03/03/2016
No mercado de trabalho, uma busca é certa: por pessoas criativas. Mas o que é ser criativo? As pessoas nascem criativas ou criatividade é uma habilidade que, como todas, pode ser aprimorada? Criatividade é criar algo novo. Nada simples para um tempo em que a cada segundo vemos e vivemos novidades e para um mundo repleto de informações cada vez mais facilmente acessíveis. Mas também, justamente por isso, nada que seja impossível.
Muitas vezes, o conceito de criatividade está associado à genialidade, grandes ideias geradas "do nada", uma inspiração, intuição, surpresa. Não à toa, se pensarmos numa imagem para uma pessoa criativa, pensaremos em alguém com uma lâmpada acesa acima da cabeça. É um insight, uma iluminação. Talvez esteja aí o obstáculo para que mais pessoas sejam ou se considerem criativas. Se for algo quase divino, inexplicável, inato, cada um é ou não é criativo e ponto final. Errado.
Para muitos especialistas, é possível aumentar a criatividade de qualquer indivíduo com treino, preparo, muito trabalho e atenção. Há muitos exercícios para criatividade. E, por meio deles, é que a tal inspiração acontece.
Para Shelley Carson, professora da Universidade de Harvard e autora do livro "Your Creative Brain", fundamental para criatividade é forçar o cérebro a sair do conforto, fazer a mente transitar por diferentes padrões. No livro há muitas dicas para a prática dessa teoria. Uma primeira ideia é sempre exercer uma atividade nova e difícil para você. Obrigue-se a exercer algo que não seja fácil para você, como tocar um instrumento, aprender uma nova língua, cozinhar.
Há inúmeros exercícios para desenvolver a criatividade. Muitos são subjetivos como: armazenar ideias, colocar atenção total a tudo o que se faz, ouvir mais do que falar, observar mais, ler muito, assistir a filmes, ir ao teatro, cinema, exposições de arte. Outros tantos são práticos. Fazer mais palavra-cruzada, montar um quebra-cabeça, brincar com tangrans.
É verdade que algumas profissões permitem mais essa prática e até a exigem. Publicitários, artistas, designer gráficos. Imaginem um designer gráfico, seja ele desenvolvedor de produto ou de uma comunicação visual, que não seja criativo? Como mudar uma embalagem já aceita no mercado sem se utilizar de um intenso processo criativo? Como comunicar algo sem pensar na ideia de atrair o maior número de pessoas para aquilo que você está fazendo? É preciso inovar. E para inovar é preciso muita criatividade.
Independentemente da sua função, porém, ser criativo é resultado de todo esses exercícios. Significa a procura por novas fontes de informação, a saída da zona de conforto. É estar o máximo de tempo possível realmente curioso. Com tanto estímulo, a porta das ideias estará aberta com mais frequência e você será alguém viciado pelo novo e, por consequência, alguém mais criativo.
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