FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BIOLOGIA: DESAFIOS ENTRE,A TEORIA E A PRÁTICA

Atender a tarefa de ensino é atender ás necessidades do aluno
Atender a tarefa de ensino é atender ás necessidades do aluno

Educação e Pedagogia

08/10/2014

INTRODUÇÃO


Atender a tarefa de ensino é atender ás necessidades do aluno, antes de
qualquer coisa. É preciso saber quais as aspirações, frustrações e anseios, que os
esperam. É indispensável que o professor conheça em profundidade a natureza do
fenômeno que pretende que seus alunos conheçam, fazendo com que o conteúdo
vá do mais simples para o mais complexo, do mais concreto para o mais abstrato..
Não há inovações, na Educação, quando se coloca em segundo plano
a formação de professores. Novas exigências educacionais, como o uso da
informática na educação, a formação continuada (aprender a aprender) e a
capacidade de diálogo e comunicação com os outros, pedem às universidades e
cursos de formação docente um professor capaz de ajustar sua didática à nova
realidade da sociedade, do conhecimento, do aluno, dos diversos universos
culturais e dos meios de comunicação (Libâneo, 2000).

O compromisso dos profissionais em Ciências Biológicas com a educação
reflete-se na sua maneira de agir em sua prática pedagógica. Estes devem
considerar que a sala de aula é um espaço de construção do conhecimento,
conferindo a esta o verdadeiro motivo de se ensinar ciência e biologia: proporcionar
aos educandos uma compreensão racional do mundo e do meio ambiente que os
cerca levando-o a uma posição crítica em relação à natureza.

Através dessa perspectiva, esse artigo tem como problema apontar quais são
os desafios entre a teoria e a pratica na Formação de Professores de Biologia,
apresentando como objetivo três eixos temáticos, nas quais os desafios para
formação de Professores de Biologia devem permear.
O primeiro eixo temático visa a Produção do Conhecimento e Formação do
Cidadão, cujos temas abordados serão: Ciências e Senso comum; Ciências na
Biodiversidade e Educação e Meio Ambiente.
O segundo eixo temático visa Ciências e Ética na Formação de Cidadão,
cujos temas abordados serão: Ciências e Tecnologia na Educação; Ciências e
Cidadania e Educação na Diversidade.
O terceiro eixo temático visa Atuação Docente na Produção de
Conhecimento, cujos temas abordados serão: Práticas Pedagógicas no ensino
fundamental; Práticas Pedagógicas no ensino médio e O Ensino de Ciências com o
uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
No entanto, de acordo com Esteban (2001), a relação teoria/prática é
fundamental para a construção da autonomia docente. Ela é considerada como um

dos seus entraves, em especial pelo distanciamento existente entre a reflexão e a
ação e pela dificuldade de colocar em prática as discussões teóricas.

METODOLOGIA


O debate em torno da Formação de Professores vem sendo destacado nas
principais conferências e seminários sobre educação no Brasil e tornou-se mais
presente, principalmente, a partir do final da década de 70 e início dos anos 80, em
virtude da reformulação dos cursos de Pedagogia e Licenciatura (PEREIRA, 2007).
O perfil do biólogo (Lei 6.684/79) sugere um profissional capaz de lidar tanto
com situações envolvendo o ensino, quanto com situações relacionadas à pesquisa
em Biologia. Também fica claro o papel social desse profissional, o qual deve estar
comprometido com a manutenção da qualidade de vida em todas as suas formas.
Segundo Pereira (2007), os currículos de formação de professores baseados
no modelo da racionalidade técnica mostram-se inadequados à realidade da prática
profissional docente. As principais críticas atribuídas a esse modelo ressaltam
separação entre teoria e prática na preparação profissional, a prioridade dada à
formação teórica em detrimento da formação prática e a concepção da prática como
simples espaço de aplicação de conhecimentos teóricos. Um outro limite deste
modelo consiste em acreditar que o domínio dos conteúdos específicos que se vai
ensinar é suficiente para ser um bom professor. Isso significa, por exemplo, que,
para ser um bom docente superior de Biologia, basta o domínio dos conhecimentos
específicos dessa área do conhecimento.

A compreensão dos conceitos e objetos da Biologia exige dos docentes
o aprofundamento teórico-prático e domínio das novas tecnologias educacionais
que facilitam a compreensão do conhecimento a ser ensinado bem como sua
efetiva transposição didática. Assim, é necessária uma postura teórico-prática,
que evite a reprodução fragmentada dos conteúdos, mas que faça emergir a
pesquisa como princípio educativo, como postura emergente na sala de aula. O
professor, para tanto, deve construir um ambiente propício, dentro do qual a
aula seja orientada para a atuação docente transformadora. É importante ler,
criticamente, estabelecendo com os autores um relacionamento dialético;
postar-se na história como sujeito capaz de pensá-la e planejá-la, alcançar
redação própria e expressar-se com desenvoltura, dominar conhecimentos e
informações estratégicas do processo de transformação da realidade atual;
começar a produzir algum conhecimento, desde pequenas pesquisas, trabalhos
em grupo, experimentos, algumas práticas, até elaborações mais exigentes, que
já expressam capacidade de síntese, de compreensão global do
posicionamento crítico criativo; aprimorar habilidade metodológica para manejar
e produzir conhecimento (DEMO, 1993).

A melhoria do ensino no curso de graduação em Ciências Biológicas requer
dos docentes e discentes atitudes e posturas pedagógicas que pressupõem a
problematizarão dos conteúdos por meio do diálogo, o estímulo para a leitura com
compromisso de compreensão e relação do conhecimento com a realidade, a
discussão das técnicas e métodos utilizados na construção do conhecimento
científico e tecnológico, a realização de atividades científicas, desde a produção de
textos até a elaboração de pequenos trabalhos e grandes projetos de pesquisa e da
pesquisa como “princípio educativo”.

Atendendo os objetivos propostos, os eixos temático visam:
Produção do Conhecimento e Formação do Cidadão
Apesar de as grandes discussões a respeito da natureza do conhecimento
científico e do ensino de Ciências e de Biologia estarem acontecendo há mais de 20
anos, faz-se presente nas escolas, ainda hoje, uma visão da ciência cujos
pressupostos nortearam a ciência a partir do século XVII. O mundo dos seres vivos
e não vivos são reconhecidos a partir de uma perspectiva estrutural, por meio do
método analítico, o que acaba gerando uma visão fragmentada do mundo; os seres
e os fenômenos são estudados a partir da decomposição de suas partes e de seus
elementos, como se cada parte funcionasse isoladamente. Os currículos de nossas
escolas estão sobremaneira alicerçados nessa visão fragmentada, e isso se torna
ainda mais visível quando analisamos as disciplinas da educação científica.

Embora haja uma demanda e uma busca por mudanças de possíveis outras
relações com esses saberes, as pesquisas do campo educacional mostram que nas
escolas, via de regra, os conhecimentos científicos são apresentados aos alunos
como sendo permanentemente verdadeiros, imutáveis e superiores aos outros
conhecimentos. Poucas vezes se discute a contextualização dos saberes científicos,
situando-o no espaço, enfatizando as relações sociais, o momento histórico e os
movimentos sociais, a fim de compreender como e porquê tal conhecimento surgiu
numa determinada época e local. Para se entender o processo de produção do
conhecimento científico, na sociedade contemporânea, exige-se que se considere a
dimensão política desse conhecimento.


A questão da biodiversidade desponta dentre os temas ambientais planetários
nos anos 80, juntamente com outras questões ambientais de alcance transfronteira,
tais como a destruição da camada de ozônio, a mudança climática global associada
ao efeito estufa, a poluição dos ambientes marítimos e a devastação das florestas.

O conceito de biodiversidade inclui todos os produtos da evolução orgânica,
ou seja, toda a vida biológica no planeta, em seus diferentes níveis - de gens até
espécies e ecossistemas completos - , bem como sua capacidade de reprodução.
“Corresponde “à” variabilidade viva”, ao próprio grau de complexidade da vida,
abrangendo a diversidade entre e no âmbito das espécies e de seus habitats.
A diversidade da vida é elemento essencial para o equilíbrio ambiental
planetário, capacitando os ecossistemas a reagirem melhor às alterações sobre o
meio ambiente causadas por fatores naturais e sociais, considerando que, sob a
perspectiva ecológica, quanto maior a simplificação de um ecossistema, maior a sua
fragilidade. A biodiversidade oferece também condições para que a própria
humanidade adapte-se às mudanças operadas em seus meios físico e social e
disponha de recursos que atendam a suas novas demandas e necessidades.
Historicamente, as áreas de aproveitamento de recursos genéticos e biológicos têm
sido inúmeras, destacando-se a alimentação, a agricultura e a medicina, dentre
outras aplicações.

Em linhas gerais, duas grandes motivações contribuíram para a emergência
recente da problemática da perda de biodiversidade na cena internacional e para
determinar o seu caráter estratégico. Uma delas relaciona-se ao aumento da
percepção, pelos cientistas e por crescentes segmentos da sociedade em geral, a
respeito da urgência e da importância de se tomarem medidas de maior alcance
visando a resguardar a existência das diferentes formas de vida na Terra.

No entanto, a junção de Educação e Meio Ambiente, transformou a Educação
Ambiental num meio para resolver os problemas que afetam a qualidade de vida.
A Educação Ambiental deve tratar as questões globais críticas, suas causas
e interrelações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e históricos.
Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente tais
como população, saúde, paz, direitos humanos, democracia, fome, degradação da
flora e fauna devem ser abordados dessa maneira.

Questões como essas dão ênfase nos aspectos biológicos estruturais e
funcionais inviabiliza uma olhar mais amplo da natureza. Um outro exemplo nos traz
7
Nascimento (2000). Ela aponta que as práticas escolares relacionadas ao ensino de
Biologia, principalmente, quando se trata da natureza e do corpo humano, abordam
essas questões desconsiderando os aspectos sociais. O corpo humano, em
especial, é apresentado de maneira fracionada, em partes, estático, sem sexo, sem
identidade e, na maioria das vezes, apenas de maneira interna, enfatizando as
comparações do ser humano a máquinas ou apenas atribuindo a cada parte/órgão
do corpo uma determinada função. A partir disso ela enfatiza a necessidade de se
discutir o corpo num entrelaçamento de diferentes marcadores sociais (gênero,
sexualidade, raça/etnia, geração, credo etc.) presentes na biologia, mas poucas
vezes explicitados.

Ciências e Ética na Formação de Cidadãos

Na pesquisa realizada por Trivelato (1995) entre 1985 e 1987 fica bastante
claro como o ensino de Biologia não fornece elementos para capacitar os alunos a
analisar o conhecimento produzido pelas pesquisas científicas e tecnológicas. O
conhecimento científico apresentado é, geralmente, distanciado dos problemas e
questões da atualidade, não sendo encarada pelo aluno como algo que ele usufrui,
ou em relação ao qual ele possa interferir ou dar sua contribuição. Ela considera que
é importante trazer elementos que construa um outro currículo:

Acreditamos que os currículos de Ciências devam incluir a análise das
conseqüências sociais e culturais do desenvolvimento científico e tecnológico,
proporcionando o estabelecimento das relações entre desenvolvimento,
progresso social e melhoria da qualidade de vida (p. 127).

Amorim (1997) traz algumas discussões sobre como algumas professoras de
biologia vêem as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Ele percebe que a
visão das professoras ainda é a de que a ciência é algo externo à sociedade, não
considerando o trabalho científico como um trabalho susceptível a determinantes da
estrutura social. O que acontece, segundo elas é apenas a aplicação prática do
saber científico pela sociedade. Em sua análise, esse autor diz que o discurso que
predomina na nossa sociedade é o de que o desenvolvimento científico-tecnológico
é tido como desencadeador de benfeitorias para a humanidade, sem distinção de
nações e classes sociais e sem dar ênfase às questões relativas à dominação e
dependência político-econômica.


A idéia de ciência transporta consigo a idéia de uma verdade (ainda que
provisória), não resultante apenas da atividade social mas também de “verdades
objetivas” do mundo natural. Por isso não é compatível com qualquer forma de
relativismo conceptual, uma forma de relativismo em que a variedade de crenças e
valores é uma conseqüência não de haver verdades, sendo a verdade aquilo que
assim é considerado por uma dada sociedade. Importa distinguir entre a fonte de
uma idéia por um lado e a verdade por outro. Isto é, distinções entre as causas de
uma crença e as evidências associadas às crenças. Por isso explicações sociais
para a origem do conhecimento são logicamente possíveis, mas as explicações
sociais para o conteúdo do conhecimento não são aceitáveis.

Diante dos fatos, é importante que os nossos alunos compreendam que
quanto mais descobrimos sobre o mundo, mais nos aparece para investigar, e que
paralelamente a esta busca que deve ser sustentada e alimentada se colocam
outras ordens de questões, que não são impedimento para o caminho a percorrer
pela ciência e que podem mesmo constituir motivo forte para que a mesma não se
coloque limites ou se deixe centralizar em seus próprios dogmas.
A cidadania moderna constitui-se hoje com a ciência. O lugar que ela tem na
sociedade é determinante na demarcação dos limites entre direitos e deveres, no
peso que tem nos argumentos que os permitem estruturar e hierarquizar quando em
conflito. E o modo como pensamos a ciência, o lugar que lhe damos nas nossas
decisões, a respeitabilidade com que tratamos as suas verdades, o interesse que
colocamos em conhecer as condições em que essas verdades são estabelecidas, a
consciência que temos dos seus limites, derivados das reduções que se fazem ao
enunciar as perguntas ou provenientes dos meios utilizados. O modo com
articulamos esta forma especial do pensamento humano com as nossas duvidas, os
nossos receios, as nossas convicções ou as nossas crenças, são determinantes
para a nossa intervenção como cidadãos.

Entretanto, a intenção de transformar a escola – entendida como instituição
independente das relações sociais e promotor do conhecimento em prol de uma
sociedade mais igualitária e equânime, tem como um de seus pontos estruturantes o
reconhecimento dos nós que impedem ou pelo menos atrapalham o acesso e a
permanência na escola, a trajetória de estudos e o sucesso nas atividades
escolares.
Melhoria da qualidade do sistema educacional envolve não somente a
capacitação do corpo docente e a viabilização da produção e distribuição de material
didático e pedagógico, mas também o papel transformador da escola. Para isto, o
apoio a programas que visem a aperfeiçoar o controle social, a garantia dos direitos
cidadãos e a diversidade cultural é elemento chave das iniciativas para termos uma
Educação voltada para Ciências Biológicas mais especifica sem distinção,
trabalhando na sala de aula a Tecnologia, a Cidadania e a Diversidade.

Atuação Docente na Produção de Conhecimento
O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e
apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente no
que tange a condução de metodologias de ensino por nossos educadores e a
valorização do contexto escolar formador para nossos alunos. Nesse aspecto
GADOTTI (2000:4), pesquisador desse processo afirma que:

Enraizada na sociedade de classes escravista da Idade Antiga,
destinada a uma pequena minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio já
no movimento renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão
média da escolaridade trazida pela educação burguesa. A educação nova, que
surge de forma mais clara a partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses
últimos dois séculos e trouxe consigo numerosas conquistas, sobretudo no
campo das ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de
“aprender fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet, por exemplo, são
aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto a concepção tradicional
de educação quanto a nova, amplamente consolidadas, terão um lugar
garantido na educação do futuro. (GADOTTI, 2000).

A Prática Pedagógica no ensino fundamental, faz-se necessária uma proposta
educacional que tenha em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os
estudantes. O ensino de qualidade que a sociedade demanda atualmente expressasse
aqui como a possibilidade de o sistema educacional vir a propor uma prática
educativa adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da
realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos e
garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos,
críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem.

No contexto atual, a inserção no mundo do trabalho e do consumo, o cuidado
com o próprio corpo e com a saúde, passando pela educação sexual, e a
preservação do meio ambiente são temas que ganham um novo estatuto, num

universo em que os referenciais tradicionais, a partir dos quais eram vistos como
questões locais ou individuais, já não dão conta da dimensão nacional e até mesmo
internacional que tais temas assumem, justificando, portanto, sua consideração.
Nesse sentido, é papel preponderante da escola propiciar o domínio dos recursos
capazes de levar à discussão dessas formas e sua utilização crítica na perspectiva
da participação social e política.

Já a Prática Pedagógica no ensino médio, propõe-se a formação geral, em
oposição à formação específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar,
buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar,
formular, ao invés do simples exercício de memorização.

O currículo, enquanto instrumentação da cidadania democrática, deve
contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano
para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em
sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à integração de
homens e mulheres no tríplice universo das relações políticas, do trabalho e da
simbolização subjetiva.

Diante dos fatos, o Ensino da Ciência em particular, amplia cada vez mais sua
capacidade de chegar ao aluno, utilizando Tecnologia da Informação e
Comunicação (TCI) que representam ainda um avanço na educação a distância.
Com a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, os alunos têm a
possibilidade de se relacionar, trocando informações e experiências. Os professores
e/ou tutores tem a possibilidade de realizar trabalhos em grupos, debates, fóruns,
dentre outras formas de tornar a aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, a
gestão do próprio conhecimento depende da infraestrutura e da vontade de cada
indivíduo.

A democratização da informação, aliada a inclusão digital, pode se tornar um
marco dessa civilização. Contudo, é necessário que se diferencie informação de
conhecimento. Sem dúvida, vivemos na Era da Informação.

CONCLUSÃO

A formação desejada para o professor compreende no conhecimento
biológico e aplicação prática desses conhecimentos, transmissão clara e objetiva,
introdução do conteúdo utilizando o dia-a-dia e outros métodos lúdicos, tornar o


aluno, um preceptor desse conhecimento e não somente um ouvinte. Buscar meios
de fornecer informações suficientes, para fixação e não somente para exprimir
conteúdo.

Respondendo ao problema apontado, deve-se utilizar de estratégias que
dêem possibilidades para a busca de uma formação em que se alia fundamentação
teórica significativa e abrangente com domínio de instrumental técnico e
metodológico adequado, na perspectiva da criação de um profissional reflexivo,
capaz de atuar para o desenvolvimento do meio em que vive, não só reproduzindo o
conhecimento construído em sua graduação, mas transformando esse
conhecimento e as práticas sociais correspondentes, na direção apontada por uma
postura político-ideológica explícita e consciente.

Com relação aos objetivos o Professor de Biologia deve Fornecer o
embasamento filosófico das ciências, desenvolverem uma postura ético-profissional
coerente e uma atitude crítica em relação aos conhecimentos biológicos e suas
implicações, além de Fornecer os conhecimentos básicos necessários à
compreensão dos fatos e fenômenos biológicos, tanto para o embasamento
científico do Biólogo, como para instrumentá-lo no exercício das atividades técnico -
cientificas inerente à profissão.

Diante dos fatos, O professor crítico reflexivo nunca se satisfaz com sua
prática, jamais a julga perfeita, concluída, sem possibilidade de aprimoramento. Está
sempre em contato com outros profissionais, lê, observa, analisa para atender
sempre melhor ao aluno, sujeito e objeto de sua ação docente (JAMARDO NETO,
2007).


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de Educação -USP 1995.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Thyago Baía de Barros Lima

por Thyago Baía de Barros Lima

Formação Acadêmica Graduado em Biologia, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC (2011). Cursando Pós-Graduação em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, pelo Centro Universitário UNINTER .

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