda língua, mas que ainda não está totalmente estruturada para ser implantada de maneira efetiva.
Mais uma vez estão os surdos frente ao impasse de serem conduzidos pelas decisões ouvintes sobre seu modo de se comunicar e ser educados, com o diferencial de que na atualidade é crescente o movimento surdo que questiona e começa a se posicionar de fato diante das questões aqui apresentadas.
Agora vamos conhecer um pouco mais sobre o Intérprete de Língua de Sinais. Com certeza em algum momento você já ouviu falar dele, então quem é este personagem? Qual é a sua relação com o sujeito surdo? Portanto, fique atento (a) a cada detalhe a seguir!
O Intérprete de Língua de Sinais é geralmente uma pessoa ouvinte, fluente na Língua de Sinais que atua como se fosse uma ponte de comunicação entre o surdo e o mundo ouvinte.
Para ser Intérprete não basta conhecer os sinais ou mesmo ter fluência na Língua do surdo, é preciso ter conhecimento de procedimentos éticos que permeiam esta profissão recentemente reconhecida por lei.
O Intérprete de Língua de Sinais pode atuar em escolas, instituições públicas, hospitais ou outros locais onde se faça necessária à comunicação com pessoas surdas, usuárias da Língua de Sinais.
O profissional Intérprete também atua em eventos e palestras fazendo a tradução simultânea (aquela que é feita ao mesmo tempo) ou consecutiva (feita logo em seguida) da Língua Oral para a Língua de Sinais e vice-versa.
Ser Intérprete, principalmente nas escolas requer um preparo para lidar em um primeiro momento com a resistência por parte da comunidade escolar e até mesmo com a resistência do aluno surdo e de sua família, pois embora esse seja um direito adquirido pelos surdos, esta é uma realidade muito recente, o convívio inicial requer adaptações.
De acordo com o código de ética que orienta a profissão, o Intérprete deve ser imparcial em sua interpretação, traduzindo a mensagem que é transmitida de maneira responsável e literal.
Portanto, este profissional não pode influenciar com nenhum tipo de posicionamento e ou comentário, explicações, acrescentando ou omitindo informações que possam interferir na compreensão da mensagem transmitida.
O trabalho desenvolvido pelo Intérprete junto ao aluno surdo em sala de aula é de extrema importância para que o processo de aprendizagem deste aluno se dê de maneira a alcançar o máximo de desempenho possível. Pois a maior barreira para o desenvolvimento e a aquisição do conhecimento do surdo é a comunicação.
Com a presença do Intérprete a falta de comunicação é quase que inexistente desde que o surdo conheça a Língua de Sinais. Esta é uma questão importante, pois muitos surdos (principalmente os nascidos em famílias ouvintes) não têm o conhecimento pleno da língua e encontram enorme dificuldade tanto nos sinais quanto na língua falada e escrita.
Este é um desafio que precisa ser vencido com a participação de toda a sociedade, pois pouco adianta dizer que temos uma política de inclusão, que todos os alunos devem frequentar as escolas regulares se na realidade estas escolas não estiverem de fato preparadas para acolher tais alunos.
Atenção!
A política de inclusão neste caso não diz respeito apenas à construção de rampas e banheiros adaptados ou mesmo à presença do Intérprete em sala de aula, e sim salas de recursos e novas tecnologias que possam auxiliar o acesso e permanência na escola.
No caso da surdez em especial, é necessária a conscientização de todos os envolvidos no processo, desde os professores, os alunos ouvintes, a família do surdo e o próprio aluno surdo de que o profissional Intérprete é um reforço no processo, mas todos devem colaborar para que de fato a integração/inclusão aconteça.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Educação
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