A consolidação do cinema nacional

O cinema brasileiro some do cenário internacional e pouco se produz até o início dos
O cinema brasileiro some do cenário internacional e pouco se produz até o início dos

Marketing e Vendas

27/12/2013

O cinema brasileiro some do cenário internacional e pouco se produz até o início dos anos 90. O presidente da época, Fernando Collor de Mello, extingue a Embrafilme e nenhum outro órgão assume o papel de fomentar a produção cinematográfica. Na década, por ano, a média de produção foi de 40 longas-metragens e todos com qualidade, ganhando variedade de gêneros e na mistura deles. Até o fim de dezembro de 2013, teremos exatamente 50 filmes nacionais a serem lançados. Deles, 19 são dramas, e 17 são comédias, 11 são sobre brasileiros importantes ou sobre história nacional e três são infantis.

Para a crítica de cinema Neusa Barbosa (2004), essa nova fase do cinema nacional reflete que o cinema brasileiro: Prepara-se, assim, para superar os velhos vícios de uma arte segmentada em ciclos e classificações que se sucediam, comportando-se como adversários irredutíveis, que pouco ou nada dialogavam, usando rótulos como chanchada, Cinema Novo, pornochanchada, cinema marginal. Livre de amarras que o podaram no passado recente, como a ditadura militar e a censura, o cinema brasileiro hoje, é um espaço de coexistência para todas as tendências, linguagens e estilos, que podem pacificamente discordar sem patrulhar-se bem como compartilhar seus recursos. Essa tendência, segundo a crítica, permanece primeiro porque o cinema nacional está transferindo técnicas da TV e segundo em função das novas gerações, desconhecem a afonia que costumava afetar as produções dos anos 70.

Os filmes brasileiros conquistaram prêmios internacionais e indicações inéditas ao Oscar, que possibilitou o interesse da indústria cinematográfica, gerando parcerias de produção, principalmente com os estúdios americanos. Os diretores, atores e técnicos brasileiros fazem hoje carreira internacional e nomes como Walter Salles, Fernando Meirelles são sinônimo de qualidade da Sétima Arte Tupiniquim. Segundo Neusa Barbosa (2004): Para todo lado que se olhe, o que se enxerga é um cinema brasileiro que busca espaço de expressão e ambiciona, como tantas vezes antes em sua história, firmar-se como indústria. Para isso, precisarão aperfeiçoar-se as leis de incentivo, bem como multiplicar-se as formas de financiamento, estatal e privado, inserindo-se aí as co-produções internacionais.

Ainda se está à espera, igualmente, que a poderosa televisão brasileira invista mais e em mais direções do que na exibição de suas franquias e dos atores de suas novelas. A janela está aberta. Mas é preciso trabalho incansável de cineastas, produtores, atores, roteiristas, técnicos, críticos, governantes, empresários e do público para que ela não se feche outra vez, ainda mais diante de um sistema de captação que deu sinais de esgotamento e de uma conjuntura econômica mundial que não se afigura das mais simples.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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por Colunista Portal - Dia A Dia e Estética

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