Inteligência emocional

Educação e Pedagogia

26/11/2014

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo é uma leitura parcial da obra Inteligência Emocional (GOLEMAN,1995) e não se pretende conclusivo ou definitivo. É, antes de tudo, um exercício de leitura. Ou seja, uma resenha breve que tem o propósito de entender o que é este conceito revolucionário do psicólogo norte americano.


2. DESENVOLVIMENTO

Em verdade, a preocupação com a inteligência emocional não é exclusividade de Daniel Goleman.


Charles Darwin em seu livro de 1872, A expressão das emoções no homem e nos animais, já levantava a questão da importância das emoções no mundo animado. Por todo o século XX o conceito foi refinado por vários pesquisadores, e na última década do século passado Goleman adquiriu notoriedade quando publicou o livro Inteligência Emocional.


O autor, após uma volumosa pesquisa bibliográfica, tenta definitivamente cercar o conceito e sistematizá-lo, articulá-lo e integrá-lo as outras múltiplas inteligências do homem. Mas seu sucesso editorial e alcance também se devem a uma boa dosagem da retórica da literatura de autoajuda e merchandising.


Com efeito, o autor assim define a Inteligência Emocional, do ponto de vista exclusivamente físico: “o funcionamento da amígdala e sua interação com o neocórtex estão no centro da inteligência emocional” (GOLEMAN, 1995).


No entanto, vale ressaltar que o trabalho do psicólogo norte americano não é tão determinista assim, como pode parece em nosso recorte. Ao contrário, o campo semântico da expressão inteligência emocional é bem mais vasto, e não só assimila como exige uma concepção mais humana, ou melhor, humanista no sentido que as ciências humanas desempenham preponderante papel no ideário conceitual de Goleman. Assim, outras definições de inteligência emocional se encontram ao longo do livro. Como a mais socrática que aqui se destaca: “a consciência de nossos sentimentos quando eles ocorrem” (GOLEMAN, 1995).



3. CONCLUSÃO

A obra seminal de Goleman tem um valor a mais: ela propõe uma educação que oriente o aprendente a desenvolver sua inteligência emocional, a saber, sua capacidade de reconhecer os sentimentos e emoções dos outros, a capacidade de controlar seu próprio temperamento e tornar o trauma, que todos temos, em reaprendizagem emocional. Isto é, Goleman faz uma crítica contundente à tradição escolar que prioriza o coeficiente intelectual e despreza a importância da maturidade emocional no processo de formação e desenvolvimento do sujeito aprendente.


E neste ponto o trabalho de Daniel Goleman pode e deve ser um guia para todos os profissionais da educação.




BIBLIOGRAFIA

CORREIA, Mônica F. B. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente, de Daniel Goleman __In: Estudos de Psicologia. 1997, 2 (2), 413-419. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X1997000200014&script=sci_arttext


GOLEMAN, Daniel. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 45ª ed. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1995. Disponível em: http://alma-da.org/RHL/4.pdf


WIKIPEDIA. DANIEL GOLEMAN. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Goleman