DILEMAS PRÁTICOS DOS DOCENTES QUE INFLUENCIAM AQUILO QUE ENSINAM

Educação e Pedagogia

01/12/2015

Dilemas práticos dos docentes que influenciam aquilo que ensinam

Segundo o autor, o que os professores ensinam tem a ver em parte com suas práticas, mas tendo em mente a reflexão sobre o cotidiano, não basta só ter o domínio dos conteúdos ou de umas ou outras técnicas pedagógicas, necessita ir além, para que tenha renovação no sentido das novas exigências com as influências sociais, políticas, culturais e históricas, o docente muitas vezes se depara com situações durante sua aula, e tendo que resolver de maneira que haja entendimento e aprendizado para os alunos. Exemplo é um professor da disciplina de Ensino religioso, sendo esse fanático por sua religião, talvez vá dar mais ênfase na sua religião, só que conforme os autores Tabachnick e Zeichner (1982, p.61), “entre outras coisas, a consideração de que o conhecimento é público e contra algo pessoal.” Assim sendo, é necessário o professor não dar pronto o conteúdo e nem enfatizar sua particularidade e sim construir com os educando, buscando e raciocinando de modo democrático.

Para o autor todas as dimensões trás suas influências pessoais, na forma que os professores se organizam, preparam e estabelecem critérios de valorização de aprendizagem e escola. Diante da concretização do currículo significa que o professor trabalha como mediador guiado por seus estudos e métodos a fins de compreender como alcançar o conhecimento, levando considerações a formação a cultura geral e relação preestabelecida entre professor e outros conhecimentos de valorização pedagógicas.

Para que haja um bom desenvolvimento profissional do professor, é fundamental a sua formação e sua reconstrução permanente de seus pensamentos práticos e reflexivos. De que maneira podemos estimular a reconstrução de pensamento pedagógico? Transformando os sujeitos conscientes de suas ideias, valores e hábitos, tendo como consequência processos de reflexão e experiências contextuais.

Por tanto, tudo está fluindo de maneira a estimular a reconstrução do pensamento pedagógico, sendo indispensável o processo de desconstrução das ações críticas envolvidas. Sendo que a ideologia domina a prática com a socialização entre os sujeitos, isso esta inserido ao estimulo e nas ações dos futuros docentes.

Conforme o autor a autonomia dos professores se condicionam pela disciplina que lecionam. Entretanto essa autonomia depende de fatores e do saber de quem a procede, da tradição disciplinar curricular, e das organizações, dos recursos e no poder na estrutura das decisões pedagógica sendo uma influência que decide na promoção dos alunos, tendo então mais tempo para a docência. Portanto quando se fala em lecionar língua ou matemática, entende-se que são matérias privilegiadas em um currículo oficial, porém não é a mesma coisa que lecionar ciências sociais ou música, a história desse sistema é condicionada a uma tradição para os professores, com as margens da autonomia condicionando a tradição para os professores, e também se diferencia em diferentes níveis do sistema educacional. Por fim, essa diversidade é uma das potências da educação.


Referência: In: Sacristan (Ung) Saberes e incentivos sobre o currículo, Porto Alegre. Penso,2013.p.192,193.