Parâmetros curriculares nacionais

Ensinar História é estimular os alunos a refletir e fazer descobertas
Ensinar História é estimular os alunos a refletir e fazer descobertas

Educação e Pedagogia

01/12/2015

Conforme o texto, no início dos anos 80 a história era pautada com o objetivo de rotular uma identidade nacional no aluno. Deixando, às vezes, o aluno confuso. Por exemplo: independente de nossa cor, éramos todos descendentes de portugueses, já dos grupos de indígenas que viviam no Brasil de 1500 muito pouco se falava, sobre sua cultura. Quanto à cultura negra as informações eram mínimas. Sendo assim, o ensino era pautado sob a tendência tradicionalista, pois o principal objetivo era a decoreba de datas e nomes. Assim a disciplina era algo que se tornava cansativa e chata, algo que persistia somente em livros velhos. Tão logo a história teve um avanço. Porém para as tendências críticas e pós-críticas sempre tinham uma intencionalidade, que era desenvolver a consciência humana, ou seja, algo que estabelecesse as relações entre identidade individual e coletiva, com isso construir as nações de diferenças e semelhanças.


Segundo os PCNs, o que se espera nesta etapa de aprendizagem, é que os alunos cheguem ao final do 1° ciclo sendo capazes de: relacionar os acontecimentos, distinguir algumas semelhanças sociais, econômicas e culturais existentes em seu grupo escolar, que ele perceba em algumas situações culturais, econômicas e sociais que algumas se transformam e outras não; caracterizar o modo de vida de uma coletividade “indígena” distinguindo como eles vivem ou como viviam nas dimensões econômicas, sociais, culturais, artísticas e religiosos; estabeleçam seu modo de vida com a comunidade indígena.


Já no final do 2° ciclo o aluno deve ser capaz de: identificar as relações econômicas, políticas e culturais em coletividade estabelecendo-se em outras localidades, no presente e no passado, compreender a ascendências e descendências das pessoas que pertencem a sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião e costumes contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais em diversos momentos históricos.


Portanto, quando o tempo, corre em velocidade diferente os alunos tem que entender alguns fatos históricos que por sua vez tem curta duração, e outras que levam décadas (às vezes séculos), para se consumar. Um exemplo é a Independência do Brasil e os vários planos pelos quais ela pode ser compreendida. A independência representou mudanças de governo na esfera política, que foi formalizada no dia 7 de setembro de 1822. Entretanto as relações de produção da independência não proporcionaram alterações significativas. Com a valorização dos conhecimentos de seus alunos, a história é uma das disciplinas que possibilitou ao aluno o desenvolvimento à autonomia, para que se transformasse num observador, para que possa estabelecer os fatos ocorridos dentro de sua concepção.


Sendo o professor o mediador, deve este disponibilizar materiais que facilitem o aprendizado dos alunos, fazendo da seguinte maneira: expor para os alunos imagens, objetos, danças, músicas, mitos, lendas com mais facilidade a história. Para que essa dinâmica seja aproveitada o professor deve valorizar os conhecimentos que os alunos já possuem. Por outro lado, o professor pode e deve propor visitas e excursões para ajudar no aprendizado, ou seja, uma aula em campo, visitas em museus, exposições, cidades históricas e pesquisas no bairro, permitindo-lhes que o estudante entre em contato com diferentes tipos de informações, onde o aluno irá enriquecer seu conhecimento interagindo com a diversidade.


E por fim, o tempo pode abarcar múltiplas concepções, ou seja, os conceitos mais difíceis de ser compreendido no estudo da história, podendo iniciar a cronologia a marcação de um período de duração ou ritmo de uma comunidade, sem haver uma preocupação em ensinar formalmente os alunos. Isso pode ocorrer por meio de atividades que aos poucos se diferenciam, possibilitando a compreensão da complexidade do tempo. O aluno por sua vez pode sim se divertir identificando nos assuntos estudados a curta, a média ou a longa duração.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Priscila Kelly Batista

por Priscila Kelly Batista

Educadora na Escola Estadual INDÍGENA Mbya Arandu Ensino Fundamental- Piraquara

Portal Educação

UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93