O temperamento e sua influência nos transtornos mentais

Expressões de diferentes temperamentos
Expressões de diferentes temperamentos

Psicologia

12/07/2013

Nesse último ano tenho lido sobre um assunto refletido e estudado há muito tempo, mas até hoje pouco utilizado pela psiquiatria na busca de um entendimento melhor de seus pacientes, este se trata do TEMPERAMENTO, que parece uma parte pequena do nosso eu, mas se visto a fundo, nos representa quase que por inteiro.

Ouço muitas reclamações sobre a categorização, classificação e rotulação que manuais como o DSM-IV geram diagnosticando pacientes e os tornando prisioneiros de um ou mais transtornos para o resto de suas vidas. Então trago uma notícia, ou minha previsão, de que há uma nova forma de olhar não só os pacientes psiquiátricos, mas o ser humano.

Unindo o trabalho da Psicologia e da Neurociência à Psiquiatria, podemos chegar a uma fórmula que facilita e humaniza o tratamento. Essa união se torna importante, pois com a evolução da neurociência pode ocorrer uma regressão não esperada em termos de relação médico/terapeuta - paciente, onde voltamos a época anterior à psicologia, em que era desconsiderada a existência de um ser subjetivo naquela pessoa, vendo apenas a doença ou transtorno.

Mas por que analisar o temperamento? Cada droga (remédio) age de formas diferentes em várias pessoas, e atua igualmente em vários transtornos, isso é útil e ao mesmo tempo bastante complicado, pois pode melhorar e equilibrar certa deficiência enquanto gera um efeito indesejado, como no caso dos antidepressivos (diminuem a inibição a ponto de levar à mania). Para impedir essas ocorrências, uma forma bastante humana e pouco invasiva seria "medir" o temperamento dos pacientes, vendo qual parte dele é considerada patológica e prejudicial, para então buscar ajustar apenas o que há necessidade. Às vezes, o sujeito foi diagnosticado com diversos transtornos, mas todos tem a mesma origem, com no caso da Personalidade Borderline, Bulimia e Cleptomania, os três seguem o padrão de pessoas com o temperamento geralmente instável. Tratando essa instabilidade, tanto com remédios como com acompanhamento psicoterápico, as chances de haver melhora em ambos os transtornos sem muitos efeitos colaterais é bastante acentuada.

Consegui explicar mais ou menos? Por hoje é isso, quando puder, explico mais sobre os tipos de temperamentos e como eles atuam em nossa vida.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Bárbara Patrícia Schneider

por Bárbara Patrícia Schneider

Formada em Psicologia, estudante de Neurociência.

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