Transferência na psicanálise

Psicologia

30/10/2013

A transferência consiste na atribuição de funções parentais e demais figuras de poder da infância do indivíduo para o terapeuta, essa técnica permite que o paciente vivencie momentos cruciais do seu processo de formação psicológica. A transferência apesar de bastante popular entre os psicanalistas, sofre com muitas críticas em relação à sua eficiência como terapia.


A partir do momento no qual o analista se coloca no lugar do pai e da mãe é possível verificar o papel do superego dos pais na formação do ego e superego do indivíduo. A transferência permite moldar o superego com o intuito de reeducar uma psique transtornada psicologicamente.


A transparência apresenta uma clareza muito grande no que diz respeito a formação do ego e superego do indivíduo, essa clareza plástica não seria possível apenas com um mero processo de investigação. O ponto negativo dessa prática é o momento em que alguns pacientes passam a compartilhar as conclusões do analista como um novo ponto de vista do superego, quando na verdade eles estão apenas suprimindo temporariamente sua instabilidade emocional.


Compreender as raízes dos transtornos psicológicos é o papel da psicanálise, a transferência oferece uma oportunidade única de trabalhar uma passagem traumática do indivíduo e faze-lo compreender o que ele deverá superar para seguir em frente. Entretanto é imprescindível que o psicanalista tenha certeza que a reformulação do superego do indivíduo ocorreu de maneira sólida e consistente ponto esse que só é conquistado após um longo período de reformulação psicológica e muita cumplicidade nesse vínculo terapêutico.