As penicilinas são os antibióticos mais empregados em odontologia
Odontologia
14/02/2013
As penicilinas são os antibióticos mais empregados em odontologia, pela sua eficácia e baixíssima toxicidade. Portanto, quando houver indicação do uso de antibióticos no tratamento das infecções odontogênicas já instaladas, em idosos, a escolha deve recair sobre a penicilina V ou amoxicilina, sendo esta última a primeira opção também na profilaxia da endocardite bacteriana em pacientes idosos.
Normalmente as penicilinas são empregadas nas doses habituais. Entretanto, por serem excretadas por via renal, pode haver a necessidade de se adequar sua dosagem e posologia nos indivíduos idosos com comprometimento da função renal, após troca de informações com o médico que trata da doença.
Em infecções mais graves, o metronidazol pode ser associado às penicilinas após análise cuidadosa da relação risco/benefício.
Nos casos de pacientes alérgicos às penicilinas, a opção recai sobre a eritromicina quando se tratam de infecções leves a moderadas, ou clindami-cina em infecções mais sérias, respeitando-se as mesmas dosagens, posologia, precauções e contra-indicações relativas ao emprego em adultos.
Em pacientes diabéticos, o uso de antibiótico sistêmico da família das tetraciclinas associado ao tratamento periodontal pode promover efeitos benéficos não apenas ao periodonto, mas também sobre o controle glicêmico.
Miller et al. (1992) avaliaram a glicemia de nove pacientes diabéticos pouco controlados e com periodontite, após a raspagem e o alisamento radicular combinado com uso sistêmico de doxiciclina, durante 14 dias. Nos exames após quatro e oito semanas depois do tratamento, cinco dos nove pacientes tinham melhorado significativamente o sangramento à sondagem. Estes mesmos cinco pacientes também obtiveram melhora no controle me-tabólico, indicada pela redução nos valores de HbA1. Os quatro pacientes que não mostraram melhora no sangramento durante a sondagem, também não tiveram melhora do controle metabólico do diabetes.
A redução na produção de colagenase pelo hospedeiro pode ser obtida pelo tratamento com tetraciclina. Isto é realizado por mecanismos independentes das propriedades antimicrobianas desses agentes. Baixas doses de tetraciclina e de tetraciclinas modificadas quimicamente (TMQs), que não possuem efeito antimicrobiano, têm mostrado a diminuição significativa na produção de colagenase, como na degradação de colágeno. Embora TMQs não estejam disponíveis para uso rotineiro, as tetraciclinas como doxiciclina e minociclina, têm sido usadas por muitos anos.
Devido aos seus efeitos anticolagenolíticos, as tetraciclinas têm benefícios potenciais na inibição tanto no início quanto na progressão das periodontites, osteoporoses, artrites, entre outras patologias. No diabetes, por exemplo, esses agentes podem ser benéficos para a normalização do metabolismo do colágeno e nos eventos para o reparo da ferida.
Desta forma, pode-se concluir que garantir a saúde bucal dos pacientes idosos requer grandes conhecimentos médicos e odontológicos, principalmente na área da farmacologia aplicada.
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por Colunista Portal - Educação
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