Tratamento de transtornos ansiosos na criança e no adolescente

Mudança do foco de atenção
Mudança do foco de atenção

Psicologia

26/02/2013

Segundo Brown e Davis (1998), existem vários medos que podem afetar da infância à adolescência: medo do escuro, de cachorro, de injeção, de perder os pais e muitos outros.

Estes autores desenvolveram a técnica chamada Treino da Imaginação, que consiste em a criança usar a própria imaginação para aliviar os medos que sente e aumentando, consequentemente, a confiança em si.

A técnica funciona devido à mudança do foco de atenção do problema para a solução, treinando a criança a ter controle de sua vida.

O Treino da Imaginação pode ajudar a criança a lidar com os medos reais ou percebidos, a melhorar a autoconfiança e o desempenho na escola e nos jogos, aliviar o estresse físico e emocional e a angústia (BROWN E DAVIS, 1998, p. 10).

O Treino da Imaginação é algo muito fácil que, se for desenvolvido, ajuda a dominar o nervosismo, a ansiedade e o medo de situações novas como: o 1º dia de aula, a apresentação de uma atividade para os colegas de classe e outros que venham a surgir.

Outro recurso que pode ser utilizado, segundo os autores citados acima, é o “Amigo leve consigo”, que funciona para aliviar o estresse da criança frente a uma situação conflitante: dormir na noite do soninho na escola, ou na casa de algum parente longe dos pais, por exemplo.

Para problemas que sempre ocorrem, é importante treinar a criança em um momento em que esteja calma, para que possa utilizar em momentos de medo e ansiedade.

Segundo Cordioli (1998), a terapia cognitivo-comportamental é a mais indicada para o tratamento dos transtornos ansiosos em adolescentes, período em que existem características únicas, por ser uma época de várias mudanças na vida do indivíduo. A medicação também pode ser necessária, no entanto deverá ser investigada a saúde e também a real necessidade da mesma. O terapeuta deverá conseguir ter com ele uma relação próxima, de confiança. Deve ter a sensibilidade para interagir com o jovem com abordagem diferenciada.

É comum que o adolescente resista inicialmente ao tratamento por vergonha dos amigos, desconhecimento ou preconceito em relação aos tratamentos. É natural que ele tente reproduzir com o terapeuta o tipo de relação que teve com as pessoas de seu convívio. Ou seja, se veio de um ambiente onde as pessoas eram permissivas com ele, ele quererá que o terapeuta também o seja. O terapeuta deve ser neutro para poder perceber se ele estará tentando reproduzir estas atitudes. É de extrema valia que o terapeuta diferencie reações dramáticas dos adolescentes caracterizadas como “normais” ao desenvolvimento de respostas próprias de quadros de doença psiquiátrica.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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