Acupuntura e Doença de Parkinson

Acupuntura e Doença de Parkinson
Acupuntura e Doença de Parkinson

Medicina Alternativa

17/10/2014

A Doença de Parkinson, mais conhecida como Mal de Parkinson, afeta principalmente os idosos. Trata-se de um acometimento crônico, degenerativo, progressivo e irreversível, que acomete o sistema nervoso central, mais especificamente a substância negra, no mesencéfalo. Tais alterações levam a diminuição de um importante neurotransmissor, a Dopamina, que exerce indispensável função nos nossos movimentos, sendo responsável pela coordenação, equilíbrio, agilidade, marcha, postura e tônus muscular de todo o corpo. Na carência da Dopamina, surgem os sintomas: rigidez, lentidão de movimentos (bradicinesia), tremores, dificuldades na marcha, desequilíbrio e alterações posturais.


O tratamento médico consiste em repor a Dopamina deficiente com a administração de uma droga chamada L-Dopa ou Levodopa, que deve ser de uso contínuo. Exercícios de reabilitação (fisioterapia e fonoaudiologia) devem ser realizados com foco na minimização dos sintomas, sempre no pico de ação da medicação.


Nos últimos anos, alguns estudos comprovaram a atuação da Acupuntura na Doença de Parkinson, com destaque para o acuponto VB34 (Yanglingquan). Um estudo demonstrou que esse ponto é capaz de ativar áreas cerebrais relacionadas à doença: o córtex pré-frontal, o giro pré-central e o putamen1. Outra pesquisa demonstrou efeitos do mesmo acuponto no putamen, tálamo e área motora suplementar2. De acordo com a literatura chinesa, o VB34 é conhecido como “ponto de influência dos tendões”, sendo indicado para tratar alterações de movimento em geral, com ênfase nos tendões.


A Medicina Tradicional Chinesa trata padrões de desarmonias energéticas e não doenças específicas como a Medicina Alopática. Portanto, podemos encontrar os mais variados padrões energéticos em pacientes com a mesma doença. Sendo assim, o tratamento será sempre personalizado, embora saibamos que os pontos terão ações específicas, como confirmam os estudos. Não se faz um bom tratamento de acupuntura com um ponto único, pois sempre haverá um ou mais órgãos em desarmonia que de alguma maneira estarão envolvidos no fenômeno da doença. Vale ressaltar que o tratamento com acupuntura deve ser complementares às demais terapias, principalmente à medicamentosa, que deve ser rigorosamente acompanhada pelo médico alopata assistente.



FONTE:


1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4175221/

2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22943145

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Wagner Almeida Ferreira

por Wagner Almeida Ferreira

Graduado em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional (Universidade Gama Filho, RJ), Especialista em Acupuntura Sistêmica e Eletroacupuntura (ABACO-CBA RJ), Especialista em Ergonomia (Universidade Gama Filho - RJ), Professor da Abaco-CBA Salvador e Fisioterapeuta no Núcleo de Apoio do Saúde da Família - Prefeitura Municipal de Salvador.

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