A xerostomia em idosos dificulta a mastigação e deglutição
Odontologia
14/02/2013
A xerostomia representa um quadro caracterizado pela redução de volume da saliva produzida, e função do estado de disfunção das glândulas salivares. Esse quadro pode estar associado com a idade avançada (média 60 anos) afetando mais mulheres que homens.
Embora seja predominante em indivíduos mais velhos, não é simples consequência do processo natural do envelhecimento. Os indivíduos mais velhos estão sujeitos a desenvolver a doença devido ao uso de medicamentos potencialmente xerostômicos.
Clinicamente, observa-se um estado de secura oral, que pode ocorrer de forma discreta, moderada ou grave, dependendo do tipo de agente causal, podendo ainda ser transitória ou permanente. A mucosa apresenta-se seca e a superfície ventral da língua apresenta-se frequentemente fissurada, com a atrofia das papilas filiformes.
A xerostomia em idosos traz uma série de sintomas desconfortáveis e os pacientes costumam se queixar de dificuldades na mastigação e deglutição, podendo relatar que os alimentos aderem á mucosa bucal durante o processo. Há um aumento na prevalência da candidose oral nos pacientes com redução do fluxo salivar devido à redução na limpeza e atividade antimicrobiana fornecida normalmente pela saliva. Além disso, os pacientes ficam mais propensos à cárie, principalmente às cáries radiculares e cervicais.
O tratamento da xerostomia é difícil e, muitas vezes, insatisfatório. Os tratamentos existentes são paliativos e tem o objetivo de reduzir o desconforto gerado pela secura oral e restabelecer as funções orais alteradas pela xerostomia. Podem ser administradas as salivas artificiais e pode ser orientado ao paciente a ingestão de água durante todo o dia.
Além disso, as gomas de mascar sem açúcar podem ser usadas para estimular o fluxo salivar. A pilocarpina tem mostrado ser uma droga sialogoga, porém apresenta ações sistêmicas.
Juntamente com a xerostomia, podemos diagnosticar a Síndrome da Ardência Bucal (SAB), que se caracteriza por uma sensação de ardor localizado ou difuso na mucosa bucal clinicamente normal.
A Síndrome da Ardência Bucal afeta principalmente mulheres no período pós-menopausa, sendo que a relação mulher/homem pode variar de 6:1 até 12:1. A faixa etária mais prevalente da doença situa-se entre 50 e 60 anos.
A etiologia da SAB ainda é desconhecida, porém muitos estudos consideram sua etiologia multifatorial, envolvendo fatores locais, sistêmicos e psicológicos. A síndrome encontra-se associada com frequência em pacientes portadores de candidose, Síndrome de Sjögren, sialodenite crônica auto-imune, diabetes ou deficiências nutricionais.
A língua costuma ser o sítio mais acometido, seguida do rebordo alveolar superior, palato, lábios e rebordo inferior. A ardência é quase sempre bilateral e simétrica. Alguns pacientes podem apresentar ardência ocasionalmente, outros a apresentam diariamente, porém somente em alguns períodos, e outros manifestam os sintomas durante o dia todo por tempo indeterminado.
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por Colunista Portal - Educação
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