As teorias contemporâneas

Esta teoria defende que a produção jornalística representa a realidade tal qual um es
Esta teoria defende que a produção jornalística representa a realidade tal qual um es

Educação e Pedagogia

06/11/2013

Ao longo dos anos, muitos estudos sobre o jornalismo foram realizados. Cursos de mestrado e doutorado e pesquisadores/estudiosos são responsáveis pela publicação de diversos livros e artigos científicos. Todo esse material busca responder à pergunta “por que as notícias são como são?”.


Traquina (2005) apresenta uma série de teorias do jornalismo, que ele chama de explicações plausíveis e interessantes a respeito das atividades relacionadas com a produção jornalística. São elas: teoria do espelho; teoria da ação pessoal ou a teoria do “gatekeeper”; teoria organizacional; teorias de ação política; teorias construcionistas; teoria estruturalista; teoria interacionista.


• Teoria do espelho

Esta teoria defende que a produção jornalística representa a realidade tal qual um espelho. Ela diz que as notícias são como são porque a realidade as faz assim. A teoria do espelho defende a imparcialidade do jornalismo e afirma que o jornalista está interessado tão somente em informar, transmitindo a verdade como ela é.


A ideologia do jornalismo diz que não há transgressões na verdade que é contada pelo jornalista. Havendo para os que não cumprem esta premissa graves punições.


As notícias de fato não são invenções ou inverdades. E quando alguma informação errada é veiculada, logo deve ser corrigida publicamente. Entretanto, Traquina (2005) diz que a teoria do espelho é uma explicação insuficiente, e vem sendo muito criticada.
• Teoria da ação pessoal ou a teoria do “gatekeeper”
Na teoria do gatekeeper o processo de produção das notícias acontece com base em uma série de escolhas em que o fluxo de informações passa por diversos gates (portões), que definem a escolha para divulgação. O jornalista é então quem faz este trabalho, ele é o gatekeeper.


“Se a decisão for positiva, a notícia acaba por passar pelo ‘portão’, se não for, a sua progressão é impedida, o que na prática significa a sua ‘morte’ porque significa que a notícia não será publicada” (TRAQUINA, 2005, p. 150). A análise é feita apenas sob a perspectiva de quem produz a notícia, o jornalista.


Dessa forma, pode ser considerada arbitrária e subjetiva. Entretanto, alguns estudos afirmam que o jornalista (gatekeeper) não decide com base em questões pessoais, mas sim em questões burocráticas da instituição em que trabalha. De qualquer forma, muitas são as questões que influenciam o processo de produção das notícias.


• Teoria organizacional
Aqui se iniciam os estudos sobre as organizações jornalísticas. O jornalista passa a ser observado dentro do contexto em que trabalha, de acordo com a política editorial em que está inserido.


“Assim, na teoria organizacional, a ênfase está num processo de socialização organizacional em que é sublinhada a importância duma cultura organizacional, e não uma cultura profissional” (TRAQUINA, 2005, p. 153, grifos do autor). De acordo com a teoria, o trabalho do jornalista é influenciado por meios de que a organização dispõe, ressaltando a questão econômica da atividade jornalística. O jornalismo passa a ser definido também como uma atividade comercial, passando a ser estudadas as questões financeiras que envolvem a atividade.


• Teorias de ação política
A partir de 1960, o interesse por questões ideológicas cresce nos estudos da comunicação e do jornalismo. Seguindo esta linha, a partir da década de 1970, a relação entre jornalismo e sociedade torna-se central. A pesquisa em comunicação estuda implicações políticas e sociais, com destaque para o papel social das notícias (TRAQUINA, 2005).


Assim, há destaque para o estudo da parcialidade jornalística. Grandes são os debates acerca do tema, que mais uma vez colocam em questão a possibilidade de reprodução dos fatos exatamente como ocorrem, sem distorções.


Segundo Traquina (2005), nas teorias de ação política há duas versões. A de esquerda afirma que meios de comunicação de massa são instrumentos que ajudam a manter o sistema capitalista. A versão de direita diz que os MCM servem como instrumentos que questionam o capitalismo.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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