Revolução Francesa

Um amplo processo de reorganização política entra em pauta.
Um amplo processo de reorganização política entra em pauta.

Educação e Pedagogia

27/04/2015

A burguesia havia se tornado uma elite econômica. Apesar de endinheirada, não possuía nenhum privilégio, pois a estrutura de governo ainda era monárquica. Na França, a organização social estava fundamentada em três classes sociais bastante distintas:

• O Clero: elite religiosa (0,5% da população)

• A Nobreza: a família real e os membros da corte (1,5%)

• O Terceiro Estado: a burguesia e os camponeses (98%)

Os dois primeiros grupos possuíam muitos privilégios, pois eram isentos de impostos e levavam uma vida muito luxuosa, bancada à custa do Terceiro Estado. Além da falta de privilégios, deste eram cobrados impostos exorbitantes.

Foi quando uma crise ambiental causada pelo frio e uma crise no fornecimento de alimentos se abateram sobre a França, que o Terceiro Estado pressionou o governo por mudanças políticas. Uma assembleia convocada para se definirem as taxas de impostos, por força dos representantes do Terceiro Estado, torna-se a Assembleia Constituinte na qual o povo questiona a forma monárquica de governo.

Um amplo processo de reorganização política entra em pauta. Ocorre a tomada da Bastilha (símbolo que representava o poder da realeza), os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade são declarados. São retirados os privilégios do clero e da nobreza e são concebidos os direitos do homem.

Depois do processo revolucionário, partidos começam a se formar: os girondinos representavam a alta burguesia e os jacobinos representavam a pequena burguesia. Jacobinos, mais radicais, defendem grandes mudanças sociais, mas o excesso de violência de sua gestão faz com que os girondinos, por meio de um golpe de Estado, assumam o poder e apoiem um golpe que colocará Napoleão Bonaparte como governante. Esse processo demonstrou o poder da burguesia. Agora, além de detentora do capital, possuía o poder político.

A Revolução Francesa promoveu profundas mudanças na maneira do homem enxergar o mundo. É certo que os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, embora limitados dentro do contexto em que surgem, promoveram um grande avanço social, permitindo um maior entendimento da posição e dos valores do ser humano.

Não podemos deixar de frisar que a Revolução Francesa é um marco para o Romantismo no mundo, entretanto não é uma barreira fixa. Muitos autores demoraram a alcançar um estilo mais tipicamente romântico, podendo perceber neles estéticas neoclássicas em concomitância com elementos românticos.

Mas, se observarmos a temática do Romantismo, vemos que essa complexidade social e política não são muito retratadas. A atitude parece mais ser escapismo dos conflitos do mundo. Temos que observar a posição do homem diante da estrutura aristocrática que acabara de cair do poder e a burguesia que entrara recentemente. Diante dessa dicotomia, sobressaiam atitudes saudosistas ou reivindicatórias.

Esse tipo de pensamento foi disseminado pelo mundo e agente de grande transformação social. Chegando ao Brasil, foi importante no processo de independência contra o ideal de recolonização portuguesa, defendido pela Revolução do Porto (Reivindicava a volta de Dom João VI a Portugal e um novo Pacto Colonial).

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Colunista Portal - Educação

por Colunista Portal - Educação

O Portal Educação possui uma equipe focada no trabalho de curadoria de conteúdo. Artigos em diversas áreas do conhecimento são produzidos e disponibilizados para profissionais, acadêmicos e interessados em adquirir conhecimento qualificado. O departamento de Conteúdo e Comunicação leva ao leitor informações de alto nível, recebidas e publicadas de colunistas externos e internos.

Portal Educação

UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93