A palavra adolescência é derivada do verbo latino adolescere que significa crescer ou cres
Psicologia
27/01/2014
A palavra adolescência é derivada do verbo latino adolescere que significa crescer ou crescer até a maturidade. Refletindo que a adolescência é um período de transição, Muuss (1976) a considera um período no qual o indivíduo vive uma situação marginal, na qual novos ajustamentos devem Adolescenteser feitos entre o comportamento da criança e o comportamento de adulto. Muuss (1976) ainda afirma que, cronologicamente, a adolescência é o tempo que se estende, aproximadamente, dos 12 ou 13 anos até os 20/21/22 anos, com grandes variações individuais e culturais (MARTINS, 2003).
Atualmente, alguns pesquisadores consideram a fase de adolescência dos 13 aos 25. É uma adolescência prolongada, que tem sido bastante comum. Portanto, o que antes considerávamos adultos, ainda podem ser considerados como adolescentes.
À primeira vista, a adolescência se mostra como uma categoria vinculada à idade, portanto refere-se à biologia, ao estado e à capacidade do corpo; no entanto o desenvolvimento do adolescente não se esgota nas diversas e importantes mudanças que acontecem no âmbito biológico e fisiológico, ele também comporta várias significações superpostas, elaboradas sócio historicamente. Dessa forma, além das mudanças biológicas, também ocorrem mudanças de papéis, de ideias e de atitudes. A Psicologia procurou entender melhor essas mudanças por meio de estudos, de discussões e de teorizações (MUUSS, 1976). Um dos primeiros estudiosos a respeito foi Stanley Hall. Seu primeiro livro sobre o assunto foi publicado em 1904 sendo, por isso, considerado o pai da Psicologia da Adolescência. Hall caracterizou o período da adolescência como uma época de tempestade e de tormenta devido à oscilação entre tendências contraditórias: energia, exaltação, superatividade, indiferença, letargia e desprezo. Uma alegria exuberante, gargalhadas, euforia cedem lugar à disforia, depressão e melancolia. O egoísmo, a vaidade e a presunção são tão característicos desse período como o abatimento, humilhação e timidez (MARTINS, 2003).
Anna Freud fez um estudo desse período a partir da conceituação psicanalítica e atribuiu à adolescência uma grande importância na formação do caráter, partilhando da ideia de que a adolescência é um estágio do desenvolvimento e caracteriza-se como um período turbulento e apontando que pode sofrer influências do ambiente, embora muito pequenas, uma vez que os fatores ambientais, para a psicanálise ortodoxa, são secundários em relação aos fatores biológicos e instintivos (OLIVEIRA & EGRY, 1997).
Erick Erikson (1972) utilizou as propostas da psicanálise e da Antropologia Cultural, propõe a Teoria do Estabelecimento da Identidade do Ego, na qual sugere que o ambiente também participa na construção da personalidade do indivíduo. Essa mudança na visão do desenvolvimento é de grande importância, posto que abre novas fronteiras para o entendimento do desenvolvimento e, mais especificamente, da adolescência. De uma forma geral, antes de Erikson, os teóricos entendiam a adolescência como um estágio do desenvolvimento, ou seja, um período universal, como a infância e a idade adulta, com características específicas, firmando-se em um período necessário e naturalmente conturbado (MARTINS, 2003).
Na visão de Aberastury e Knobel (1992), a adolescência é um período de mudança e transição, que afeta os aspectos físicos, sexuais, cognitivos e emocionais. É concebida como a fase da reorganização emocional, de turbulência e instabilidade, caracterizada pelo processo biopsíquico a que os adolescentes estão destinados.
Para Erickson (1972), na adolescência o indivíduo vive um momento de “crise”, mas no sentido positivo, ou seja, está adquirindo novos conhecimentos, se reestruturando, amadurecendo. Aponta ainda, o autor, que esse período é necessário, podendo resultar em um ser mais saudável, maduro e preparado para enfrentar a vida adulta.
Segundo Stone (1969), a adolescência inicia no período de mais ou menos dois anos que precede à puberdade e às mudanças físicas que ocorrem durante esta fase. Seu começo é marcado por uma explosão no crescimento físico e continua com mudanças nas proporções corporais, maturação de características sexuais primárias e secundárias e uma série de outras mudanças físicas. É neste período que a criança perde o modo infantil e sente as primeiras modificações corporais.
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por Colunista Portal - Saúde
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