Nutrição do Idoso

A ingestão de proteína é vital para atingir a massa muscular
A ingestão de proteína é vital para atingir a massa muscular

Nutrição

03/01/2015

O envelhecimento da população está associado a maior prevalência de problemas nutricionais. Os idosos têm maior risco de desnutrição por diferentes fatores, como a redução da ingestão de alimentos, fatores psicossociais associados à anorexia, problemas de mastigação e deglutição, alterações fisiológicas na função gastrointestinal, polifarmácia, depressão, entre outros.


Muitos indivíduos idosos têm uma perda de interesse em alimentos provavelmente relacionados com a perda sensorial, a fome é reduzida. Por todos esses aspectos são necessários cuidados fundamentais como melhorar as qualidades organolépticas dos alimentos de alimentos, cor, odor, sabor, textura, temperatura adequada para servir, etc., para tornar os pratos mais apetitosos.


A desnutrição, sobrepeso e obesidade estão associados com um risco aumentado de morbidade e mortalidade, taxas maiores de infecção, aumentando do número de quedas e fraturas, maior tempo de internação, bem como o agravamento de doenças e consequente diminuição da qualidade de vida.


Hábitos alimentares errôneos associados como o sedentarismo e estresse, contribuem para o aumento da incidência de doenças crônicas como as cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias. No que se trata dos hábitos alimentares do idoso, verifica-se atualmente um aumento do consumo de alimentos preparados, leite, cereais refinados, carnes e açúcar e diminuição do consumo de frutas, verduras, legumes, grãos inteiros e cereais (GINDRI, 2013).


A desidratação pode afetar seriamente o desempenho físico e mental, e ser considerada como um fator de risco que contribui para desencadear ou agravar algumas doenças.


Nos últimos anos tem-se intensificado os estudos na área de nutrição para prevenir doenças prevalentes nessa faixa etária.
A alta prevalência de idosos com deficiência de vitamina D diminui a densidade mineral óssea destes, diminuindo a função muscular e aumentando o número de quedas e fraturas osteoporóticas. Alguns estudos têm demonstrado associação entre a hipovitaminose D e aumento da incidência de doenças crônicas como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares entre outras patologias prevalentes nesta faixa etária.


A ingestão de proteína é vital para atingir a massa muscular adequada na juventude, o que facilita sua possível manutenção até a velhice. Um bom suprimento de cálcio, desde a infância e juventude, ajuda o desenvolvimento dos ossos e prevenir alterações na densidade mineral óssea. Hábitos saudáveis ao longo da vida são de grande ajuda para reduzir o risco de sarcopenia.


A imunossenescência provoca maior prevalência de infecções e tumores. A deficiência de micronutrientes como zinco, ferro, vitaminas A, B-6, B-9, C, D e E aumenta o risco de diminuição da eficiência do sistema imunológico. Ocorre aumento de citocinas pró-inflamatórias em doenças como o câncer, insuficiência cardíaca ou bronquite crônica e isto está associado com a perda de massa magra.


Uma alimentação adequada está diretamente relacionada com um envelhecer saudável, proporcionando uma terceira idade mais ativa. A nutrição e a saúde estão intimamente ligadas, estas contribuem para o bem estar do indivíduo. A nutrição tem um papel importante na modulação do processo de envelhecimento humano e o consumo alimentar está diretamente ligado a qualidade de vida (GINDRI, 2013).



Referência Bibliográfica
GINDRI, E.C. Consumo alimentar de idosos cadastrados em uma estratégia de Saúde da Família, 2013, 33f. Trabalho de Conclusão de Curso de Nutrição, do Departamento de Ciências da Vida – DCVida, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), para obtenção parcial do título de Nutricionista, 2013.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Walisson Junio Martins da Silva

por Walisson Junio Martins da Silva

Mestre em Alimentos e Nutrição-Unesp. Especialista em Qualidade de Vida e Gerontologia. Graduado em Bacharelado em Bioquímica. Licenciado em Ciências Biológicas e em Química.

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