Fetichismo e Parafilia

O foco sexual do fetichismo está em objetos
O foco sexual do fetichismo está em objetos

Psicologia

17/01/2013

Critérios diagnósticos do DSM-IV para fetichismo:

A. Ao longo de um período mínimo de seis meses, fantasias sexualmente excitantes, recorrentes e intensas, impulsos sexuais e anseios ou comportamentos envolvendo o uso de objetos inanimados (p. ex., roupas intimas femininas).

B. As fantasias, os impulsos sexuais ou os comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

C. Os objetos de fetiche não se restringem a artigos de vestuário feminino usados no travestismo (como no travestismo fetichista) ou a dispositivos desenvolvidos com a finalidade de estimulação tátil da genitália (p. ex., vibrador).
Fonte: DSM IV

No fetichismo, o foco sexual está em objetos (p. ex., sapatos, luvas, meia) associados intimamente ao corpo humano. O fetiche em particular está ligado a alguém intimamente envolvido com o paciente durante a infância e tem uma qualidade associada a essa pessoa amada, necessária ou até mesmo traumatizadora. Em geral, o transtorno começa na adolescência, embora possa ter se estabelecido na infância. Depois de efetivado, tende a ser crônico.

A atividade sexual pode ser direcionada para o fetiche em si (p. ex., masturbação com ou dentro de um sapato), ou este pode ser incorporado ao intercurso sexual (p. ex., a exigência de que sejam usados sapatos de salto alto). O transtorno é quase exclusivamente encontrado em homens.

Fetichismo - Entendimento psicodinâmico das parafilias

Para obter a excitação sexual, os fetichistas utilizam um objeto inanimado, frequentemente uma peça de roupa íntima de mulher, ou um sapato, ou uma parte não genital do corpo.

Freud originalmente explicou o fetichismo como tendo origem na ansiedade de castração. O objeto escolhido como fetiche simbolicamente representa o “pênis feminino”, um deslocamento que ajudou o fetichista a superar a ansiedade de castração.

Segundo a premissa de que a consciência masculina dos genitais femininos aumentou o medo do homem de perder seus próprios genitais e ficar como uma mulher, Freud pensou que esta simbolização inconsciente explicava a ocorrência relativamente comum do fetichismo. Ele afirmou que na mente do fetichista coexistem duas ideias: negação da castração e afirmação da castração.        

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