17/03/2013
O diabetes é uma doença crônica em que o organismo tem dificuldade em absorver a glicose. O excesso de glicose no sangue leva a reações de estresse oxidativo, responsável pelas complicações do diabetes como neuropatias, retinopatias e nefropatias. Evidências existem a respeito do metabolismo de muitos elementos traço em diabéticos e tem papel importante na origem e progresso da doença.
O cromo por ser um oligoelemento essencial para o metabolismo normal de carboidratos e lipídios e proteínas, sua deficiência causa sintomas inicialmente parecidos com o desenvolvimento de diabetes, tais como elevação da glicose, insulina, colesterol e triglicerídeo. A resposta ao cromo está relacionada ao grau de intolerância à glicose e estudos têm demonstrado que o cromo é efetivo no tratamento dos vários tipos de diabetes e é considerado um dos nutrientes menos tóxicos.
Inicialmente a descoberta do cromo era vista como um enigma para a bioquímica, já que alguns componentes foram dados como biologicamente ativo. O cromo é um oligoelemento que é absorvido ao nível do jejuno e menos de 1% do cromo ingerido é absorvido. A sua biodisponibilidade é afetada na presença de elementos quelantes, tais como o fitato, ferro e cálcio. A relação do cromo na regularização da taxa glicêmica e redução dos lipídios estão na ativação de certas enzimas que contribuem para a regularização dos mesmos.
O cromo aumenta a ligação da insulina com as células, aumentando a quantidade de receptores, pois sua presença aumenta à sensibilidade a insulina, devido à fosforilação e desfosforilação de proteínas, onde a enzima só é ativada na presença de cromo. Este processo ocorre quando o cromo fica em forma de FTG (fator de tolerância a glicose) que contém além de cromo, o ácido nicotínico e aminoácido (glicina, ácido glutâmico e cisteína) o que potencializa a ação da insulina.
De acordo com os estudos recentes e as informações apresentadas, o cromo se mostrou um oligoelemento favorável para redução das taxas glicêmicas e lipídicas em diabéticos, porém apesar da ação ser benéfica, para que obtenha algum efeito, é necessário levar em consideração a genética, controle dietético e controle minucioso da biodisponibilidade dos micronutrientes.
Os estudos atuais vêm demonstrando tais benefícios, entretanto nenhum deles apresentou dados suficientes para que se possa comprovar realmente o beneficio da utilização do cromo em diabéticos, uma vez que sua suplementação em excesso pode ser tóxica ao organismo, além de carrear a deficiência de outro micronutriente como o zinco.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
Jessica L Dantas Nutricionista, Pós Graduada em Nutrição Clínica - São Camilo - RJ Pós Graduanda Em Obesidade e Emagrecimento - UGF - RJ
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