Classificação de Mallampati – relaciona o tamanho da língua ao tamanho da faringe, classificando em quatro classes de numeradas de I a IV.
O teste é realizado com o paciente sentado, a cabeça erguida, a boca aberta e a língua o máximo para fora.
Ao fazer o exame, deve-se observar se existe comprometimento da VAS, enquanto o paciente estiver acordado, em vigília, observa-se também a capacidade de abertura de boca, tamanho da língua e realiza-se a medição da distância da úvula, do palato mole e a mobilidade de cabeça (GUIMARÃES, 2009). Estes dados são analisados segundo a classificação de Mallampati (F.7) e divide-se em:
-Classe I – pode-se visualizar todo o véu palatofaríngeo e úvula.
-Classe II – visualização parcial da úvula e dos arcos do véu palatofaríngeo.
-Classe III – sem visualização da úvula ou do véu palatofaríngeo.
-Classe IV – sem visualização de todo palato mole.
Não podemos esquecer que toda avaliação inicia-se com uma anamnese minuciosa. O fonoaudiólogo deve realizar uma avaliação do sistema sensório motor oral, verificando a morfologia, tônus e mobilidade dos órgãos. Pode-se também utilizar as escalas de sonolência e escalas de graduação de ronco para obter mais dados.
Guimarães (2009) em sua pesquisa observou que é comum os pacientes com SAHOS apresentarem:
-Língua com volume aumentado, formando um sulco acentuado na hemilíngua;
-Dorso de língua alto, dificultando a visualização do arco palatoglosso;
-Língua hipofuncionante na mastigação e deglutição;
-Palato mole e úvula alongamentos e flácidos com dificuldade de elevação;
-Úvula edemaciada, hiperemiada e aumentada em largura e comprimento;
-Flacidez de bucinador e orbicular da boca;
-Facilidade de abertura mandibular;
-Assimetria facial, principalmente da musculatura do levantador da asa do nariz e do levantador do ângulo da boca. Tratamento
Vários estudos demonstram a eficácia ou não dos tratamentos para SAHOS. Estes são variados podendo ser clínico ou cirúrgico. O tipo de tratamento indicado vai depender da determinação do número de eventos de apneia e/ou hipopneia por hora de sono. Os mais discutidos são as cirurgias de VAS, o uso de CPAP (aparelho de pressão aérea positiva contínua) e a placa de avanço mandibular.
Para Mekhitarian Neto (2005) pacientes com índices de até 15 episódios de apneia, é importante considerar métodos auxiliares no tratamento como: perder peso, evitar o uso de álcool e sedativos e o abandono do hábito de fumar.
Uso do CPAP – o uso de aparelho com pressão positiva contínua nas vias aéreas (a máscara deve ser colocada sobre o nariz, com isso o ar entra na VAS mantendo-a aberta) tem sido a primeira opção dos médicos para o tratamento da AOS.
Porém, estudos vêm demonstrando que muitos pacientes não têm uma boa adaptação ao uso do equipamento. Guimarães (2009) cita alguns sintomas que os pacientes relatam ao usar o CPAP: rinorreia, congestão nasal, ressecamento oral e nasal, irritação ocular, lesão de pele, claustrofobia, dificuldade para expiração, desconforto torácico e irritação com o ruído.
Não podemos esquecer que o uso do CPAP requer uma mudança comportamental e a aceitação do problema.
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por Colunista Portal - Educação
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