MINHA PORTA

Poesia brasileira
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Educação e Pedagogia

27/03/2016

AUTOR:  Paulo Roberto Giesteira

 

A porta de minha casa, que aberta parece asas abertas exprimido liberdade a aquarela,

Vizinha das várias janelas, que quando alguém debruça aos moldes de uma obra exprimida em tela,

Assemelha a imagens daquelas lembranças das mais reluzentes passarelas.

 

Precipita-se a uma rotina daquelas, como algo que leva espaço pra criar remela.

Num entra e sai a todo instante, de gente que chega, entra e zarpa, em seu constante,

 Comedidas consensualmente e formadoras de tipos relevantes,

Que se prendem as entrelaçadas vielas de uma elegante fivela.

 

Pelos bate-papos conflitantes, aos alardes dos estardalhaços que se ouvem adiante,

Como instrumentos preparados pelos seus barulhos das querelas,

Que causam balbúrdias distribuídas pelas permissíveis trelas.

 

Desta minha porta, não há preceitos e nem preconceitos,

Pra quem chega sobre ou sob uma identificação são aceitos.

Todos que vem ou estão por vir servirão de conceitos,

Nos rumos das direções por seus itinerários largos ou espaçosos,

                                                                       Como curtos ou estreitos.

Vizinhos, colegas, parentes e amigos, próximos ou distantes,

Novos, dos acasos ou de repentes, recentes, remanescentes ou antigos,

Preparados, desavisados, avisados ou desprevenidos.

 

Estranhos que batem ou não batem palmas,

Ou a aqueles que atendem ou a chama pelos nomes, assovios e apelidos.

 

Assim como pra aqueles que se denominam como anormais, normais ou doidos varridos.

 

Importando mesmo nesta minha predestinada porta a abrideira da janela,

Que também as batidas nas portas das casas, fazem da fome e da sede um artigo,

Visto que se há de ter o que comer alardeam batidas das vazias ou cheias,

                                                                                        distribuídas panelas.

 

Do estremecer das ilusões, das iluminações aladas das lamparinas, lampiões e das velas,

Do tempo pelas vistas das paisagens que se postam como colocações sentinelas.

 

Das devidas e indevidas chegadas e partidas,

Das boas vindas e das despedidas,

Que fustiga a saudade a toda ansiedade de quem fica esperando uma investida,

Por algo debruçado pelos patamares das esculpidas e floridas janelas.

 

Permanecendo como no abrindo e fechando por suas bielas,

Como tradição a alegria de quem esta sempre sorrindo.

 

De um majestoso local por onde estão todos alegres das vestes que estão se vestindo,

Brincando, pulando e cantando por tudo, a aquele que esta constantemente se divertindo.

 

Da mulher mais linda que possa ter um nome ilustrador com Stela.

Ou mesmo Maria, Madalena, Margarida, Márcia, Michelle, ou Vera,

Ou pra qualquer outro nome nivelando como também da beleza, Maristela.

 

Abrindo e se fechando por toda a minha preciosa vida,

Ou pra todas as vidas,

A fechadura que serve muito mais que uma tramela,

                          A minha porta que deixa muitas lembranças como seqüelas,

Que pelo abrir e fechar abre ênfase a uma permissão feita à manivela,

                           Pela entrada ou pela saída daquela que pra mim será sempre a mais bela.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Paulo Roberto Giefteira

por Paulo Roberto Giefteira

Sou licenciado em História, e Pós graduado em "história da África e a diáspora africana no Brasil" pela Faculdades Integradas Simonsen: E Pós Graduado em "Educação e Relação Racial" pela UFF; E Pós Graduado em "História da África" pela Universidade Federal Fluminense; Aluno especial de disciplina isolada no programa de mestrado profissional PPGEB CAPUERJ. Escritor e Poeta, de diversos gêneros.

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