A função da família na aprendizagem dos filhos.

A função da família no desenvolvimento da criança no meio escolar
A função da família no desenvolvimento da criança no meio escolar

Educação e Pedagogia

14/05/2015

A função da família no desenvolvimento da criança no meio escolar pretende debater sobre a importância da presença da família no processo de aprendizagem das crianças de maneira a favorecer a construção de parceria no desenvolvimento das ações que favoreçam o sucesso escolar e social das crianças atendidas pela instituição. Com esse trabalho a escola tem o intuito de  promover uma interação onde venha oportunizar vivências que possibilitem a reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem, corroborando dessa forma na construção de novas práticas que terão posteriormente reflexos  positivos no meio escolar. Com base na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e Adolescente(ECA) as escolas tem o dever de articular com as famílias, tendo estas. Direitos de ter informações a respeito do processo pedagógico, assim como participar das propostas da educação. Porém nem sempre esse principio é considerado não havendo pois um vínculo entre Diretores, Professores e Coordenadores pedagógicos.

Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando que o professor supra essa necessidade. Por outro lado, algumas “famílias sentem-se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas que são da competência da família.” (Szymanski, 2003, p. 74). A escola nunca educará sozinha, a responsabilidade da família jamais cessará. Pois os filhos no lar forma seus primeiros hábitos, adquire seus primeiros conhecimentos, na formação do caráter.

Paulo “Freire no seu livro” Professora sim, tia não (1993), ressalta que o verdadeiro papel da escola onde o (a) professor não pode ser considerada “babá” um substituto dos pais, ou seja, o que costuma-se ouvir” A professora é tua segunda mãe. O professor deve sim ser considerado como mediador, aquele auxilia na criação de uma consciência crítica, de um cidadão capaz de entender-se como parte da sociedade. Sendo assim, a escola precisa, ir ao encontro da família afim de que juntas possam oportunizar melhoria no aproveitamento escolar, fortalecendo o convívio dentro e fora do âmbito escolar, assim como nas realizações das atividades extraclasses.

Paulo Freire parte da concepção de homem enraizada em um modo ético de viver e agir no mundo: “Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos” (FREIRE, 1996, p.19). Para ele, é a ética que, primordialmente, deverá dirigir as escolhas do educador na sua prática e na consideração de si e do outro, o educando, na sua “vocação ontológica para o ser mais”, como “Presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz mas que também sonha, que constata, compara, avalia, valora, que decide, que rompe” (1996, p.20). Como

A família tem um papel imprescindível na vida de seus filhos; é onde acontece o desenvolvimento não agir eticamente, se considerarmos o outro segundo esse parâmetro, nessa horizontalidade quanto ao valor humano de si e do outro? Como lembra Beisigel (1992), desde seus primeiros escritos, Paulo Freire via a educação a serviço da humanização do homem e esta, que se referia à “ realização do homem enquanto criador de cultura e determinador de suas condições de existência [,] passava necessariamente. Ela clarificação da consciência do homem – coisa que somente poderia ocorrer no âmbito do crescente comprometimento do homem com sua realidade. E situavam-se exatamente aí as funções do processo educativo “das primeiras habilidades, os primeiros ensinamentos através da educação doméstica na qual o filho aprende a respeitar os outros, a conviver com regras que foram criadas e reformuladas no decorrer da formação da sociedade. E a escola, ela vem para reforçar esses valores primeiros, acrescentando, mas não assumindo para si o papel inicial da família. Dessa forma, podemos dizer que: Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111).

A pobreza e a baixa escolaridade das famílias estão entre as principais causas do trabalho infantil no país, segundo a secretaria executiva do Fórum Nacional de prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Oliveira. Atualmente há no Brasil mais de 4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. Na faixa dos 5 a 14 anos, em que a legislação brasileira proíbe qualquer forma de trabalho, o número chega a 1.4 milhão. Os pais estão inseridos na situação de pobreza e baixa escolaridade, entre os fatores para que as crianças continuem trabalhando está o fato de a famílias não considerarem a escola como uma alternativa, principalmente na área rural em que há uma grande precariedade educacional até por conta do transporte. Muitas famílias acabam colocando a criança no trabalho porque acreditam que é importante, pois tiveram uma formação pessoal de trabalho infantil, passando de pai para filho, o que nos retrata no filme: Maria.

A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas. A realização do acolhimento e da socialização dos alunos pressupõe o enraizamento da escola na comunidade. A interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos possibilita a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação do aluno. A separação entre escola e comunidade fica demarcada pelas atribuições e responsabilidades e não pela realização de um projeto comum. A ampla gama de conhecimentos construídos no ambiente escolar ganha uma autonomia de grande significância.

O relacionamento entre escola e comunidade pode ainda ser intensificado, quando há integração dos diversos espaços educacionais que existem na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social.

 

 

Referencias:

 

Brasil, Secretária da Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais. Pluralidade Cultural Brasília: MEC/SEF, 1997. P51.

 

BRASIL: LDB: Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394, de 1996.

 

Brasil, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069 de Julho de 1996.

 

Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire (1996)

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 49ª. Reimpressão, Paz e Terra, 1972/2005.

 

Pedagogia da Autonomia. 9ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra.

 

Plano Nacional de Educação (aprovado pela lei nº 10172/2007)

 

 

TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. - 1ª edição. São Paulo: Editora Gente, 1996.

 

 

 

A função da família no desenvolvimento da criança no meio escolar pretende debater sobre a importância da presença da família no processo de aprendizagem das crianças de maneira a favorecer a construção de parceria no desenvolvimento das ações que favoreçam o sucesso escolar e social das crianças atendidas pela instituição. Com esse trabalho a escola tem o intuito de  promover uma interação onde venha oportunizar vivências que possibilitem a reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem, corroborando dessa forma na construção de novas práticas que terão posteriormente reflexos  positivos no meio escolar. Com base na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e Adolescente(ECA) as escolas tem o dever de articular com as famílias, tendo estas. Direitos de ter informações a respeito do processo pedagógico, assim como participar das propostas da educação. Porém nem sempre esse principio é considerado não havendo pois um vínculo entre Diretores, Professores e Coordenadores pedagógicos.

Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando que o professor supra essa necessidade. Por outro lado, algumas “famílias sentem-se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas que são da competência da família.” (Szymanski, 2003, p. 74). A escola nunca educará sozinha, a responsabilidade da família jamais cessará. Pois os filhos no lar forma seus primeiros hábitos, adquire seus primeiros conhecimentos, na formação do caráter.

Paulo “Freire no seu livro” Professora sim, tia não (1993), ressalta que o verdadeiro papel da escola onde o (a) professor não pode ser considerada “babá” um substituto dos pais, ou seja, o que costuma-se ouvir” A professora é tua segunda mãe. O professor deve sim ser considerado como mediador, aquele auxilia na criação de uma consciência crítica, de um cidadão capaz de entender-se como parte da sociedade. Sendo assim, a escola precisa, ir ao encontro da família afim de que juntas possam oportunizar melhoria no aproveitamento escolar, fortalecendo o convívio dentro e fora do âmbito escolar, assim como nas realizações das atividades extraclasses.

Paulo Freire parte da concepção de homem enraizada em um modo ético de viver e agir no mundo: “Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos” (FREIRE, 1996, p.19). Para ele, é a ética que, primordialmente, deverá dirigir as escolhas do educador na sua prática e na consideração de si e do outro, o educando, na sua “vocação ontológica para o ser mais”, como “Presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz mas que também sonha, que constata, compara, avalia, valora, que decide, que rompe” (1996, p.20). Como

A família tem um papel imprescindível na vida de seus filhos; é onde acontece o desenvolvimento não agir eticamente, se considerarmos o outro segundo esse parâmetro, nessa horizontalidade quanto ao valor humano de si e do outro? Como lembra Beisigel (1992), desde seus primeiros escritos, Paulo Freire via a educação a serviço da humanização do homem e esta, que se referia à “ realização do homem enquanto criador de cultura e determinador de suas condições de existência [,] passava necessariamente. Ela clarificação da consciência do homem – coisa que somente poderia ocorrer no âmbito do crescente comprometimento do homem com sua realidade. E situavam-se exatamente aí as funções do processo educativo “das primeiras habilidades, os primeiros ensinamentos através da educação doméstica na qual o filho aprende a respeitar os outros, a conviver com regras que foram criadas e reformuladas no decorrer da formação da sociedade. E a escola, ela vem para reforçar esses valores primeiros, acrescentando, mas não assumindo para si o papel inicial da família. Dessa forma, podemos dizer que: Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111).

A pobreza e a baixa escolaridade das famílias estão entre as principais causas do trabalho infantil no país, segundo a secretaria executiva do Fórum Nacional de prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Oliveira. Atualmente há no Brasil mais de 4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. Na faixa dos 5 a 14 anos, em que a legislação brasileira proíbe qualquer forma de trabalho, o número chega a 1.4 milhão. Os pais estão inseridos na situação de pobreza e baixa escolaridade, entre os fatores para que as crianças continuem trabalhando está o fato de a famílias não considerarem a escola como uma alternativa, principalmente na área rural em que há uma grande precariedade educacional até por conta do transporte. Muitas famílias acabam colocando a criança no trabalho porque acreditam que é importante, pois tiveram uma formação pessoal de trabalho infantil, passando de pai para filho, o que nos retrata no filme: Maria.

A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas. A realização do acolhimento e da socialização dos alunos pressupõe o enraizamento da escola na comunidade. A interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos possibilita a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação do aluno. A separação entre escola e comunidade fica demarcada pelas atribuições e responsabilidades e não pela realização de um projeto comum. A ampla gama de conhecimentos construídos no ambiente escolar ganha uma autonomia de grande significância.

O relacionamento entre escola e comunidade pode ainda ser intensificado, quando há integração dos diversos espaços educacionais que existem na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social.

 

 

Referencias:

 

Brasil, Secretária da Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais. Pluralidade Cultural Brasília: MEC/SEF, 1997. P51.

 

BRASIL: LDB: Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394, de 1996.

 

Brasil, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069 de Julho de 1996.

 

Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire (1996)

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 49ª. Reimpressão, Paz e Terra, 1972/2005.

 

Pedagogia da Autonomia. 9ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra.

 

Plano Nacional de Educação (aprovado pela lei nº 10172/2007)

 

 

TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. - 1ª edição. São Paulo: Editora Gente, 1996.

 


Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Eunice Santos Sousa de Jesus.

por Eunice Santos Sousa de Jesus.

Professora da Educação Infantil e Ensino Fundamental I há 29 anos, atualmente estou coordenadora, sou graduada em Pedagogia pela UESB( Universidade do Sudoeste Baiano, Pós-Graduada em psicopedagogia pela FINOM( Faculdade Noroeste de Minas) já fiz outros cursos de formação dentre o do Programa Despertar( SENAR), Escola com celular- o uso de dispositivos móveis na educação( FUNDAÇÃO VANZOLINI) .SM.

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