A IMPORTÂNCIA E A EFICÁCIA DA ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO.

A história da psicopedagogia teve início a partir da preocupação de professores
A história da psicopedagogia teve início a partir da preocupação de professores

Educação e Pedagogia

10/05/2015

1 INTRODUÇÃO

 

 

O presente estudo esta centrado na importância e eficácia na atuação do psicopedagogo. A história da psicopedagogia teve início a partir da preocupação de professores, médicos e psicólogos que ao se encontrarem com alunos que não

conseguiam aprender ou apresentavam dificuldades de aprendizagem acabavam chegando ao fracasso.

Portanto, houve a preocupação e questionamento: A psicopedagogia consegue dar significativamente conta de uma transformação de qualidade para a educação, seja, atuando na prevenção, intervenção ou mediação?

Concordo com Oliveira (2009) a importância da psicopedagogia em sua visão sobre a aprendizagem exigi uma ressignificação do saber sobre a aprendizagem que requer do estudioso um aprofundamento em teorias que deem conta de um ser humano que se relaciona com um mundo em constante movimento.

O principal objetivo deste artigo é refletir sobre o papel da psicopedagogia como área de conhecimento e área de atuação em processo contínuo de construção e transformação.

Pretende-se também possibilitar conhecimento sobre como nasceu a psicopedagogia, uma breve contextualização histórica, termo da psicopedagogia, as transformações que mudaram a maneira de pensar sobre dificuldades de aprendizagem, a neuro+aprendizagem, entre as várias contribuições que a ciências trouxe à atualidade, a neurociência tem revelado muitos avanços no processo de cognição humano, novos conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro e a eficácia da práxis do psicopedagogo.

Portanto,

                                        ... cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança. (Bossa, 1994, p.23).

 

 

A metodologia aplicada é pesquisa bibliográfica, tem a intuito de permitir uma amplitude de conhecimento a cerca deste assunto. Portanto, levar o leitor a refletir para assim prover discussões a esse respeito, possibilitando promover mudanças significativas valorização sobre a atuação do psicopedagogo.

Contudo, há ainda um longo caminho a ser percorrido pela psicopedagogia, porém, há necessidade de proporcionar esta pesquisa e buscar superar este desafio com a melhoria contínua dos processos na educação.

Segundo Freitas (2002, p.52), “a educação é um fenômeno essencialmente humano pelo qual as gerações transmitem conhecimentos, práticas, costumes e modos de vida”.

Enfim, construir conhecimento é construir-se a si próprio, não nascemos “humanos” se constituímos com o conhecimento. Um país se faz pela educação de seu povo e o povo se faz com o conhecimento.

 

 

2 BREVE HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA

 

 

A história da psicopedagogia teve início a partir da preocupação de professores, médicos e psicólogos que ao se encontrarem com alunos que não conseguiam aprender ou apresentavam dificuldades de aprendizagem acabavam chegando ao fracasso.

Em consulta no Dicionário Michaelis, psicopedagogia é a “aplicação de conhecimentos da psicologia às práticas educativas”. Entretanto, o que não é comentado que a psicopedagogia é mais do que a junção da pedagogia e psicologia. A psicopedagogia se apropria de conhecimento de várias ciências.

Conforme Bossa (2000), os primeiros esboços de Psicopedagogia aconteceram na França no início do século XIX com contribuições da Medicina, Psicologia e Psicanálise, para ação terapêutica em crianças que tinham lentidão ou dificuldades para aprender.

É importante ressaltar que os franceses em seus estudos influenciaram a iniciação psicopedagógica na Argentina e esta no Brasil. Os primeiros grupos de estudos sobre aprendizagem surgiram nos anos 30 na educação no Brasil.

A psicopedagogia tem lutado pela regulamentação da profissão e neste percurso, organizou-se em associação nacional, a ABPp, que elaborou o código de ética da área. Permitindo a fiscalização do exercício do profissional garantindo a qualidade do especialista psicopedagogo.

De acordo com Grassi (2009), Código de Ética da ABPp: 

Art. 1º - A Psicopedagogia é um campo de atuação em educação e saúde que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e atológicos, considerando a influência do meio – família, escola e sociedade – no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia.

Parágrafo único

A Intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem.

Art. 2º – A psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza reursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontogênico e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprias.

Art. 3º - O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo.

Segundo Grassi (2009), acreditamos que um profissional da área hoje, bem como de todas as áreas que lidam com o ser humano, requer postura ética e moral, visão crítica para além das aparências, paixão e desejo irrefreável, amor incondicional pela verdade, pelo conhecimento, pelo saber, pelo homem.    

Confirma-se que a psicopedagogia é uma área de estudo, pesquisa obtendo conhecimento para a atuação, oportunizando desenvolver sua função em instituição ou clínica de forma terapêutica ou preventiva.

A sua linha de estudo é o processo de ensino e aprendizagem em um contexto complexo envolvendo várias áreas do conhecimento como: Psicologia, Pedagogia, Medicina, Fonoaudiologia e outras. Portanto, tem enfoque transdisciplinar, ou seja, recebe influências de diferentes ramos. Aliando as áreas de conhecimento, está comprometida em resolver os problemas e melhorar as condições de aprendizagem.

 A atuação do psicopedagogo vem da demanda de alunos que não conseguiam aprender ou apresentavam dificuldades de aprendizagem chegando ao fracasso. Portanto, poderá desenvolver suas práxis em diferentes espaços, como hospitais, escolas, clínica, empresas dentre outros.

Enfim, a psicopedagogia é a área do conhecimento que estuda a aprendizagem humana, objetivando facilitar o processo de aprendizagem não apenas no ambiente escolar, mas em todos os âmbitos: cognitivo, afetivo, social.

 

 

2.1 PSICOPEDAGOGIA+NEURO+APRENDIZAGEM

 

Entre as várias contribuições que a ciências trouxe à atualidade, a neurociência tem revelado muitos avanços no processo de cognição humano, novos conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro. Uma das informações de extrema importância é a compreensão dos processos neurológico e neuropsicológico, envolvidos na aprendizagem e nas dificuldades.

Portanto,

                                      A Neurociência é o estudo da realização física do processo de informação no sistema nervoso e entre outras áreas engloba a Neuropsicologia, a qual pode ser entendida como o estudo da relação entre as funções neurais e psicológicas. A aprendizagem, ou seja, a aquisição de novos comportamentos, conhecimentos, competências, habilidades e atitudes, está intimamente ligada ao desenvolvimento e funcionamento do cérebro, e por força das evidências irrefutáveis trazidas pelo resultado das mais atuais pesquisas científicas e pelo uso da neuroimagem funcional, essas duas áreas, a educação e a Neurociência, acabaram se aproximando. (Maluf, 2011, p. 11)

 

Segundo Maluf (2011), a nova condição acabou por despertar a atenção de educadores para novos e antigos instrumentos e estratégias que podem ser melhor compreendidos e incrementados frente aos conhecimentos da neurociência, então, surge desse encontro a neuroaprendizagem ao encontro da psicopedagogia.

Contudo, a neuroaprendizagem tem obtido resultados surpreendentes em pouco tempo, a neuroaprendizagem com as novas metodologias faz com que a aprendizagem se torne agradável, divertido e muito motivador.  Portanto, o aluno poderá obter informações, fatos com rapidez e facilidade para fixar na memória de forma permanente, metodologia que são desenvolvidas para uma aprendizagem eficaz.

Conforme Lakomy (2008), a aprendizagem envolve a interação de diversos fatores e processos através dos quais compreendemos conceitos de temas específicos, como matemática, português, desenho etc. Estamos sempre aprendendo e durante toda a vida.

É importante descrever que o desenvolvimento do homem é metade genético e metade meio ambiente, conforme o estimulo que o ambiente proporciona, sendo, assim, hoje o homem se faz com a interação com o meio. Portanto, o desenvolvimento cerebral do ser humano vai depender muito do ambiente que vive.

Segundo Gallahue; Ozmun (2003), o processo de desenvolvimento humano seja, ele motor, afetivo ou cognitivo, ocorre por meio de mudanças comportamentais que ocorrem durante o ciclo de vida, sendo assim, depende dos processos de aprendizagem.

Também é necessário compreender os órgãos dos sentidos para este desenvolvimento, exemplo: as crianças usam muito bem estes órgãos quando elas querem pegar tudo que vê, usa o tato para mexer e quando isso acontece esta aprendendo.  Assim, é também quando recebemos uma flor simplesmente cheiramos e isso é desenvolvimento cerebral.

Portanto, é extremamente necessário preparar o meio para a aprendizagem acontecer e se este meio não desafiar não acontecerá à aprendizagem. É importante verificar se aprendeu e para que ocorra uma aprendizagem significativa é preciso conhecer os caminhos como o cérebro aprende.

Segundo Carraro (2013), é necessário conhecer como o cérebro aprende e precisa se alimentar, são três os alimentos necessários: água, oxigênio e glicose a partir destes itens o cérebro estará saudável, porque o cérebro bem alimentado os vasos sanguíneos levam o alimento para os neurônios.

De acordo com estudiosos supracitados em uma situação de tensão os neurônios se contraem e se diminuem. O nervosismo é chamado de ansiedade e força os vasos sanguíneos e vai para o coração onde aparece o estress, ansiedade e a partir disso surgem às doenças.  A ansiedade e o sono são os grandes complicadores da aprendizagem, por isso, que na hora de estudar precisa ter tranquilidade assim cuidar da saúde.

Entretanto, a educação é a base de tudo o ser humano sem educação não se transforma e o cérebro vai se transformando pela aprendizagem. A neuroplasticidade é o cérebro se transformando, sendo que o período de maior transformação do cérebro é na adolescência de 13 a 16 anos.

O elemento chave da aprendizagem é a dopamina é o “barco” que leva a informação de um neurônio para o outro neurônio. Porém, a aprendizagem é um processo longo, lento, solidário e nem sempre é agradável. Importante comentar que a partir dos 7 anos de idade a pessoa começa a ter autonomia no processo de aprendizagem, ou seja, o professor ensina mas o grande trabalho de querer aprender é do aluno. Portanto, a partir desta idade a responsabilidade do aprender e a autoaprendizagem são exclusivamente do estudante.

A aprendizagem é a formação de novos arquivos da memória, cada conhecimento novo é um novo arquivo. Desta forma somos hoje o que é nossas memórias isso o que a vida se faz no presente, lembranças, recordações a nossa qualidade de vida depende das nossas memórias. Por isso, que o ser humano evolui porque a cada dia tem memórias novas, novo aprendizado, novas experiências.

Enfim, toda pessoa que estuda se transforma e a neuroaprendizagem é de extrema importância para combater a dificuldade de aprendizagem. E se nos transformamos a sociedade muda, evolui.

 

 

2.2 PRÁXIS DO PSICOPEDAGOGO

 

A psicopedagogia nos permite atuar profissionalmente na área clínica e institucional com a finalidade de caráter preventivo quanto no aspecto terapêutico do processo de aprendizagem e suas dificuldades.

 

                                         O psicopedagogo tem o papel principal retirar os sujeitos de suas condições de não aprendizado, dotando-os de sentimentos de autoestima e, principalmente, fazendo-os perceber suas potencialidades para recuperarem seus processos internos de apreensão da realidade, tanto nos aspectos cognitivos como nos afetivo-emocionais. (NOGUEIRA, 2011, p.17)

 

 

 

Desta forma quando ha insegurança, autoestima baixa, e a falta de incentivo no ambiente familiar e escolar estes fatores refletem negativamente no processo ensino-aprendizagem do individuo, facilitando para o fracasso escolar.

 

                                         A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais, procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos. (OLIVEIRA, 2009, p. 25).

 

 

Contudo a ação do psicopedagogo acontece a partir da ação do sujeito, que ao se manifestar demonstra condutas que revela sua dificuldade. Portanto, percebi na vivencia de estágio que o segredo de um atendimento que gere frutos é o vínculo que o psicopedagogo e o indivíduo precisam ter durante o processo, só assim haverá aprendizagem.

Concordo com Oliveira (2009) a importância da psicopedagogia em sua visão sobre a aprendizagem exigi uma ressignificação do saber sobre a aprendizagem que requer do estudioso um aprofundamento em teorias que deem conta de um ser humano que se relaciona com um mundo em constante movimento.

Somos mediadores do processo de conhecimento, somos como “ponte” que liga um lado para outro, ou seja, ponte de mediação. Construir conhecimento é construir-se a si próprio, não nascemos “humanos” se constituímos com o conhecimento. Um país se faz pela educação de seu povo e o povo se faz com o conhecimento.                                      

De acordo com Gardner (1993), cada indivíduo é único em suas habilidades e precisa fazer sua parte na sociedade, melhorar o mundo em que vive. Portanto, é necessário conscientizar as pessoas da importância de buscar conhecimento este é o nosso trabalho, mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes, portanto, agir, sentir e pensar. Estes são os norteadores da vida das pessoas. Desta forma, as pessoas evoluem quando há mudanças no comportamento, porque adquirem conhecimento e com conhecimento mudam.

A partir das pesquisas e da experiência no meu trabalho, estes tem contribuído com minha prática profissional, as pessoas nos procuram porque existem demandas que as deixam ansiosas, preocupadas. Por isso, percebo em atendimento que o paciente anseia para falar. Precisam desabafar para se acalmar e aquietar o espírito que está em conflito, ai sim encontrar soluções para estes conflitos internos.

Concordo com Oliveira (2009), considerar a atuação do psicopedagógica como uma possibilidade de levar o sujeito que aprende a torna-se mais consciente e ativo do seu próprio processo de aprender requer do psicopedagogo um olhar e uma escuta diferenciados.

A partir do conhecimento que este curso proporcionou pude colocar em com prática atendendo estudantes com dificuldades de aprendizagem, e a partir dos atendimentos percebi que além da escuta, da motivação e conscientização as dicas abaixo trouxe um resultado surpreendente que atinge quase 100% dos estudantes atendidos. Onde no decorrer do atendimento pude instruir com muito carinho e atenção todos, muitos chegavam com desespero vontade de desistir do curso e várias outras situações. Hoje, estes que estavam com dificuldades estão agradecidos pelo apoio e estão firme nos estudos.

 

                                         A atividade psicopedagógica vem ganhando espaço de atuação significativo ao longo de sua história, como uma área que identifica, diagnostica e intervém no movimento de aprendizagem do homem. Aborda-se o termo movimento de aprendizagem, na psicopedagogia, porque esta área concebe seu objeto de estudo, que é o aprender, como algo dinâmico no ser humano e nas suas inter-relações.  (OLIVEIRA, 2009, p.22).

 

 

 

Contudo, resolvi organizar o atendimento utilizando as dicas abaixo, mas é lógico que nem sempre nesta ordem, pois, muitas vezes é preciso mudar a estratégica, cada indivíduo é único.

A partir dos estudos e destas experiências organizei de uma forma simples 10 dicas para ajudar os alunos a enfrentar as dificuldades de aprendizagem:

1-           Ter a consciência da mudança em sua rotina e querer esta mudança, ou seja, deixar o caminho aberto para o conhecimento, pois é um processo individual.

2-           Disciplina nos dias e horários: é necessário que o aluno possa organizar seu tempo para estudar dias e horários específicos. E que seja sempre nos mesmos horários, porque o cérebro acostuma com esta atividade. 

3-            Rever os assuntos: quando revisa mais de uma vez o assunto que estuda o cérebro aciona a memória de longo prazo.

4-              Ter local fixo para estudar: é uma estratégia do cérebro para aprender, local que seja iluminado e tenha silêncio.

5-           Ter boa alimentação: não deixar de se alimentar corretamente, se ficar sem alimentação o cérebro não consegue se concentrar no estudo, portanto, não aprenderá.

6-           Praticar esportes seja qual for o esporte a cada prática esportiva o cérebro fica com mais vontade de estudar.

7-           Dormir bem nunca estudar com sono é necessidade do ser humano.

8-           Evitar em quanto estuda músicas, celular e televisão, porque o cérebro busca o que nos dá mais prazer e o estudo fica em segundo lugar.

9-           Compreender como funciona o cérebro: assim poderá entender melhor como aprende.

10-        Buscar sempre a motivação, dedicação e persistência.

Portanto, o método de aprendizagem é um caminho que se deve percorrer, buscar, porque onde a vontade ha inteligência, pois, caminham juntas, ou seja, é preciso estudar acima de tudo querer e nunca desistir.

 

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

É importante buscar compreender as transformações e as mudanças que pode ocorrer a partir de uma intervenção psicopedagógica na vida de todos os envolvidos no processo.

A partir das pesquisas teóricas das vivencias dos estágios e da experiência no meu trabalho, estes tem contribuído muito com a minha prática profissional, as pessoas nos procuram porque existem demandas que as deixam ansiosas. Por isso, percebo em atendimento que o paciente anseia para falar. Precisa desabafar para se acalmar e aquietar o espírito que esta em conflito. É após esta catarse que se encontram soluções para os conflitos internos.

Cada um faz a sua parte para melhorar o mundo em que vive. Portanto, é necessário conscientizar as pessoas da importância de buscar conhecimento este é o nosso trabalho agir, sentir e pensar. Estes são os norteadores da vida das pessoas. Desta forma, as pessoas evoluem quando há mudanças no comportamento, porque adquirem conhecimento e com conhecimento mudam.

Contudo, construir conhecimento é construir-se a si próprio, não nascemos “humanos” se constituímos com o conhecimento. Um país se faz pela educação de seu povo e o povo se faz com o conhecimento.

Portanto, novas estratégias e técnicas de aprender com qualidade foram criadas e desenvolvidas dando origem a neuroaprendizagem, oportunizando ao aluno obter informações, fatos com rapidez e facilidade para fixar na memória de forma permanente, estratégias, metodologias que são desenvolvidas para uma aprendizagem eficaz.

É extremamente importante ressaltar que a atuação do psicopedagógica se dá na essência das relações que se estabelecem pelos envolvidos, portanto, o psicopedagogo também assume o papel de mediador, facilitador do processo de ensino e aprendizagem, assim como o educador.

De acordo com Oliveira (2009), considerar a atuação do psicopedagógica como uma possibilidade de levar o sujeito que aprende a torna-se mais consciente e ativo do seu próprio processo de aprender requer do psicopedagogo um olhar e uma escuta diferente, ou seja, mais atento, perceptivo.

Portanto, percebo que o entusiasmo faz parte do processo de aprendizagem e tal fator é de extrema importância para os profissionais, pois, é preciso ter muito entusiasmo assim remete a aprendizagem contínua, a qual é a base para nos aperfeiçoamos diante das novas técnicas e metodologias que surgem dia após dia.

Contudo, pude constatar a importância e eficácia do trabalho de uma psicopedagoga, a responsabilidade, o cuidado no momento de planejar e também de fechar a hipótese, entretanto o lindo e difícil trabalho de um psicopedagogo com tudo o que pode proporcionar ao outro.

Entretanto, ainda há muitos lugares como escolas que infelizmente não tem atuação de uma psicopedagoga, portanto, esperamos que logo mais seja uma realidade, pois enquanto professores e educadores que somos precisamos fazer educação. É o que sabemos fazer e o que queremos fazê-lo das formas diferentes e da melhor maneira possível, dentro das limitações que o sistema nos coloca e tenta nos impor.

Vejo que é preciso permanecer na busca da educação como prática social, capaz de contribuir na construção de uma nova sociedade, mais justa, mais humana, mais livre, portanto, mais amorosa.

Enfim, há ainda um longo caminho a ser percorrido pela psicopedagogia, porém, diante dessas considerações essa experiência foi muito gratificante, pois, o conhecimento através das pesquisas e da vivência levarei para a vida profissional e pessoal. 

 

 

REFERÊNCIAS

 

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BLAKEMORE, S-J. & FRITH, U. (2009). O cérebro que aprende. Lições para a educação. Lisboa: Gradiva Publicações.

 

BOSSA, N. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 2000.

 

BOSSA, NÁDIA. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.

 

CARRARO, IVO. Método de Estudo. Curitiba. Disponível em: <http://ava.grupouninter.com.br/claroline176/claroline/learnPath/navigation/viewer.php>. Acesso em: 17 de out. 2013. 

 

 

COQUEREL, PATRICK RAMON STAFIN. Neuropsicologia. Curitiba: Ibpex, 2011. 

 

FREITAS. L. A. DE. A importância da revisão de texto nos trabalhos acadêmicos. Disponível em: <http://www.webartigos.cocos/58385/>. Acesso em 05 dez. 2003.

 

GARDNER, HOWARD. Multiple intelligences: The theory in practice. New York: Basic Books. 1993.

 

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreender o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 2 ed.Tradução de Maria Aparecida da ilva Araujo. São Paulo: Phorte, 2003.

 

GRASSI, TÂNIA MARA. Psicopedagogia: um olhar uma escuta. Curitiba: Ibepx, 2010. 

 

LAKOMY, ANA MARIA. Teorias cognitivas da aprendizagem. 2. ed. rev e atual. – Curitiba: Ibpex, 2008.  

MALUF, IRENE MARIA. Neurociências é essencial aos professores que atuam nas escolas inclusivas. Revista Direcional Educador, São Paulo, edição 81 outubro 2011. Disponível em: <http://www.direcionaleducador.com.br/edicao-81-out/11>. Acesso em: 03 mar. 2014.

 

MICHAELIS 2000: moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2000ª. V. 1. 

 

NOGUEIRA, MAKELINY OLIVEIRA GOMES. Dificuldades de Aprendizagem um olhar Psicopedagógico - / Daniela Leal – Curitiba: Editora Ibpex, 2001.

 

NOGUEIRA, MAKELINY OLIVEIRA GOMES. Psicopedagogia Clínica: caminhos teóricos e práticos / Daniela Leal – Curitiba: Ibpex, 2011. 

 

 

OLIVEIRA, MARI ÂNGELA CALDERARI. Psicopedagogia: a instituição educacional em foco. Curitiba: Ibpex, 2009.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Andrea Maia Cordeiro

por Andrea Maia Cordeiro

Especialista em Psicopedagogia clinica e institucional pelo Centro Universitário Internacional UNINTER; Especialista em Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos EaD na UNINTER; Especialista em Educação Infantil Séries Iniciais e Gestão Escolar na Faculdade Aupex; Graduada em Pedagogia com Habilitação em Educação Especial pela Faculdade Fapi. Atuo a mais de 15 anos na Educação.

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