31/01/2013
Após o encaminhamento do paciente ao nutricionista, inicia-se o atendimento em nutrição, onde seguir um método faz com que a consulta fique organizada e completa. O primeiro passo é a introdução à consulta inicial, segue os itens abaixo:
• Apresentação – deve-se iniciar com a apresentação pessoal do nutricionista com nome e total cordialidade e simpatia.
• Verificação de informações – deve-se saber se o paciente já passou por consulta com algum profissional nutricionista, qual foi a terapia orientada, como foi a adesão por parte do paciente e se o paciente conhece o papel do profissional. Essas informações são importantes para conhecer melhor o paciente, suas experiências anteriores com uma consulta de nutrição e a disponibilidade do mesmo para receber e seguir orientações dadas por um novo profissional.
• Apresentação do papel do nutricionista – onde o nutricionista explica seu papel e seu objetivo com o paciente: estudar com critérios técnicos fatores subjetivos que influenciem o habito alimentar (cultura, origem, religião, profissão, preferências alimentares, entre outros), confrontá-los com dados clínicos objetivos e oferecer dicas práticas para prevenir doenças ou controlar fatores de risco para desenvolvê-las. Detalhar ao paciente sobre as ações de prevenção e tratamento que serão realizadas.
• Conhecer os aspectos clínicos do paciente por meio de informações relatadas pelo mesmo e saber os objetivos do paciente, os motivos que o levaram até a consulta.
• Explicar ao paciente quais procedimentos serão utilizados para que os objetivos traçados de prevenção e tratamento sejam atingidos, como por exemplo: “Hoje, vamos conhecer seu hábito alimentar e todos os fatores que o influenciam, além dos fatores de risco nutricionais para doenças. Por meio de dicas práticas, juntos, contornaremos eventuais fatores de risco nutricionais do seu hábito. Na próxima consulta, iniciaremos o conhecimento dos grupos de alimentos e suas funções fisiológicas”.
• Desta maneira, consegue-se deixar o paciente menos ansioso com relação a aspectos como fornecimento de cardápios prontos que não se adaptem a sua rotina diária; fornecimento de dietas preestabelecidas para perda ponderal apenas; proibições alimentares; recebimento de advertências por erros alimentares; se serão respeitadas preferências alimentares, entre outras.
• Inicia-se então a anamnese e anota-se as informações para que se possa explanar ao paciente posteriormente sobre cada colocação feita pelo mesmo. Juntamente com a anamnese está o inquérito alimentar onde nota-se uma dificuldade entre os pacientes em referir seu habito alimentar. A técnica que traz dados mais fidedignos é a história dietética, baseada no levantamento alimentar habitual em medidas caseiras e a avaliação por informação de dieta.
• Em paralelo há também a frequência de consumo de alimentos mais relacionados aos fatores de risco ou doenças já existentes. Outra preocupação é o local onde as refeições são realizadas e o estilo de vida de cada paciente. Além destes, são coletados, nesta fase, demais dados subjetivos inerentes ao habito alimentar. A seguir, temos um modelo de anamnese:
A guia de associação x prescrição serve para o profissional anotar as colocações feitas pelo paciente como quando ele cita termos técnicos comumente ouvidos como IMC, gordura trans, entre outros. Neste formulário, o profissional anota as colocações e junto com o paciente vai explicando o que significa e qual a relação com o seu caso clínico, assim como qual será a conduta/prescrição do nutricionista para este caso.
Após realizar as anotações, inicia-se o processo de diagnóstico nutricional do paciente, avaliando inicialmente o consumo alimentar e o estado nutricional aparente. Neste momento, é importante verificar em que pontos a dieta atual é deficiente ou em quais pontos excede, assim como quais são os hábitos incorretos ou inadequados que necessitam de mudanças por parte do paciente.
Estes dados devem ser anotados na ficha de anamnese para que possa se analisar no momento da consulta e já se realizar uma orientação nutricional desde a primeira consulta, de modo que o paciente já sinta que iniciará um tratamento e gerar confiabilidade no profissional por parte do paciente. Os dados também serão utilizados posteriormente para que o profissional possa elaborar o cardápio e as demais orientações nutricionais.
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