A Doença De Alzheimer e o Cuidador Informal: Aspectos Sociais e Emocionais

Psicologia

11/10/2012

Esta pesquisa objetivou analisar o estado social e emocional do cuidador informal que tenha grau de parentesco com o portador da Doença de Alzheimer. A pesquisa tem perspectiva qualitativa e conta com auxilio de teorias correlacionadas da área da saúde. Os participantes desta pesquisa foram quatro mulheres com idade entre 40 e 55 anos que exercem função de cuidadora informal de portador da DA de dois a seis anos e sendo residentes no município de Cachoeiro de Itapemirim–ES. Utilizou-se para a coleta de dados uma entrevista parcialmente estruturada com dezessete perguntas que visaram contemplar assuntos voltados ao objetivo da pesquisa.

Na coleta de dados foi utilizado gravador e os dados obtidos foram transcritos posteriormente e categorizados onde tomamos como base a análise de dados de Minayo (2004). As entrevistas aconteceram individualmente e foram realizadas nas residências de cada CI, com duração de cerca de quarenta minutos cada.

Os resultados mostram que a partir do momento em que as participantes se tornaram CI sofreram algumas mudanças que acarretaram algumas perdas tais como: perda do lazer, liberdade e autonomia. Como fatores de sobrecarga foram apontados à falta de apoio social e familiar, e o lidar com o portador de DA e por fim foi considerado que em grande maioria o CI tem uma visão negativa da DA, porém, em contrapartida também relatam tirar de toda essa experiência uma “lição” de vida.

A pesquisa evidenciou o quanto é escasso os trabalhos voltados para saúde e bem estar dos CI e o quanto estes sofrem com a falta de apoio e informações que possam auxiliar no seu dia a dia.