Tumor odontogênico adenomatoide (TOA) - O que é?

O sexo masculino não é agredido com tanta frequêcia como as mulheres
O sexo masculino não é agredido com tanta frequêcia como as mulheres

Odontologia

12/02/2014

É definido pela Organização Mundial da Saúde como um tumor epitelial benigno (tem um comportamento benigno, não recidivando após enucleação simples), de origem odontogênica, com estruturas semelhantes a ductos e graus variáveis e alterações do tecido conjuntivo, parcialmente cístico e, em alguns casos, a lesão pode se apresentar como uma massa na parede de um cisto.

Em uma proporção de 2:1, o sexo feminino é agredido com maior constância que o masculino, sendo as lesões mais frequentes na maxila que na mandíbula, com uma incidência maior pela área de caninos e incisivos. Alguns autores sugerem que a lesão não seja uma neoplasia verdadeira, mas sim de origem hamartomatosa (distúrbio de desenvolvimento caracterizado por uma maior proliferação de células maduras em região anatômica onde este tecido é normalmente encontrado).

Observado em associação com dentes impactados, apresentando características histológicas que lembram os vários componentes do epitélio odontogênico. Os tumores odontogênicos adenomatoides são classificados em três tipos:

Há duas variedades centrais ou intraósseas, sendo;


- A primeira do tipo folicular (dentígero), na qual o tumor é notado em associação com a coroa de um dente impactado, diagnóstico radiográfico mais provável de cisto dentígero.

- A segunda variedade é o tipo extrafolicular (não há associação com a coroa de um dente impactado), sendo o diagnóstico radiográfico mais provável de cisto residual, glóbulo maxilar ou lateral periodontal, dependendo de sua localização, com variedades intraósseas que são comumente esféricas e contêm uma cápsula fibrosa com um material amarelado proteico semissólido em seu interior.

- E, por fim, a terceira variedade é a periférica ou extraóssea, que se apresenta clinicamente como um fibroma que pode provocar erosão superficial do tecido ósseo (crescimento progressivo, comumente assintomático, todavia pode ocasionar tumefação indolor) na imagem radiológica (aspecto mais comum é o de uma lesão radiolucente unilocular, que se assemelha a um cisto).

Histologicamente pode haver formações císticas mais ou menos extensas. O epitélio pode se apresentar como cordões, camadas ou massas espiraladas. Anéis de células colunares dão um aspecto de ductos, mas estes podem ser escassos. Nas fileiras de células colunares, opostas, muitas vezes existe um material acidófilo (PAS positivo). No tecido conjuntivo há variáveis quantidades de material hialino acidófilo (parece ser dentina displástica e, ocasionalmente, um padrão tubular é visto em algumas áreas) contendo cordões de epitélio no seu interior.

Tratamento:
é a enucleação cirúrgica conservadora e a terapêutica preconizada para o tumor. Consiste na curetagem da lesão (lesões são encapsuladas se não há propensão para recidiva).

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Colunista Portal - Saúde

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