23/09/2020
É inegável que 2020 está sendo um ano revolucionário na educação. Por conta da pandemia de Covid-19, todo o sistema de ensino precisou se readaptar para garantir a segurança de todos os alunos, professores e demais profissionais. Em poucas semanas, o EaD virou o único meio de transmissão de conhecimento.
Essa mudança drástica fez com que as salas de aula fossem rapidamente trocadas por espaços geralmente improvisados em casa. As rotinas se modificaram e os relatos dessa adequação tanto de professores quanto de alunos se tornaram frequentes nas redes sociais.
Neste artigo, você vai entender melhor esse cenário e descobrir quais foram as três principais mudanças no ensino brasileiro neste ano, além de ter um panorama de como serão os próximos passos. Confira!
A migração para o EaD em todo o país
Apesar de o ensino a distância ter iniciado em 1904 no Brasil com cursos por correspondência, o EaD só foi regulamentado em 1996, por meio da Lei nº 9.394. Desde então, diversas instituições adotaram o método pela comodidade oferecida aos alunos. Com a transformação digital, ensino a distância passou a ser sinônimo de educação online.
Segundo com o Censo EAD.br, feito pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), em 2018, eram 16.750 cursos totalmente a distância no Brasil, além de 7.458 semipresenciais e 7.337 cursos livres a distância. No mesmo ano, o número de vagas de ensino superior a distância superou o de vagas presenciais pela primeira vez de acordo com o Censo de Educação Superior 2018, desenvolvido pelo Ministério da Educação.
Com o início da pandemia de Covid-19 e o fechamento das escolas e universidades, essa passou a ser a única saída mesmo para quem não havia optado por essa modalidade. Por conta do risco de exposição e contágio, exames e provas foram cancelados e aulas presenciais foram suspensas imediatamente em todo o país. Logo, as aulas 100% online passaram a fazer parte da rotina de alunos e profissionais da área da educação.
Entretanto, muitas dessas pessoas não tinham contato prévio com metodologias voltadas ao ensino online e, por esse motivo, teve início um novo momento da educação no país.
O apoio mútuo na relação aluno-educador-instituição de ensino
Por conta desse movimento, um novo formato de aulas precisou ser implementado. Aos poucos, começaram a surgir diversos relatos sobre como se adaptar às plataformas de ensino como Moodle, Google Sala de Aula e Zoom estava sendo difícil.
De um lado, estavam mestres que nunca tinham trabalhado em plataformas digitais e tiveram de aprender a usá-las às pressas. De outro lado, alunos precisaram reaprender a estudar sem o acesso às dependências físicas de suas instituições de ensino. Além disso, a flexibilização dos horários e as novas rotinas para conciliar trabalho, estudos e convívio familiar era tema constante de postagens nas redes sociais.
Foi então que algumas iniciativas começaram a ser difundidas. Em diferentes turmas, por exemplo, os alunos abriam a câmera no fim das aulas para agradecer aos mestres pelo esforço e comprometimento neste período. Em compensação, professores passaram a aumentar os prazos de entrega de trabalhos e suspender provas, além de passar mais atividades complementares.
Por fim, algumas instituições disponibilizaram materiais físicos para os alunos buscarem e levarem para casa e outras definiram que não haverá reprovação enquanto a situação não for normalizada. Essas medidas também foram tomadas porque a educação online não é uma opção para toda a população. Segundo uma pesquisa de 2018 do Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), 33% da população não tem acesso à internet em casa.
Como levar todos esses fatores em consideração e transformar a forma de ensinar num período tão crítico quanto este?
Uma nova demanda exige uma nova didática
A transformação digital já era uma realidade e o isolamento social só a acelerou. Com os dados apresentados neste artigo, fica fácil entender que, caso você atue nessa área, precisa andar de acordo com os movimentos tecnológicos que vêm acontecendo.
A sala de aula virtual pede novas formas de interação, além da adaptação dos conteúdos. Para que você saiba como fazer isso da maneira correta e, ainda, levando em consideração fatores como saúde mental e os desafios da era digital, nós criamos o Simpósio da Educação.
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