Traduzindo ao pé da letra, Plug-and-Play significa “conecte e use”. O objetivo deste padrão é fazer com que o micro seja capaz de reconhecer e configurar automaticamente qualquer periférico instalado, reduzindo o trabalho do usuário a apenas encaixar o novo componente.
Apesar de ser uma ideia antiga, (o barramento MCA lançado em 87 já possuía suporte a PnP) somente há poucos anos o PnP tornou-se popular. A dificuldade é que além de um barramento compatível, é necessário suporte também por parte do BIOS, do sistema operacional e também por parte do periférico para que tudo funcione.
Tudo começa durante a inicialização do micro. O BIOS envia um sinal de interrogação para todos os periféricos instalados no micro. Um periférico PnP é capaz de responder a este sinal, permitindo ao BIOS reconhecer os periféricos PnP instalados.
O passo seguinte é criar uma tabela com todas as interrupções disponíveis e atribuir cada uma a um dispositivo. O sistema operacional entra em cena logo em seguida, devendo ser capaz de trabalhar cooperativamente com o BIOS, recebendo as informações sobre a configuração do sistema e fornecendo todo o software de baixo nível (na forma de drivers de dispositivo) necessário para que os dispositivos possam ser utilizados pelos programas.
As informações sobre a configuração atual da distribuição dos recursos entre os periféricos é gravada em uma área do CMOS chamada de ESCD. Tanto o BIOS durante o POST, quanto o sistema operacional durante a inicialização, leem esta lista, e caso não haja nenhuma mudança no Hardware instalado, mantém suas configurações. Isso permite que o sistema operacional (desde que seja compatível com o PnP) possa alterar as configurações caso necessário.
Problemas com o plug-and-play
A maneira como o Plug-and-Play foi implementado nos micros PCs, permite (pelo menos em teoria), que ele funcione bem. O problema é que nem todos os periféricos usados atualmente são compatíveis com o PnP (placas de som e modems mais antigos por exemplo), enquanto outros são apenas parcialmente compatíveis (muitas placas de som e modems atuais, portas seriais e paralelas, entre outros). Estes periféricos são chamados de “Legacy ISA”.
Como o BIOS não possui recursos para identificar quais recursos estão sendo ocupados por este tipo de periférico, é bem possível que atribua os mesmos valores para outros dispositivos PnP, causando conflitos.
Para evitar este problema, é preciso reservar manualmente os endereços de IRQ e DMA ocupados por periféricos ISA de legado por meio da sessão “PNP/PCI Setup” do CMOS Setup. Se por exemplo você tiver uma placa de som não PnP, que esteja configurada para utilizar o IRQ 5 e os canais de DMA 1 e 5, deverá reservar estes três canais, para que o BIOS não os atribua a nenhum outro periférico. Configurando a opção como “Yes” (ou "ISA/PCI PnP") deixa o canal está reservado, e “No/ICU” (ou "Legacy ISA) o deixa livre para uso de periféricos PnP.
O Windows 95/98 possui algumas rotinas que permitem identificar estes periféricos de maneira indireta, configurando-os e salvando as configurações no ESCD. Esta verificação é feita durante a instalação e por meio do utilitário “Adicionar novo Hardware”.
Apesar de não ser infalível, este recurso permite diminuir bastante os conflitos gerados por periféricos antigos.
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por Colunista Portal - Educação
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