Mulheres e seus sintomas mensais

Transtorno Disfórico Pré Menstrual
Transtorno Disfórico Pré Menstrual

Psicologia

09/08/2012

Mulheres e os seus sintomas mensais

Muitas mulheres se queixam dos sintomas pré-menstruais. Todas sabem muito bem como é a vida de mulher; todo o mês é a mesma coisa! O importante agora é identificar se essa rotina mensal está de acordo com a natureza biológica ou extrapola o seu funcionamento, afetando o seu entorno. E é sobre esse assunto que iremos discutir!




O senso comum, geralmente, se refere aos ciclos menstruais das mulheres com a expressão TPM “tensão pré-menstrual”. Conforme a pronuncia mais popular, esta e a forma mais leve que surge nas mulheres durante o período e ganha também o nome de “Síndrome Pré-menstrual” (SPM). Mas esse período pode aparecer acentuadamente e se classificar conforme o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV) em “Transtorno Disfórico Pré-menstrual” (TDPM). Nesta última categorização os sintomas são expressivos, trazendo prejuízos na vida diária das mulheres e comprometendo a qualidade e o bom funcionamento social e familiar.



A mulher que sofre do TDPM passa a sentir modificações no humor, no período antecedente a menstruação, queixando-se com diversas manifestações físicas, psicológicas e/ou comportamentais. Os sintomas aparecem cerca de uma a duas semanas antes do fluxo menstrual e sessam ao seu início. Também segundo o DSM-IV, o transtorno causa “prejuízo acentuado e óbvio na capacidade de funcionar social ou ocupacional. O prejuízo no funcionamento social pode ser manifesto por discórdia conjugal e problemas com os amigos e a família”, além do profissional e acadêmico.


A literatura propõe como prováveis desencadeantes dessas alterações os fatores hormonais fisiológicos o que por sua vez desestabiliza as funções neurotransmissoras no cérebro. Também de acordo com a Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina (2011) “Admite-se que exista predisposição genética para a SPM e o TDPM”. A diferença entre as duas categorias é que a primeira causa desconfortos na mulher, mas não interfere bruscamente nas atividades e seu redor, e o segundo tipo afeta significativamente o funcionamento geral e reflete nos demais a sua volta.




Para averiguar o diagnóstico com segurança, o psicólogo ou o médico devem avaliar as queixas percebidas nas pacientes conforme o DSM-IV, onde o quadro clínico deverá satisfazer a presença de no mínimo cinco sintomas:



1) sentimento de tristeza, falta de esperança ou auto depreciação;
2) sentimento de tensão, ansiedade ou “nervosismo”;
3) acentuada instabilidade do humor mesclada com choro frequente;
4) irritabilidade persistente, raiva e conflitos interpessoais aumentados;
5) redução do interesse pelas atividades habituais, que podem estar associada com retraimento dos relacionamentos sociais;
6) dificuldade em concentrar-se;
7) sensação de fadiga, sonolência ou falta de energia;
8) alterações acentuadas do apetite, que podem estar associadas com compulsões alimentares ou voracidade por certos alimentos;
9) sono excessivo ou insônia;
10) sentimento subjetivo de descontrole;
11) sintomas físicos tais como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor de cabeça ou sensações de inchaço pelo corpo. Também pode haver dores nas articulações ou nos músculos e os sintomas podem ser acompanhados de pensamentos suicidas.



Agora que você já sabe que existem duas classificações pré-menstruais, fundamentadas na literatura especializada, pode recorrer ao profissional habilitado a essas questões e realizar o tratamento adequado, através da psicoterapia com o psicólogo e do tratamento médico com o uso psicofarmacológico (remédio).

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Cintia Quissini

por Cintia Quissini

Cintia Quissini- Psicóloga CRP 07/21700 E-mail para contato: cintiaquiss@hotmail.com - Orientação Psicológica Online; - Psicoterapia Infantil, adolescente e adulto; -Terapia de casal e terapia familiar; -Avaliação Psicológica; -Orientação Psicológica. Recrutamento e seleção de pessoal, análise psicológica de perfil, suporte psicológico para os colaboradores, estruturação dos subsistemas de RH.

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