Psicologia do Esporte - Artigo

Psicologia

23/07/2008

Entre a psicologia e o esporte: as matrizes teóricas da psicologia e sua aplicação ao esporte1



Katia Rubio

Universidade de São Paulo - Brasil


RESUMO

O crescente interesse pela prática da Psicologia do Esporte tem transferido a discussão sobre seus fundamentos teóricos para um plano secundário. Neste ensaio buscou-se percorrer parte da trajetória da Psicologia do Esporte, mais especificamente nas últimas 4 décadas, em busca dos conceitos e referenciais teóricos que sustentam, na atualidade, o pensamento e a prática de profissionais envolvidos com a área, para um entendimento da circunscrição do campo de atuação. Para tanto são discutidas questões como a alocação da Psicologia do Esporte enquanto sub-área das Ciências do Esporte e/ou especialidade da Psicologia e ainda as transformações ocorridas no esporte contemporâneo e seus desdobramentos relacionados ao fenômeno esportivo, meio e finalidade da prática da Psicologia do Esporte.




Ao longo das últimas décadas, a Psicologia do Esporte foi definida como o estudo científico de pessoas e seus comportamentos em contextos esportivos e de exercício e as aplicações práticas de tal conhecimento (Gill, 1979). Ainda que concisa essa definição traz em si conceitos que fundamentam a Psicologia em um universo específico como é o Esporte. Se por um lado entende a Psicologia como o estudo do comportamento humano, identificando-a com a matriz teórica do comportamento, uma entre várias correntes da Psicologia, inscreve o esporte como o locus de uma manifestação humana, que envolve uma prática regrada, institucionalizada com a perspectiva do rendimento para a vitória (esporte) e uma atividade de participação lúdica ou compulsória que tem por objetivo o movimento.

Mais recentemente, a European Federation of Sport Psychology (1996) apresentou a Psicologia do Esporte como sendo

os fundamentos psicológicos, processos e conseqüências da regulação psicológica de atividades relacionadas com o esporte de uma ou várias pessoas atuando como sujeito da atividade. O foco pode ser o comportamento ou diferentes dimensões psicológicas do comportamento humano (isto é as dimensões afetivas, cognitivas, motivacionais ou sensório motoras) (p. 221).

A ampliação do conceito de Psicologia do Esporte reflete a dinâmica das questões relacionadas tanto com a construção da teoria específica da área – que não pode ser vista descolada do movimento por que passam a Psicologia e o Esporte como um todo - , quanto com a aplicação prática desse conhecimento, uma das razões de grandes discussões acadêmicas e debates institucionais. Isso quer dizer que para se poder compreender a demanda criada em torno da Psicologia do Esporte enquanto área de conhecimento e campo de intervenção na atualidade (Rubio, 1999; 2000.a.), é imprescindível se conhecer sua história e as relações com as ciências afins, justificando uma área de conhecimento (Rubio, 1998; 2000.b.).

Considerada pelos neófitos como um produto dos anos 1980, a Psicologia do Esporte conta com uma história de mais de 100 anos (Mac Cullagh, 1995) e uma produção que abarca uma ampla gama de assuntos relacionados a comportamentos e estados emocionais em atividade física e esporte, em várias correntes teóricas e paradigmas.

Um exame da literatura (Brustad, & Ritter-Taylor, 1997; Gill, 1986; Weinberg, & Gould, 1995; Willians, & Straub,) 1991 aponta que os psicólogos do esporte estiveram particularmente interessados na variação das dinâmicas individuais e grupais que ocorre nos contextos esportivos como um todo, bem como nas decorrências advindas de situações de práticas regulares e sazonais de atividades físicas. Para falar sobre tais variações, esses profissionais têm identificado e examinado um grande número de fatores que podem ser categorizados tanto como diferenças individuais como influência social.

As diferenças individuais referem-se tanto a traços estáveis, disposições ou características do indivíduo como idade, personalidade, ansiedade, motivação e nível de habilidade, residindo na variação dessas diferenças a explicação e predição de comportamentos de praticantes de esporte e atividade física. Durante vários anos foram produzidos estudos que buscaram questionar se essas características individuais associadas a fatores relacionados com o esporte (aspectos da atividade) ou o ambiente social (influência do grupo) podem afetar o comportamento da prática do esporte e da atividade física, e também a adesão dos participantes. Esses estudos são fundamentais para o desenvolvimento de programas dirigidos àqueles que por opção ou obrigação fazem ou devem fazer atividades corporais de movimento.

No caso de atividades coletivas, as características do grupo (tamanho, nível de coesão, composição) e o comportamento do líder do grupo (professor, técnico ou capitão) têm sido vistos como fatores que interferem no comportamento de seus componentes. Além disso, as origens sócio-culturais de seus membros (etnia, classe social) e a natureza da estrutura do esporte em si (modalidade esportiva, organização de objetivos, apresentação da estrutura do programa) desempenham grande influência na dinâmica da equipe.

Durante várias décadas, reflexo de uma conduta metodológica, as pesquisas em Psicologia do Esporte analisavam a influência de diferenças individuais e relações sociais separadamente, resultando numa série de estudos que na atualidade têm importância histórica, porém, que apresentavam reflexões parciais. Acompanhando o movimento da ciência e a necessidade de se estudar os fenômenos humanos de forma relacional, Feltz (1992) e Rubio (2001) apontaram que evidências consideráveis têm sido acumuladas para mostrar que as características da performance individual interagem com fatores no meio social para determinar o comportamento individual em contextos específicos do esporte e da atividade física.

A busca pela construção de uma identidade própria

Considerada uma ciência e uma disciplina de aplicação relativamente jovem, a Psicologia do Esporte tem buscado desenvolver métodos e paradigmas para avançar na aproximação entre teoria e prática, grande preocupação da área nos últimos 30 anos (Cohen, 1976, 1994; Horn, 1992; Poczwardowski, Sherman, & Henschen, 1998; Tenenbaum, & Hackfort, 1997). Ou seja, durante longo período observou-se, de um lado, pesquisadores encerrados em seus laboratórios produzindo pesquisa básica e, de outro, os clínicos próximos de atletas e técnicos no contexto de treinamento e competição, explorando a aplicação. O resultado desse distanciamento foi que cada qual produziu, a seu modo, conhecimentos específicos seja no âmbito dos fenômenos esportivos individuais como coletivos, tratados, quase todos eles despregados do contexto nos quais eram produzidos. Se conduzidos dialogicamente esses estudos poderiam ter permitido o avanço da área, tanto no que se refere à produção do conhecimento como a organização de novas pesquisas, considerando que parte dos estudiosos estava atuando em ambiente natural, enquanto outros estavam nos laboratórios. O paralelismo venceu a cooperação.

Sabe-se que esse procedimento foi resultado de um movimento histórico que teve início na década de 1960, que levou a criação de várias entidades que buscavam ser representativas da área e que refletiam a opção teórica e epistemológica dos grupos envolvidos com a Psicologia do Esporte de então. Em 1965 se organiza a International Society of Sport Psychology (ISSP), primeira instituição com o objetivo de congregar pessoas interessadas na Psicologia do Esporte, presidida pelo italiano Ferruccio Antonelli. Além de ter como principal publicação o International Journal of Sport Psychology, realiza reuniões bienais com o objetivo de divulgar trabalhos na área, além de promover o intercâmbio entre os investigadores. O principal enfoque dos membros dessa sociedade era discutir e produzir trabalhos relativos a aplicação da psicologia no contexto esportivo competitivo. Preocupados com o distanciamento que a ISSP vinha tomando da área acadêmica, um grupo de pesquisadores funda em 1968 a North American Society for the Psychology of Sport and Physical Activity (NASPSPA), tendo como periódico o Journal of Sport and Exercise Psychology. O foco de estudo e atuação dos membros dessa associação recai sobre aspectos do desenvolvimento, da aprendizagem motora e da Psicologia do Esporte, com estudos produzidos em sua grande maioria dentro de laboratórios, em condições experimentais (Rubio, 2003).

Uma das grandes polêmicas que cerca a Psicologia do Esporte, e que tem provocado aproximações e distanciamentos entre os profissionais e pesquisadores da área, é sua colocação como uma sub-área das Ciências do Esporte (Schilling, 1992), que se ocupa de aspectos psicológicos da atividade física e do esporte, ou se uma especialidade da Psicologia (Cratty, 1989), incorporando seus modelos teóricos e linhas de atuação.

Para a American Psychological Association (1999) a Psicologia do Esporte foi reconhecida como especialidade (a de número 47) no ano de 1986. Tida como uma especialidade da Psicologia, ela tem sua produção dirigida para o esporte e à atividade física enquanto 'settings' (no sentido do tempo e espaço onde ocorre a ação) na compreensão da teoria psicológica e na aplicação de seus princípios. Deve-se dizer que esse reconhecimento ocorreu após 100 anos do primeiro trabalho publicado como sendo da área, passados 21 anos da criação da Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte, depois de um número considerável de trabalhos produzidos e de profissionais que se especializaram pelas mais diversas vias, criando massa crítica suficiente para colocar a Associação Americana a reboque de uma afirmação da categoria profissional. A partir disso, um fato novo foi criado, ou seja, reconhecida como especialidade, a Psicologia do Esporte tornou-se área de abrangência profissional do psicólogo, exigindo formação específica, em nível de especialização, para utilização e exercício do título.

Lesyk (1998) aponta que em 1983 o Centro Olímpico Americano indicou três possibilidades de atuação para os profissionais da área: o clínico, profissional capacitado para atuar com atletas e/ou equipes esportivas, em clubes ou seleções, cuja preparação específica envolve conhecimentos da área de Psicologia e do Esporte, não bastando apenas a formação em Psicologia ou Educação Física, mas a especialização em Psicologia do Esporte; o pesquisador, cujo objetivo é estudar ou desenvolver um determinado conhecimento na Psicologia do Esporte sem que haja uma intervenção direta sobre o atleta ou equipe esportiva; e o educador que desenvolve a disciplina Psicologia do Esporte na área acadêmica seja na psicologia, seja na Educação Física. Nos dois últimos casos não se exige formação específica do profissional.

Se Cratty (1989) e Shilling (1992) alocaram a Psicologia do Esporte junto à Psicologia, Gill (1986) e Haag (1994) defendem-na compondo as Ciências do Esporte.

Haag (1979; 1994) considera as Ciências do Esporte como uma área de conhecimento composta por sete campos de produção – medicina esportiva, biomecânica do esporte, psicologia do esporte, pedagogia do esporte, sociologia do esporte, história do esporte, filosofia do esporte – tendo como condutor da discussão teórica a pesquisa comparativa. As Ciências do Esporte representam um sistema de pesquisa científica, ensino e prática, cujo conhecimento é formado a partir de outras disciplinas, que têm como trabalho científico e objetivo compreender um sistema complexo denominado esporte. Este fenômeno, por sua vez, é diversificado, multifacetado e deve ser visto numa linha multidimensional.

Feltz (1989) e Morgan (1989) sugerem que, para se compreender o fenômeno esportivo na sua complexidade, seria preciso estar incluídos na Psicologia do Esporte conhecimentos de outras sub-disciplinas das Ciências do Esporte. Sob esse aspecto, Gill (1986) sugere que sendo as Ciências do Esporte multidisciplinar, far-se-ia necessária a aproximação com as demais disciplinas, no sentido de compor teorias, construtos e instrumentos de investigação que caminhem numa mesma direção.

Se no Brasil há um reconhecimento do conceito Ciências do Esporte (Bracht, 1993; 1995; Tani, 1998) isso não significa, contudo, um consenso relacionado a seu objeto de estudo ou epistemologia. Em outros países sua denominação pode variar em Ciências do Esporte (Samulski, 2002; Weinberg & Gould, 1995; Williams & Straub, 1991) e Ciências do Esporte e da Atividade Física ou do Exercício (Dishman, 1982; Feltz, 1989; Gill, 1986), sendo importante reconhecer que mais que numa diferença semântica a implicação dessa nomenclatura reside na delimitação da Educação Física enquanto área de conhecimento (Betti, 1996; Lovisolo, 1996; Tani, 1998).

No Brasil esse debate é ainda muito insipiente diante da falta de consenso que há entre os conceitos de esporte e educação física e seus desdobramentos no campo do alto rendimento, das atividades de tempo livre e da reabilitação. Do ponto de vista da Psicologia essa discussão está apenas em seu início, visto que essa área começa a ganhar espaço na universidade ainda como disciplina optativa e no âmbito do exercício profissional a oficialização da especialidade em Psicologia do Esporte aconteceu por meio da resolução 014, no ano de 2000. Esse movimento tem proporcionado um número crescente de trabalhos, tanto no formato de relatos de experiência como no de dissertações e teses, indicando a formação de uma massa crítica.

Para compreender o esforço que tem sido feito na aproximação entre as disciplinas e teorias que compõem a Psicologia do Esporte é preciso saber como se chegou ao estado em que ela se encontra hoje. De acordo com Gill (1986) a Psicologia do Esporte pode ser historicamente dividida em três áreas especializadas, sendo elas: aprendizagem e controle motor; desenvolvimento motor e psicologia do esporte. Essas três áreas refletiram, em certa medida, durante um período de tempo, a divisão geral de estudos psicológicos em esporte e atividade física. Houve, porém, um distanciamento entre elas no início dos anos 1970 por causa de diferentes interesses, objetivos e métodos de pesquisa. A maior diferença residiu, principalmente, na importância dada à dicotomia entre construção teórica e seu teste versus aplicação da teoria na prática. A divisão definitiva veio quando um grupo interessou-se pelas variáveis dependentes da performance (área motora) enquanto que outro grupo concentrou-se na importância de variáveis independentes que influenciam a performance (aspectos socioculturais).

Uma vez mais as questões relacionadas com construção teórica e aplicação. Enquanto o grupo identificado com os estudos da área motora concentrou-se nas pesquisas realizadas em laboratório onde era possível o controle das variáveis de performance, outros pesquisadores que realizavam seus estudos em ambientes naturais passaram a questionar a validade dos estudos realizados pelos primeiro grupo.

Diante dessa diferenças é possível afirmar que a área de aprendizagem e controle motor aproxima-se de estudos da psicologia que se referem à cognição, percepção e psicologia experimental da aprendizagem e comportamento. Especialistas em aprendizagem e controle motor têm focalizado seus estudos em processos cognitivos e de percepção que envolvem aprendizagem e performance de movimentos habilidosos e processos cognitivos e neuropsicológicos relacionados com o controle do movimento. O desenvolvimento motor soma-se à psicologia do desenvolvimento e à sua relação com o esporte e a performance motora. Os estudos dessa área têm se concentrado na relação entre desenvolvimento de padrões motores e nível de execução (habilidade).

Isso reforça a influência que a personalidade, o comportamento e fatores sociais têm sobre a atitude numa variedade de contextos esportivos, voltando-se para situações do esporte e atividade física, especificamente educação, reabilitação e treinamento.Por isso a Psicologia do Esporte incorporou trabalhos da psicologia do desenvolvimento, cognitiva e neuropsicologia.

 

Temporalidade da produção científica

Os anos 1950-1960 e os estudos sobre personalidade

Diante da polêmica criada sobre quem é e o que faz o psicólogo do esporte, a Psicologia do Esporte foi dividida em três áreas básicas de atividades: a pesquisa, o ensino e a clínica. Mesmo muito mais próxima das Ciências do Esporte, a Psicologia do Esporte tem uma relação com a Psicologia que não pode ser descartada ou desprezada. Isso significa que as transformações ocorridas no processo histórico da Psicologia geral refletiram diretamente nos rumos da Psicologia do Esporte, processo semelhante que ocorre com outras áreas de conhecimento.

Landers (1983) observou que durante a década de 1950 até meados dos anos 1960 as pesquisas em Psicologia do Esporte caracterizaram-se pelo empirismo, e grande parte dos estudos voltaram-se para a investigação da personalidade.

Vale ressaltar que a Psicologia nesse período vivia um momento de afirmação como ciência, buscando formas de demonstrar quantitativamente hipóteses analíticas, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas psicométricas que registrassem e quantificassem dados sobre o cliente que, até então, eram obtidos pela observação e acompanhamento clínico fosse num enfoque psicanalítico, fenomenológico ou comportamental. O furor métrico vivido nessa época teve reflexos importantes na Psicologia do Esporte, representando as pesquisas mais populares produzidas até então.

González (1997) afirma que um foco de interesse dos pesquisadores dessa época centrava-se na identificação dos traços de personalidade que deviam possuir os atletas que chegavam às representações nacionais em competições internacionais e olímpicas. Tentou-se, inclusive, identificar as características psicológicas que deviam possuir cada um dos componentes de uma equipe, conforme a posição em que jogavam (goleiro, defesa, ataque). Sendo assim, chegou-se a solicitar ao psicólogo que apontasse as características de cada jogador, em função da tarefa que lhe era própria dentro da equipe.

São desse período (Feltz, 1992; Landers, 1983, 1995) muitos estudos relacionados a tipos psicológicos e traço [entendidos estes como características pessoais que persistem estáveis ao longo do processo de desenvolvimento (Weinberg, & Gould, 1995)], onde pesquisadores recorreram a atletas de níveis que variavam de equipes olímpicas a times escolares, fazendo uso de uma vasta gama de testes de personalidade. Apesar do grande volume de estudos realizados durante os anos 1950 e 1960, a produção dessa época é marcada pela crítica à falta de sistematização, de um modelo teórico que desse suporte à seleção e análise dos testes realizados e a aceitação quase que incondicional do modelo de personalidade traço, denominando esse período como ‘empírico’. Landers (1995) sustenta que a área de estudo sobre personalidade em Psicologia do Esporte está repleta de estudos inconsistentes, apontando vários deles em que resultados são perigosamente generalizados a partir de amostras reduzidas ou pouco significativas.

Apesar da inconsistência dos modelos teóricos e metodológicos, o principal alvo de crítica dos estudos realizados então era a utilização de um modelo estatístico univariado, que tornava os estudos suscetíveis de falsas conclusões como, por exemplo, não haver diferença significativa numa determinada comparação quando, de fato, existia a diferença se utilizado uma outra forma de análise dos dados - multivariada (Landers, 1995).

As críticas às pesquisas sobre personalidade provocaram, temporariamente, um desencantamento com esse tema, hoje consideradas exageradas, pois esses estudos serviram como ponto de partida para uma série de investigações que vieram a acontecer de forma bem sucedida posteriormente. Um dos principais críticos dos trabalhos dessa época, Martens (1970, 1975) começou a desenvolver o uso da análise social que combinava métodos empíricos com teoria, iniciando o teste de teorias psicológicas no contexto da performance motora, sendo seguido por vários outros pesquisadores. Muitos desses estudiosos conduziram suas pesquisas em laboratórios e esse período representou o segundo grande estágio na história da pesquisa em Psicologia do Esporte.

Os anos 1970-1980 e os estudos experimentais

A década de 1970-1980 é marcada, conforme Cruz Feliu (1997) pela chegada de novos enfoques da Psicologia junto a Psicologia do Esporte – o cognitivo e o comportamental. O primeiro manual que aplicava técnicas derivadas da Psicologia da Aprendizagem à Educação Física e ao Esporte foi The development and Control of Behavior in Sport and Physical Education de Rushall e Siedentop em 1972. Quanto ao enfoque cognitivo o primeiro autor a produzir um manual explicitamente dentro dessa perspectiva teórica foi Cratty, em 1983 com Psychology in Contemporary Sport. No ano seguinte Straub e Williams editaram um clássico dentro desse enfoque chamado Cognitive Sport Psychology.

Esses enfoques marcaram a produção de pesquisas durante os anos 1965-1980 (Landers, Snyder-Bauer, & Feltz, 1978; Martens, 1970; Roberts, 1974; Smith, Smoll, & Curtis, 1979). Os trabalhos desenvolvidos nesse período relacionavam-se diretamente à formação de pesquisadores da Psicologia do Esporte, oriundos de faculdades de Educação Física, mais especificamente dos programas de doutoramento em desenvolvimento motor. Os assuntos mais comumente estudados nesse período foram a testagem de um ponto da teoria da facilitação social relacionada com a manipulação de variáveis independentes em contextos de laboratório, usando novas tarefas motoras para minimizar os efeitos de uma prática prévia. Um novo enfoque de desenho experimental postulava um novo procedimento de estudo, onde cada investigação era um experimento Dessa forma o novo modelo, o desenho experimental e o tratamento dos dados formam um modelo integrado. Esse enfoque foi decisivo para a admissão da necessidade de aproximação entre a psicologia básica e a psicologia aplicada.

Conforme González (1997) a maior quantidade de estudos produzidos nesse período centraram-se na investigação da facilitação social da presença do público no rendimento dos atletas e a relação entre stress e rendimento esportivo. Grande parte desses trabalhos foi realizada tomando como referência a hipótese de Zajonc (1965) pautada na teoria do impulso. Conforme Zajonc a facilitação social pode ser entendida, por exemplo, a partir da presença e apoio da torcida que produz ativação, que por sua vez, favorece a emissão da resposta dominante. Como se sabe, diante de um estímulo cabem diversas respostas, mas apenas a resposta dominante muda todas as demais respostas. Atualmente sabe-se que em uma tarefa esportiva complexa a resposta dominante é incorreta no início da aprendizagem, mas a resposta dominante é a correta quando a tarefa está bem aprendida.

Chamada de drive theory, a facilitação social para Zajonc dizia que o fenômeno da facilitação social associado à essa teoria oferecia a possibilidade de compreensão das hipóteses relacionadas com a aquisição ou performance de vários comportamentos que ocorrem na presença de audiência. Condições de mínima presença social foram examinadas para considerar seu impacto sobre a produção de ativação fisiológica que reforçava uma resposta dominante. A resposta dominante da tarefa complexa é, de início, resposta incorreta para tornar-se correta quando a habilidade estiver plenamente desenvolvida.

Porém, foi Martens (1979) quem iniciou uma série de estudos experimentais sobre facilitação social usando tarefas com habilidade motora, abrindo caminho para que vários outros pesquisadores se ativessem aos estudos com tarefas motoras, variando a tarefa, a audiência e as características subjetivas dos indivíduos. Suas descobertas eram tantas quantas as variáveis estudadas. Revisores dessas pesquisas (Bond, & Titus, 1983; Carron, 1980; Cotrell, 1972; Landers, Snyder-Bauer, & Feltz, 1978) concluíram que as evidências da drive theory a respeito dos efeitos da facilitação social não são conclusivos, além do que a extensão dos efeitos da facilitação social na performance motora são consideravelmente pequenos.

Um outro aspecto da pesquisa em facilitação social considerado problemático pelos pesquisadores é a questão da ativação, ou seja, a capacidade de reação controlada diante da tarefa motora, competitiva ou não. Ainda que se possa perceber a presença e medir a ativação automática empregada em um movimento, não se tem clareza que padrão de resultados foi obtido. Vários estudos apresentaram aumento de ativação com a presença de audiência, mas essas informações não foram devidamente registradas e discutidas. Revisores como Bond, & Titus (1983), Carron (1980) e Landers e cols. (1978) acreditaram que o principal problema dos estudos sobre ativação residia na sua natureza específica e individual, e que a dificuldade em mensurar os experimentos, a inconsistência dos resultados e a pequena variação dos efeitos da audiência levaram muitos pesquisadores a abandonarem os estudos sobre facilitação social em detrimento de outras linhas de pesquisa da psicologia aplicada ao esporte.

Como alternativa a essas dificuldades apontadas, Carron (1980) apresentou a hipótese do U-invertido onde o aumento progressivo da performance – enquanto nível de ativação individual – chega a um estado ótimo, além do qual acontece uma diminuição progressiva da performance eficiente. Esse constructo influenciou grande parte das pesquisas realizadas na década de 70 sobre ativação, enfrentando, porém o mesmo problema que outros estudos sobre facilitação social, que era a incapacidade de abarcar questões estudadas a partir de sua natureza multidimensional.

As pesquisas realizadas nesse período foram caracterizadas pela testagem das teorias psicológicas nos contextos do domínio motor e de laboratório (Feltz, 1992). No entanto percebeu-se que os resultados alcançados por esses experimentos não eram significativos e sua generalização era questionável no ambiente esportivo e com o atleta individualmente. Esse estado de coisas levou a uma insatisfação de pesquisadores em relação aos estudos realizados em laboratório com orientação em psicologia do comportamento, dando início a uma fase de estudos voltados para uma perspectiva cognitivista.

Os anos 1980-1990 e a abordagem cognitivista

Entre os anos 70 e 80 uma grande variedade de modelos teóricos sobre personalidade e esporte, facilitação social, ativação e performance, e motivação foram propostos como resposta à insatisfação geral com aquilo que era considerado simplista e mecânico, na perspectiva da drive theory, para explicar comportamentos humanos complexos. Ao mesmo tempo havia uma insatisfação com a orientação dada a pesquisas realizadas em laboratórios de Psicologia do Esporte que tinham caracterizado a década anterior. Isso levou muitos investigadores a defender o uso de um novo campo metodológico de pesquisa.

Martens (1979), particularmente, apontou as limitações dos estudos de laboratório e sugeriu uma aproximação entre o laboratório e as situações práticas para observar comportamentos de forma mais pontual e entender o verdadeiro mundo do esporte. A publicação desse artigo estimulou muitos pesquisadores a buscarem formas de pesquisa que aproximassem os estudos de laboratório com a realidade da prática cotidiana. Sua dúvida de que apenas a manipulação de variáveis em contextos experimentais pudessem cartografar o comportamento humano levaram-no a um compromisso de pesquisa em que contextos naturais passaram a ser considerados nas transformações de comportamentos e vice-versa.

Contudo, conforme apontou Landers (1983) muitos pesquisadores interpretaram erroneamente a proposta de Martens e abandonaram os testes da teoria, e os laboratórios, para se transformarem em aplicadores ou práticos de intervenção. Alguns pesquisadores conduziram estudos descritivos em situações de campo, sem, porém, testá-los como sugeria Martens, perdendo-se os referenciais teóricos. Outros pesquisadores passaram a enfatizar estudos de intervenção aplicada a temas como prática mental, imaginação, técnicas de controle de stress e biofeedback, apresentando o inconveniente de que essa metodologia clínica aplicada em circunstâncias esportivas carecia de um referencial teórico consistente dentro da Psicologia Geral. Em situações onde a teoria pôde ser testada de forma criteriosa, a abordagem cognitiva alcançou progressos significativos e um grande número de simpatizantes (Weinberg, Gold, & Jackson, 1980; Weiss, Bredemeier, & Shewckwur, 1986).

No entender de González (1997) as principais transformações geradas pelo novo enfoque é a importância atribuída aos conteúdos cognitivos e ao método de estudo em campo. A orientação cognitiva da Psicologia estava abordando todos os temas da Psicologia a partir de uma nova perspectiva. Isso influenciou sobremaneira os psicólogos do esporte a investigar os comportamentos esportivos sob a ótica psicológica. Entre as questões estudadas estão, por exemplo, o incremento da ansiedade em relação com a atenção, sugerindo que a presença de público gera o aumento do stress que produz um estreitamento da atenção que influi negativamente no rendimento. Outros estudos apontam que a ansiedade pode orientar a direção da atenção para os próprios processos internos relacionados com a tarefa, situação que poderia se tornar prejudicial para o rendimento. Para o autor a medida de condutas exige a atualização de dados objetivos, apresentados de forma quantitativa e coletados, preferencialmente, em situação natural onde se encontra o sujeito. Essas condutas objeto da intervenção devem ser mensuradas (condutas manifestas e encobertas) como respostas psicofisiológicas e pensamentos. Depois de passado o furor causado por esse novo enfoque metodológico na Psicologia do Esporte, o que se viu foi que os resultados obtidos não foram assim tão espetaculares como se esperava, mas representaram um avanço significativo. As limitações metodológicas, por uma lado, e a falta de uma concepção unificada da Psicologia do Esporte, por outro, levaram os pesquisadores da área a uma certa confusão e a busca de novas orientações e soluções.

Considerações finais

Para que se desvende uma teoria é necessário conhecer mais que as publicações científicas. É preciso a compreensão de seu contexto histórico e desdobramentos do que num momento foi ‘linha’, no sentido de se tornar uma referência de estudos, e depois se tornou ‘crítica’, por apresentar os elementos necessários para uma reflexão e sua re-elaboração.

Em cada uma das fases descritas, pesquisadores partiram de objetos de estudo da Psicologia para produzir um conhecimento próprio da Psicologia do Esporte (personalidade, motivação, traço, facilitação social, assertividade). O resultado desses esforços culminou em teorias e métodos inacabados por não abarcarem de maneira integral o sujeito ou o fenômeno estudado, levando esses pesquisadores a abandonarem a área de investigação ou a metodologia adotada em busca de novos objetos e objetivos de pesquisa. Esse padrão histórico tem contribuído para que vários programas de pesquisa apresentem dificuldade em se manter produtivos, dificultando a criação de um referencial teórico amplo para a área, atrasando o avanço e o crescimento da Psicologia do Esporte.aragrafo

Ao longo de um século de vida a Psicologia do Esporte já conta com um volume considerável de conhecimento produzido e com uma dúvida que paira sobre psicólogos e estudiosos da área: afinal a Psicologia do Esporte é uma sub-área das Ciências do Esporte ou especialidade da Psicologia? Ao que tudo indica a resposta a essa pergunta ainda está longe de ser dada. Os estudiosos envolvidos com o ensino e a pesquisa tenderão a responder que pertence à primeira enquanto que psicólogos afirmarão que pertence à segunda. Reserva de mercado, embates ideológicos e escolhas acadêmicas influenciarão diretamente essa resposta, que pouco contribuirá para seu desenvolvimento.

A proposta dessa revisão foi olhar para a Psicologia do Esporte e ver como se deu o movimento de construção teórica de uma área que nasceu par e passo com a fisiologia e o comportamento motor e foi se aproximando do comportamento humano e da psicodinâmica ao longo de um século.

Ao observarmos atentamente o movimento ocorrido nos últimos 40 anos poderemos perceber que a Psicologia do Esporte acompanhou de perto a dinâmica ocorrida na Psicologia Geral, ou seja, o objeto de estudo foi o ser humano, seu comportamento e subjetividade, no contexto esportivo ou de atividade física. No entanto, a forma de se analisar esse fenômeno seguiu de perto os caminhos e influências ditados pela Psicologia Geral, independente do país onde essa produção ocorreu.

Não queremos, com isso, afirmar que essa área ande no encalço de uma ‘ciência mãe’ e que isso signifique a reprodução de um modelo pronto e consagrado. Arriscaríamos, isso sim, afirmar que a Psicologia do Esporte vem confirmar a necessidade de ampliação de fronteiras para a compreensão da complexidade humana, no contexto esportivo. Tanto isso ocorre que ao nos depararmos com alguns artigos referentes a modalidades esportivas coletivas ou grupos onde se pratica atividade física perguntamos se aquela análise é psicológica ou sociológica, se as reflexões sobre a gênese do movimento intencional são da antropologia ou da filosofia ou se o estudo de uma disfunção orgânica é do âmbito da medicina ou da fisiologia do esporte.

Acredito que em um momento onde os esforços se concentram na busca daquilo que nos unifica – as nações, os interesses econômicos, as proximidades culturais – definir as fronteiras uma área estaticamente seria caminhar na contramão da história. É fato que o corporativismo é uma forte motivação (quase arriscaria dizer que é motivação intrínseca) para a demarcação dessas fronteiras e também um grande impedimento para o avanço das discussões. Por isso tentamos passar ao largo dele e nos ater às questões acadêmicas.

Grande parte da literatura aponta que o futuro reside na interface entre as várias áreas de conhecimento que buscam compreender o fenômeno humano a partir de sua complexidade, interface essa que permite à Psicologia do Esporte estudar o indivíduo no contexto esportivo e da atividade física tanto nos aspectos que remetem ao fenômeno da subjetividade como das relações sociais, respeitando as diferenças teóricas, porém exigindo rigor metodológico.

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Endereço para correspondência
R. Doralice Paixão Teixeira, 76, ap. 11. Vila Madalena
CEP: 05417-070 São Paulo - S.P. - Brasil
E-mail: katrubio@usp.br

Enviado em Novembro/2001
Aceite final Maio/2005

 

 

1 Trabalho apresentado na mesa redonda. Relação teoria-prática em psicologia do esporte, coordenada por Katia Rubio, na XXXI Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia.


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