QR Code a serviço da museologia: uma relação possível

Quick Response Code - uma possibilidade de condensação informacional
Quick Response Code - uma possibilidade de condensação informacional

Informática

24/07/2016

A tecnologia, ao longo do tempo, vem desempenhando um papel crucial no processo de registro informacional e de experiência em múltiplos campos da vida do ser humano. Tal avanço enveredou áreas como educação, esporte, economia, e etc. A cultura não ficou obstante a esse fenômeno e considerando o museu como um espaço fundamental da memória e da práxis cultural de uma localidade, a tecnologia ser uma forte aliada às ações de registro de acervo e sua dinamização junto ao visitante.

Partindo dessa premissa, o Quick Response Code, conhecido como QR Code, vem ganhando espaço no campo museográfico devido à concentração de informações e rápidas leituras que este mecanismo oferece. No campo das artes existe uma aproximação com a tecnologia com vistas a ampliar sua propagação, bem como a possibilidade de garantir um meio de acessibilidade a públicos distintos.

Diante dessas questões, a área museológica também busca adotar ferramentas tecnológicas para desenvolver a difusão das informações de seu acervo e gerar possibilidades de ações inclusivas. O QR Code por ser utilizado como elemento catalográfico pela equipe técnica, auxiliando no processo de busca e análise digital das obras existentes num determinado acervo, existe também as possibilidades de uso como elemento mediacional, ou seja, o indivíduo pode interagir com determinada obra a partir da leitura do código, oferecendo uma nova experiência museológica ao visitante.

Existe ainda a condição de ampliar as ações publicitárias de um espaço de cultura e/ou museológico a partir desta ferramenta, onde os QR Codes podem direcionar o frequentador e/ou possível visitante ao site ou a outros campos interativos que o espaço venha oferecer ao público. Devido a sua pluralidade de condensação de informação, é possível se estruturar o uso do QR Code como ferramenta de inclusão em espaços museológicos, a exemplo do uso por pessoas surdas que podem consultar a obra manuseando o smartphone, são várias as possibilidades de uso e aplicação do QR Code na rotina de espaços museológicos e/ou culturais. Embora exista uma expansão do uso desta ferramenta tecnológica em várias instâncias da vida e das instituições, os espaços de cultura ou aqueles dedicados à práxis museológica ainda caminham de maneira tímida no uso desta metodologia.

Embora algumas instituições ainda estejam se adaptando a esta nova ferramenta de interação, é fundamental que a instituição esteja atenta aos avanços interativos que este mecanismo oferece, pois as relações sociais, a cada dia que passa, se tornam cada vez mais virtualizadas e um dos grandes desafios da área museologia é trazer estes visitantes virtuais ao campo real e o QR Code pode ser uma via de acesso a superação deste paradigma contemporâneo.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Felipo Luiz Abreu de Oliveira

por Felipo Luiz Abreu de Oliveira

Olá Pessoal, sou Felipo Abreu. Técnico em Publicidade pelo SENAC/SP, Turismólogo formado pela UNESPAR/PR e Licenciado em História pelo CEUCLAR. Especialista em Artes visuais pelo SENAC/RR e pós-graduado em Museografia e Patrimônio Cultural pelo CEUCLAR. Gestor em cultura e turismo desde 2005. Atualmente é docente e mediador do programa de regionalização do turismo no SENAC Sorocaba.

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