Romances Indianistas

Educação e Pedagogia

22/04/2015

Nos Romances indianistas percebemos um Alencar engajado com o projeto romântico de buscar as origens do nacional. Essa atitude é condizente ao projeto dos escritores europeus que se empenhavam em olhar para a Idade Média e identificar a formação de suas nações.

Enquanto na Europa retratava-se o cavaleiro medieval como o herói romântico, no Brasil, era o índio o elemento tipicamente nacional. Nos dois continentes esta atitude está relacionada ao pensamento filosófico de Rousseau, segundo o qual, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Assim, os povos primitivos eram valorizados e atribuía-se a eles o status de herói, enquanto o europeu é visto como ganancioso e falso.

Não podemos nos esquecer de que, apesar da busca da identidade nacional, o índio brasileiro é desenhado com tons europeus, é civilizado.

Iracema, O Guarani e Ubirajara são os livros indianistas de Alencar. Além do projeto nacional traçado nesses livros, sobretudo em Iracema e O Guarani, vê-se a criação de um projeto linguístico. Almeja-se a construção de uma língua nacional pela incorporação de vocábulos indígenas, daí alguns leitores acharem complicado ler José de Alencar.