Formação de professores será obstáculo para reforma do ensino

Educação e Pedagogia

09/05/2009

O Ministério da Educação (MEC) propôs uma reforma curricular do ensino médio, para avaliar a formação continuada dos professores, bem como a ampliação de carga horária e a flexibilização do currículo analisando a preparação dos mesmos perante sua atuação pedagógica.

Esta reforma contribuirá na preparação dos professores, oferecendo uma nova abordagem para essa modalidade de ensino, pois observa-se que muitos educadores terminam a graduação e não procuram realizar uma especialização na área, tornando-o cada vez menos atualizado sobre a disciplina. Com isso, apenas com o ensino superior, o currículo do profissional é modesto e o modelo educacional acaba deteriorando com tempo, tornando-se fraco e ineficaz, sem uma didática e dinâmica inovadora.

“Tenho uma expectativa muito boa sobre a reformulação do ensino médio, pois isso demonstra que nosso sistema de ensino também pode evoluir. Agora, não podemos nos esquecer que a mudança primordial deve ser na base (alfabetização) de todo o processo educacional, desta maneira tenho convicção de que a construção do conhecimento será eficiente”, aponta o professor e tutor do Portal Educação Enderson Lara.

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Coned) pretende montar um grupo de trabalho para debater o projeto apresentado pelo MEC e analisar os pontos que necessitam de maior discussão, entre eles, o repasse de verbas do ministério para apoiar projetos em cada estado brasileiro.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) vai realizar audiências públicas para debater o novo modelo de ensino médio. O processo deverá ser concluído em julho. Depois dessa etapa, o MEC iniciará as negociações com os estados.