Diferença entre "frutos" e "frutas" e sua função na natureza

Nutrição

05/05/2015

Apesar de ser muito parecida, a palavra “fruto”, tem sentido mais amplo que a palavra “fruta”.

Tecnicamente, “fruto” é o órgão da planta resultante do desenvolvimento do ovário, após a fecundação até a maturidade. São originados após a fecundação dos óvulos no interior do ovário de uma flor provocando uma modificação de seus tecidos, causada pela influência de hormônios vegetais que interferem na estrutura, consistência, cor e sabor, originando-se daí o fruto.

Já a “fruta” é a designação genérica de frutos adocicados, sumarentos (que tem sumo, ou muito sumo) e comestíveis, como o mamão, abacaxi e tantos outros.

Alguns alimentos como a maçã e a banana, podem ser designados tanto de frutos como de frutas, enquanto que outros frutos, como a abobrinha e o tomate, são designados como legumes.

Os frutos tem a função primordial de proteger as sementes que estão em desenvolvimento em seu interior, mantendo-se fechados em torno delas até a sua maturação. É neste momento, com as sementes prontas para germinar, que os frutos amadurecem e abrem-se liberando as sementes ao solo, ou tornam-se aptos a servirem de alimentos a seres humanos e animais que também depositarão estas sementes ao solo, após passarem por seu aparelho digestivo.

Segundo registros fósseis, os primeiros frutos não passavam de folhas fechadas sobre as sementes, formando folículos. Porém, ao longo da evolução, as plantas foram desenvolvendo novos frutos e estratégias para dispersão de suas sementes.

Há frutos que secam e abrem-se quando maduros, simplesmente liberando as sementes ao solo. Outros, ao se abrirem, expelem as sementes de maneira explosiva, arremessando-as a grandes distâncias. Há ainda os exóticos, armados de espinhos que se agarram à pelagem de animais e aves, sendo carregados por longas distâncias ou os frutos providos de alas e pelos que permitem flutuarem antes de atingirem o solo.

No entanto, o mais comum, são os frutos carnosos que com formas, cores, cheiros e sabores diferentes, atraem animais para que sejam ingeridos e depois descartados pelo aparelho digestivo em outras regiões, permitindo assim, a perpetuação da espécie.