Adulto: Exemplo Para as Crianças - Aprendizagem Montessoriana
A criança tem todas as recordações gravadas em seu inconsciente
Educação e Pedagogia
19/02/2013
A criança tem todas as recordações gravadas em seu inconsciente.
Se um adulto não estende a sua própria toalha, ou se ele não põe o prato à pia, a criança não terá lembranças de sua rotina que as impelem em fazer o mesmo. Não se pode inferir no sistema organizacional da criança se não procurou com ela a própria organização.
Quando a criança repete uma ação organizadora, ela se sente gratificada. Quando coloca o seu chinelo junto e perto do chinelo do pai ela confirma o seu modelo de imitação e organização.
Montessori faz um alerta: a criança tem o seu ritmo e ele deve ser respeitado em todas as suas fases de desenvolvimento.
Professor: lembre-se – seu aluno precisa de você, de suas orientações, mas você precisa conhecer o ritmo dele!
Algo faz semelhante o adulto com a criança. Por uma defesa inconsciente, procura impedir que ela faça movimentos lentos, exatamente como afugentaria de modo irresistível uma inofensiva mosca que o incomodasse. (Montessori, 106)
Isso quer dizer que o adulto já passou pela etapa em que se encontra o infante e como ninguém a conhece. Pode ajudá-lo a transpor qualquer obstáculo. Como? O adulto, especificamente o professor, deve se munir de paciência, o que não é mais visto atualmente.
O professor, quando o aluno é lento, ou seja, rende melhor de forma mais lenta que os demais, aplica a substituição, intervindo no ritmo natural do infante.
Um exemplo da situação acima: quantas vezes você faz para o seu aluno o que ele mesmo deveria fazer? Cópias de exercícios, coloridos, cópias de agenda....? Contam-se na mão esses eventos ou são constantes?
Ajudar sempre. Fazer para a criança nunca!
A verdade é que a criança deve ser cercada de amor em todas as situações. Montessori falará isso. A cultura, muitas vezes intervém nesse processo. Digamos que, por mais absurdas que sejam as histórias da sociedade em relação à criança no Brasil, aqui somos afetuosos e afetivos. Temos um apego ao protecionismo. As crianças têm a relação afetiva com a mãe ainda que esta seja ausente. A criança cria o chamado modelo de ausência. Ela idealiza a presença da figura materna ao seu lado.
Nos países europeus e orientais é comum vermos casos de suicídio em jovens a partir dos 15 anos. Aquelas culturas intervém em resultados constantes na produção que a criança e futuro adolescente deve apresentar à sociedade.
Em outros países, a criança convive com as regras religiosas. Imagine como se vive uma criança que nasceu em comunidades afastadas do centro e plenamente rurais. Crianças que, sem liberdade de escolha, foram criadas em seitas. Essas crianças, aterrorizadas com a figura do demônio, e auto idealizadas na pureza e no bem, jamais puderam construir um castelo de areia ou de terra. Ou sentir o cheiro da chuva com o verde do mato. Pois ao mesmo tempo em que a sensação de liberdade era presente, elas tiveram obrigações de trabalho desde cedo.
Essas marcas dos subconscientes são muito sérias. Elas comprometem todo o futuro do jovem. Certa vez, em uma escola americana, a criança foi condenada em juízo por ter beijado uma menina no rosto. Detalhe: ambas tinham 4 anos. Essa fato ocorreu nos EUA, modelo econômico e social – consumista – da atualidade. Futuramente, esse jovem torna-se um daqueles que atiram contra todos na instituição. O que falar dessas culminâncias violentas no modelo de educação americano?
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por Colunista Portal - Educação
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