Doença celíaca: o único jeito de tratar é excluir os alimentos que contém glúten

Nutrição

18/05/2009

Com certeza você já deve ter lido no rótulo dos alimentos que consome as frases: “Contém glúten” ou “Não contém glúten”. Essas informações são obrigatórias desde 2004, quando a medida entrou em vigor para auxiliar a vida e a saúde de quem sofre da doença celíaca, que é uma intolerância permanente ao glúten, que está presente em alimentos como trigo, aveia, malte e centeio.

O estimado é que um em cada 600 brasileiros sofra do problema. Porém, um estudo realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), verificou que a cada 214 paulistas, um apresenta a doença.

A enfermidade geralmente surge na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, mas pode também aparecer na fase adulta. O diagnóstico é feito por um gastroenterologista, com o auxílio de exames de sangue e biópsia do intestino.

Ainda não se sabe ao certo a origem da disfunção, mas a carga genética tem um peso significativo, sendo que a incidência em parentes de primeiro grau é de 30%.

Os celíacos sofrem com os seguintes sintomas: diarréia crônica, flatulência e perda de peso, que variam de acordo com a ingestão da proteína. E o problema é que ainda não existem medicamentos para o controle da doença celíaca. A nutricionista e tutora do Portal Educação, Ana Paula Leão Rossi, explica que “o único tratamento efetivo é uma dieta estritamente sem glúten, e aproximadamente 90% dos pacientes que são tratados assim apresentam melhora dos sintomas em duas semanas. Deve-se substituir os ingredientes que contenham glúten, como a farinha de trigo, por outras opções como o uso de farinha de arroz, amido de milho, farinha de milho, fubá, farinha de mandioca, polvilho e fécula de batata”.

Além disso, “o acompanhamento de um nutricionista é fundamental para garantir que o paciente saiba quais comidas possuem glúten, quais são seguras e como ter uma dieta balanceada, apesar das suas limitações”, alerta a nutricionista.