A AIDS é caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico
Psicologia
29/01/2013
De acordo com Ayres (2002), AIDS é a sigla para Acquired Immuno Deficiency Syndrome, termo que, traduzido para o português, significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). É uma doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico do individuo infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Seu curso clínico típico inclui quatro fases: A primeira é a fase aguda, que ocorre três a seis semanas após a infecção primária onde seus sintomas constitucionais são apresentadas em forma de febre, dor de garganta, cefaleia, diarreia e linfadenopatia generalizada. Essa fase regride espontaneamente dentro de duas a três semanas. A segunda fase é a da latência clínica, ou seja, um período sintomático da infecção que possui em média duração de 10 anos, podendo variar individualmente entre os infectados. A terceira fase é a sintomática inicial em que aparecem os primeiros sintomas da AIDS. É seguida pela quarta etapa que constitui a doença clinicamente aparente (AIDS), decorrente de uma deterioração profunda e progressiva do sistema imunológico sofrida por muitos pacientes após um tempo de infecção por HIV. Em relação ao diagnóstico, a detecção laboratorial é realizada por meio de técnicas que pesquisam anticorpos antígenos, material genético, biologia molecular ou que isolem o vírus. Na prática os testes que pesquisam os anticorpos (sorológicos) são os mais utilizados.
De acordo com os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (2008), o primeiro caso notificado de AIDS em Santa Catarina foi no ano de 1984. Desde lá até o ano de 2008 o número de casos totalizou 21.546, sendo 20.652 em adultos. Também foi notificado em menores de 13 anos um total de 894 casos. Dos 293 municípios existentes no Estado, 239 (81,5%) já notificaram um caso ou mais de AIDS até 2008.
Nas campanhas, o esclarecimento sobre a necessidade de fazer o teste de HIV, assim como de outras DST, é tão importante quanto reforçar as informações de prevenção, uma vez que a pessoa pode ser portadora do HIV sem manifestação da AIDS e, pelo desconhecimento dessa situação, desconsiderar a prevenção e disseminar o vírus. No segundo semestre de 2011, realizamos uma pesquisa no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Blumenau a partir da qual elaboramos uma proposta de prevenção em saúde, a qual previa montar um plano de intervenção em Psicologia, a partir de uma pesquisa em um contexto de saúde. Baseado nos dados obtidos no CTA realizamos o nosso trabalho a partir da das seguintes informações:
1) Existe uma grande preocupação com o público jovem, pois verifica-se que o jovem não se previne. Exemplificando essa constatação, podemos citar os índices de gravidez precoce e o grande número de pessoas com incidência de sífilis, situações que tornam evidente que muitos jovens e os adolescentes se expõem, adotando comportamento de risco ao não usar camisinha, tornando-se alvos fáceis e disseminadores do HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST);
2) Esse público jovem interage com pessoas de todas as idades e, portanto, a preocupação ganha proporções maiores, uma vez que o comportamento de risco é compartilhado, nessas inter-relações, envolvendo também indivíduos de todas as fases da vida adulta.
3) O teste no CTA é acessível a todo o público e, além do mais, o exame é gratuito e sigiloso e dispensa requisição médica. A identificação do interessado é feita por meio de uma senha, que serve para retirar o resultado. Se acontecer um resultado positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento, que também é gratuito, assim como a medicação necessária.
Com estes dados, além de pesquisa bibliográfica realizada, elaboramos um folder informativo e o distribuímos em locais públicos, na cidade de Blumenau, divulgando informações sobre o teste de infecção pelo HIV, a facilidade do acesso e garantias de privacidade, reforçando informações sobre as DSTs, formas de prevenção e tratamento. Nesta divulgação ficamos surpresos por, de um lado ainda haver muitas dúvidas da população sobre as DST AIDS e como preveni-las e, de outro, pelo interesse das pessoas em conhecer mais sobre o assunto, quando da nossa interação com elas.
Autoras: Larissa Link , Maura T. Andreani Petters e Doraci Weber
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Larissa Link
Psicóloga pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (2012), pós graduanda em Psicooncologia: atendimento a pacientes com Câncer e terminais pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde- CEPPS.
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